quarta-feira, 10 de março de 2010

Fogo e Glória 2009





Aaron Keyes no Fogo e Glória de 2009, cantando em portugês uma das canções que mais exprimem o verdadeiro sentimento que devemos ter em relação a Deus.








Foram momentos de extrema unção.







Aguardem vem aí o Fogo e Glória 2010!!!

terça-feira, 9 de março de 2010

Meu universo - PG




Meu Universo


PG

Composição: JESUS A. ROMERO / VERSÃO: PG



Que sejas meu universo
Não quero dar-te só um pouco do meu tempo
Não quero dar-te um dia apenas da semana

Que sejas meu universo
Não quero dar-te as palavras como gotas
Quero que saia um dilúvio de bençãos da minha boca

Que sejas meu universo
Que sejas tudo o que sinto e o que penso
Que de manhã seja o primeiro pensamento
E a luz em minha janela

Que sejas meu universo
Que enchas cada um dos meus pensamentos
Que a tua presença e o teu poder sejam alimento
Jesus este é o meu desejo

Que sejas meu universo
Não quero dar-te só uma parte dos meus anos
Te quero dono do meu tempo e dos meus planos

Que sejas meu universo
Não quero a minha vontade
Quero agradar-te
E cada sonho que há em mim quero entregar-te

sábado, 6 de março de 2010

TEMPO DE SECA?




Hoje alguém me disse que estamos entrando em um tempo de seca no Brasil. Mesmo sabendo que existem estações de chuva e de seca, tal comentário pertubou meu coração profundamente. Será que estamos entrando em um tempo de seca no Brasil no que diz respeito a Igreja? Espero que não, mas, se for verdade o que podemos ou devemos fazer enquanto essa estação não chega?


Devemos perguntar sinceramente a Deus qual será a próxima estação e nos prepararmos. Por exemplo, quando se planeja uma viagem para a praia e necessário checar as previsões da meteorologia para saber se vai chover ou não. O agricultor precisa saber muito bem as estações para garantir que seu plantanção rebecerá chuva na época certa. A falta da chuva pode destruir uma plantação e um bom agricultor precisa ter um plano de ação preparado para situações de emergência.

É necessário orar e buscar ao Senhor para entendermos o momento que estamos na Igreja Brasileira. Precisamos da direção e presença do de Deus. Nosso orgulho e pretenções humanas precisam ser colocados de lado. Humildade de coração é necessária para conseguirmos enxergar o que está preparado para nós.

Particularmente creio que estamos entrando em um tempo maravilhoso, porém, muito sério e delicado da Igreja. Não há mais tempo para edificarmos reinos e tentarmos provar que somos melhores ou maiores do que os outros. É tempo da Igreja se unir e andar em unidade, fazendo o Senhor conhecido.

O Brasil está experimentando uma prosperidade que foi profetizada há muito tempo por profetas do Senhor. Contudo se olharmos na história a prosperidade em muitas nacoes trouxe um falso senso de segurança e independência de Deus e como consequência muitas destas nações viraram as costas para Deus. Meu conselho para a Igreja Brasileira nesse ano é não se esquecer do Senhor e manter os olhos em Cristo e não em movimentos. Devemos nos mover como Deus tem nos ordenado.

Gostaria desafiá-los a crescerem como uma família, servos lavando os pés uns dos outros. O mundo ao nosso redor tem se tornado egoísta e como diz as escrituras: “Amantes de si mesmos, avarentos...”. A Igreja precisa ser o antídoto e viver o cristianismo como deve ser vivido: amando e servindo uns aos outros. Nesse ano precisamos nos lembrar que somos membros uns dos outros e só assim poderemos cumprir aquilo que Deus tem para nós como Igreja. São tantas as promessas de Deus para nós que nos próximos anos, creio, serão marcados por um sopro de unidade e companherismo na casa do Pai.

Como disse no ínicio, não posso afirmar se uma estação de seca está para vir, mas posso afirmar que Jesus é uma fonte que nunca seca, na qual podemos confiar, pois, os que confiam no senhor não serão abalados.

Judson de Oliveira


Compilado do site Ministério Judá (Pr. Judson de Oliveira)

terça-feira, 2 de março de 2010

A era do Espírito de Cristo

A era do Espírito de Cristo




Texto: Jo 14:12-26



I- Introdução

Creio que todos nós devemos ser gratos a Deus pelo resgate feito pela renovação carismática da doutrina do Espírito Santo.Este resgate nos trouxe inúmeros benefícios, tais como: - a visão da igreja como corpo de Cristo.



a necessidade de nós pregadores dependermos mais do Espírito de Deus.

a convicção de que por causa deste poder nós podemos esperar mais resultados para nossas mensagens.

a certeza de que nesta vida nós podemos esperar experiências profundas com o Espírito Santo.

Mas em meio a tudo isso, muitas dúvidas surgiram também no seio da igreja quanto o que esta obra significa.Por exemplo: -quais são os sinais que caracterizam a vida do homem cheio do Espírito Santo?



quais são as evidências de que uma igreja esta debaixo de um genuíno avivamento?

o que é necessário para que um avivamento ocorra?

não é à toa que muitos de nös tem tido dificuldade para responder a pergunta levantada pelo congresso da Vinde de 1996: avivamento brasileiro: fogo estranho ou chama divina?

A passagem que acabamos de ler nos fala sobre a era do Espírito Santo.



Meus irmãos, nesta passagem Jesus nos quer ensinar sobre as marcas inconfundíveis da era do Espírito.



Quais as marcas desta época?



II - As marcas da era do Espírito.

1 - Jesus afirma que a era do Espírito seria marcada por espantosas manifestações de poder através da igreja. V.12

Não apenas faríamos o que Ele fez como também o que Ele não fez.

Na verdade não nós mas Ele através de nós.

Não mais via o Seu corpo literal mas via o seu corpo a igreja

Exemplo: o sermão de Pedro em Atos 2

Exemplo: o ministério evangelístico de Billy Graham.





2- Jesus afirma que a era do Espírito seria marcada por respostas a oração da igreja. Vs.13-14.



Ele afirma isto por 4 motivos:



Sua obra expiatória já estaria terminada.

Sua obra sacerdotal iniciada.

Seu propósito de glorificar ao Pai deste modo.

Seu Espírito que esteria conosco para nos ensinar a orar.

Exemplo:At.4:31



Jesus , portanto , quer que entendamos o desejo do Pai de ouvir nossas vozes a fim de responder nossas orações.



3- Jesus afirma que a era do Espírito seria marcada pela proclamação da verdade de Cristo.Vs.17 e 26.

O Espírito é o Espírito da verdade.



4- Jesus afirma que a era do Espírito seria marcada por um amor derramado no coração da igreja que desembocaria em obediência.Vs.15, 21 23.

Notem que o assunto do amor que se expressa em obediência é falado no contexto do ensino sobre o Parácleto , o Ajudador



É a era do cumprimento da gloriosa profecia de Jeremias



5- Jesus afirma que a era do Espírito seria marcada por experiências profundas com a Trindade.Vs. 16-19,21,23.

Esta era é a era do cumprimento da benção mais gloriosa que o povo de Deus pode gozar.



Isto é mais do que ser versado em teologia sistemática.



6- Jesus afirma que esta era seria marcada por um senso profundo de pertencimento a Deus.Vs. 18,20,21,23.

Esta era é era de vitória sobre a fobia do divino



Era do Espirito testificando com o nosso espírito...



III- A que nos deve conduzir o ensino de Jesus sobre a era do Espírito?

1- O ensino de Jesus sobre a era do Espírito deve nos conduzir a conclusão de que temos referências claras a fim de discernirmos qual é a autentica obra do Espirito Santo.

É necessário que façamos perguntas ao que estamos vendo nas nossas igrejas.É necessário que façamos perguntas a nós mesmos.



2- O ensino de Jesus sobre a era do Espírito deve nos conduzir ao entendimento de que em nossas igrejas tem que haver maior equilíbrio em tres áreas fundamentais: doutrina, experiência e prática



3- O ensino de Jesus sobre a era do Espírito deve nos conduzir a convicção de que não há avivamento sem santidade nem santidade sem avivamento.



4- O ensino de Jesus sobre a era do Espírito deve nos conduzir a compreensão de que diante das promessas desta era só nos resta orar.



5-O ensino de Jesus sobre a era do espírito deve nos conduzir a certeza de que a era do Espírito é a era de Cristo.





Compilado do site Palavra Plena

Texto do Reverendo Antônio Carlos Costa

segunda-feira, 1 de março de 2010

Águias Santas, Voem


Bill Britton



Tradução:

Zenilton J. Drumond

Revisão Ortográfica e Gramatical:

Valentina Coelho Correia



Primeira Edição

2001



Prefácio



Os capítulos deste livro são feitos a partir de uma série de mensagens escritas e publicadas em forma de livretos desde os primeiros dias de ministério deste ministro e escritor. Não se deixe enganar pela simplicidade dos títulos e pelos assuntos familiares deste livro. Aqui há verdades reveladas, as quais geralmente não são pregadas, e nem sobre elas se costuma escrever. Usando ilustrações simples como Águias, galinhas, cavalos e as vidas de homens do Antigo Testamento, o Espírito Santo traz à tona profundas verdades relativas ao Corpo do Cristo e aos Filhos de Deus. Estas coisas são vitalmente importantes para você.

Nosso propósito, nestas mensagens, é mostrar que em Deus há um povo cuja Natureza Divina o está erguendo acima das escravizantes concepções terrenas de homens carnais e da sua teologia estática. As ordens eclesiásticas e as organizações religiosas dos nossos dias manteriam o povo de Deus sob escravidão espiritual se eles pudessem.



Mas graças a Deus, a Verdade está fluindo como um rio nesta geração, livrando as mentes dos eleitos das tradições dos homens, permitindo-lhes alçar vôo e alcançar níveis superiores de revelação. Deus não está morto, e o Espírito Santo não desistiu de abrir as Escrituras para aqueles que têm olhos para ver, ouvidos para ouvir, e corações para crer. A Palavra está surgindo como “alimento sólido” para os que estão chegando à “maturidade”. Suas promessas para nós nesta hora são tão grandes quanto a intensidade da nossa fé. Mas Ele é capaz. Abençoado seja o Seu Glorioso Nome!



As revelações trazidas neste livro não são as últimas de Deus, e nem reivindicamos isto. Mas à medida que nos alimentamos da Sua Palavra, e digerimos a Verdade, então Ele nos retirará o Véu e nos revelará mais da glória e da beleza do Cristo. Amado, não tenha medo de ouvir agora aquilo que você nunca ouviu antes, pois o Seu Espírito conduzirá você em toda a verdade. Se você é do Rebanho dele, você o ouvirá e reconhecerá a sua voz, e saberá que você está sendo introduzido mais profundamente na verdade.



Amado, que Deus o abençoe ao abrir este livro, com sua Bíblia à mão, para, cuidadosamente, e em atitude de oração, ponderar sobre estas coisas que o nosso querido Senhor me deu para compartilhar com o Seu Corpo.



Que o espírito de revelação, de sabedoria e do conhecimento dEle seja seu neste momento!



No Cristo,

Bill Britton.







Capítulo Um



O Procedimento das Águias



Nuvens espessas se formavam sobre as colinas a oeste, e raios faiscavam traçando riscos pelo céu. Num vale de verde exuberante logo abaixo, duas aves juntas no terreiro de um celeiro reagiam de modos diferentes. Aparentemente semelhantes em alguns aspectos, as aves eram de fato tão diferentes quanto dia e noite. A galinha, com a cabeça abaixada e o bico ocupado em revolver o lixo do curral, aumentou seu ritmo enquanto ciscava entre os escombros e o lixo acumulado à procura insetos, migalhas e restos de milho. Sabendo que o tempo era curto, e que logo ela teria que buscar refúgio na segurança do celeiro, ela trabalhou freneticamente para adquirir alimento antes que a fúria da tempestade desabasse.



Bastante estranhas eram a aparência e as ações da outra ave. Ela pousou em um esteio da cerca, ergueu a cabeça para o céu, e seus olhos penetrantes e afiados pareciam buscar por algo entre as nuvens. Ela estirou suas asas preguiçosamente, e rajadas de vento quase a ergueram do seu poleiro. Era uma visão emocionante contemplar sua envergadura magnífica, e era fácil ver que as penas das suas asas que uma vez tinham sido cortadas para evitar que voasse para longe, tinham crescido novamente em toda sua extensão. Era óbvio que aquela ave não era uma galinha.





Águia em Cativeiro

Longe da fazenda, no cume de uma montanha, o fazendeiro tinha pegado um ovo do ninho de uma Águia. Ele o havia colocado junto com uma ninhada de uma galinha para ser chocado. No devido tempo, o Filhote de Águia surgiu juntamente com uma bela ninhada de pintinhos. Com muita paciência, ele o criou, tentou domá-lo e fazer dele um pássaro doméstico. Mas, desde o princípio, aquele “pinto” diferente não se ajustava à rotina dos outros pintinhos nem à da galinha. Ele caminhava só, porque não achava nenhum companheirismo nos outros pequenos pintinhos nem na galinha. Desde o dia em que saiu do ovo, não havia conhecido nenhum outro ambiente além da vida doméstica. Contudo, no mais profundo de si mesmo, vibrava algo da natureza selvagem e livre da águia que lhe dizia que aquele ambiente não era seu “lar”. Como cresceu muito, suas asas foram cortadas. Impossibilitado de voar, ele pousava diariamente no esteio do curral e olhava para cima. Seu corpo estava limitado à terra, mas seu coração estava no céu. Sem saber por que e sem ter como explicar, ele ouvia um chamado constante de dentro de si para que subisse a grandes alturas, aos lugares celestiais.





Subindo nas Asas da Tempestade

A jovem águia estirou suas asas que o fazendeiro se esqueceu de manter cortadas e, com os olhos erguidos, ela viu uma outra grande águia que cavalgava nas asas do vento, muito acima das nuvens de tempestade. Naquele momento, seus ouvidos captaram o som de um grito penetrante e afiado da águia que planava no céu. De repente, uma rajada de vento bateu em suas asas estendidas e a ergueu do poste onde estava. Com um grito estridente de vitória e de liberdade, ela deixou o terreiro do celeiro para sempre e alçou vôo para o céu para conhecer seus semelhantes.







Os Santos-Águias

Amado, eu espero que você possa ver aonde eu estou indo. Eu não estou nem um pouco interessado em águias ou em qualquer outro tipo de ave, para o próprio bem delas. E nem Deus, mas Ele, com certeza, tem muito a dizer sobre águias na Bíblia. E o que Ele tem a dizer é muito significante em relação aos seus santos, o Corpo do Cristo, esses que são chamados com um Chamado Superior de Deus em Cristo Jesus.



Águias são o símbolo de uma certa classe de cristãos. “…mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão. (Isaías 40:31). O processo de “ascensão ao alto” é importante e necessário aos Filhos de Deus, os quais devem ser alçados ao trono de Deus, conformados à imagem do Filho de Deus para governar e reinar com Ele para sempre. Mas só chegam a isto aqueles que perseverarem na Presença dele até que a Glória que brilha na sua face suplante a imagem do terrestre e revele a imagem do Seu Rei Divino.



Nem todos os que desfrutam as bênçãos da graça de Deus e que acreditam em Jesus, o Cristo, para a salvação das suas almas, conseguirão destruir os ídolos da terra que se levantam no templo dos seus corações, e estarão dispostos a pagar o preço para ir com Deus aos lugares celestiais. Mas Deus predestinou aqueles a quem Ele de antemão conheceu, e Ele decretou que a sua glória será manifestada neles. Que oportunidade! Que glória! Isso é que é um Chamado Superior! Louve a Deus pelas suas insondáveis riquezas, e pelo seu amor e clemência para com os filhos dos homens!







Galinhas ou Águias?

Galinhas também são símbolos de pessoas. As única vezes que a Bíblia se refere a galinhas, foi quando Jesus as usou como exemplo das pessoas em Jerusalém que não podiam ouvir sua mensagem nem podiam atender ao seu chamado. Elas viajavam em grupos, em bandos, e estavam presas à terra. Elas mantinham seus olhos nas coisas deste mundo e ciscavam buscando uma simples existência, sem nunca erguer suas cabeças para ver O que é do alto. Eles comiam as migalhas que lhes eram lançadas, e, gulosamente, procuravam mais no terreiro do celeiro abarrotado, para encher suas barrigas, e muito do que comiam era impuro. Por ser a galinha uma ave suja por natureza, elas comem coisas mortas e outras imundícies. Por um lado, elas estão amarradas à sua existência e por outro, estão limitadas por cercas, e estão satisfeitas com isso.



Mas a águia não. Porque ela herdou uma natureza que não pode nem sobreviverá no cativeiro, limitada pelas dimensões finitas de um galinheiro. Para ser feliz e cumprir seu propósito na vida, ela deve ser livre e planar nos grandes espaços abertos entre as nuvens do céu. Lá em cima, ela parece solitária, porque não são muitos os que ousaram subir a tais alturas, mas a águia não se preocupa, porque não é da natureza dela enturmar-se com as multidões ou com a maioria.







Características dos Santos-Águias

Nós podemos aprender muito sobre nosso chamado divino se considerarmos o que a Bíblia diz sobre águias. Deuteronômio 32:11 nos fala como a águia jovem tem sua introdução à prática de planar nos céus. Que os Santos-Águias ouçam cuidadosamente. Lá diz que a águia mãe “desperta o seu ninho”, “plana sobre os seus filhos”, “estende completamente suas asas” e “os leva sobre as asas”.

Chega o tempo quando a jovem águia tem que deixar o ninho e planar com suas próprias asas. Mas olhando para baixo, lá das alturas do cume da montanha, ela não se sente pronta para se lançar em tal empreendimento que para ela é novo e perigoso. Ela “não passou por este caminho antes”, e está relutante em partir. Com isso, a águia mãe começa a tornar as coisas incômodas para ela. O ninho é tão macio, tão seguro, tão confortável, e ela está satisfeita por permanecer lá. Ela não quer nem ouvir falar desse negócio de “experimentar suas asas”. Assim, a águia mãe “chacoalha o ninho”, rasga a cama macia e quebra os ramos até minar a sustentação do ninho. Em outras palavras, ela começa a tornar insuportável a vida que antes parecia tão agradável naquele lugar.



Ó, Santos de Deus, parece que Deus está lhe tratando muito severamente? Ele está rasgando seu ninho macio e confortável? O lugar em Deus que uma vez satisfez uma necessidade em sua vida agora parece áspero, apertado, e incômodo? O que está acontecendo? O Senhor está pronto para empurrá-lo para fora da sua ilha de conforto e lançá-lo em alturas com as quais você nunca sonhou. Aqueles gravetos pontudos na beira do ninho que lhe serviam de proteção, parecem-se agora com punhais a lhe causar dor e sofrimento? Você tem desejado saber qual foi o problema, e talvez até duvide que você estivesse mesmo na vontade de Deus? Pois não duvide mais, e espere com fé pela próxima grande obra de Deus em sua vida. Não é a ira de Deus que tenta destruí-lo. É o amor e a sabedoria do nosso Deus procurando levá-lo a dar outro grande passo no plano e propósito de Deus para sua Igreja. Nós, por natureza, adoramos a segurança. Assim o Senhor tende a nos fazer sentir totalmente desconfortáveis no nosso “ninho” para nos levar a querer nos lançar em jornadas espirituais pioneiras nos céus.







O Bater das Asas

Ainda assim, a águia jovem não quer deixar o ninho rasgado e revirado. Portanto, a águia mãe começa a “planar e a bater suas asas em cima dos seus filhos”. Em outras palavras, a águia mãe começa a açoitá-los com seus ventos. As asas, debaixo das quais a águia jovem uma vez se escondeu de todo o perigo, agora parecem ter se tornado suas maiores inimigas. Que terrível mudança de eventos! Para escapar dessas asas terríveis, ela escala o lado do ninho, mas como a águia mãe esparrama suas asas pelas bordas do ninho, só lhe resta subir nas costas da mãe. Agora, aonde ela for, o filhote irá. Porque o ninho deixou de ser o lugar seguro; a casinha aquecida que uma vez fora acolhedora.



Veja agora a águia mãe. Veja como ela plana alto no céu, com a pequena águia que teme pela sua querida vida. Muito acima das nuvens lá vai ela e, de repente, sem advertência nenhuma, ela mergulha e sai de baixo da pequena águia, deixando-a solta no ar. Ela grita de pavor enquanto cai pelo espaço vazio, mas, instintivamente, suas asas se estiram e começam a tentar pegar o ar. Caindo, caindo, caindo! Ela vai caindo enquanto suas asas inexperientes não funcionam o bastante para sustentá-la. Quando parece que toda a esperança está perdida, e ela está a ponto de se chocar com as pedras lá em baixo, a águia mãe se coloca debaixo dela e a lança para cima com suas asas. Glória a Deus, que alívio! De volta às alturas, elas planam. O filhote sobre as asas da mãe. Que sentimento glorioso! Mas logo que ela volta a pensar que tudo está bem de novo, que ela está sentada no topo do mundo, a águia mãe volta a deixá-la solta no ar. E começa tudo novamente. Desta vez, as asas dela começam a funcionar um pouco melhor, tornam-se um pouco fortes, até que, finalmente, ela aprende a pegar as correntes de ar e planar por si mesma, não precisando mais que a mãe monitore seu vôo. Ela não é mais um filhote, ela é Águia.







A Queda do Rebelde

Mas, às vezes, o filhote de águia é tirado do ninho e se recusa a voar. Ele não quer testar suas asas. Todas as vezes que a mãe o solta no espaço vazio, ele fica quieto e espera até que a águia mãe o pegue e o leve de volta às alturas sobre as asas dela. E o processo é repetido até que a águia mãe se convence de que não há nenhuma esperança para ele, que ela não lhe pode ensinar a voar com suas próprias asas. Se ele fosse uma galinha, alguém cuidaria dele, o alimentaria e o protegeria. Mas não a águia. Ou ele aprende planar sozinho, ou passa fome até a morte, ou se torna presa de animais selvagens. Sabendo disto, a águia mãe o leva aos altos céus para um último passeio. Então, com um guincho selvagem de dor e decepção, ela mergulha no espaço saindo de debaixo do filhote. Voa para longe, e o deixa cair para a morte sobre as pedras lá embaixo.



Os Santos-Águias têm um treinamento especial para cada um. O tremular das suas asas nos faz pensar, às vezes, que Ele vai nos conduzir à morte. Mas a Bíblia diz que se nós não recebemos sua correção, é um bom sinal de que não somos seus Filhos. Quando nós queremos finalmente deixar o ninho e confiamos completamente nEle, então, Ele nos leva a alturas de glória nunca antes experimentada. Bem, tudo nos parece maravilhoso, e nós estamos regozijando em nossas experiências novas e gloriosas. Então, de repente, a sustentação nos foge aos pés e nos vemos no vazio. E Ele não está mais lá.



À medida que caímos das alturas atordoantes de glória para as profundezas de obscuridade e de desespero, nós agitamos nossas fracas asas desesperada e inutilmente, e imaginamos por que Deus nos deixou perecer dessa forma. De repente, lá está Ele! Então, Ele nos apara com suas asas de águia e nos leva de volta aos céus, e nossa força e alegria retornam. Somente para vermos que o processo deve ser repetido. Muitas e muitas vezes, até que, finalmente, nos achemos capazes de usar nossas “asas” dadas por Deus, e nos sustentemos nas alturas pelo poder da Sua força dentro em nós.



Porém, alguns, aos quais é oferecida a Filiação como Santos-águias, se recusam a caminhar nesta dimensão. Eles se rebelam contra o processo de Deus. Eles se ressentem quando colocados na fornalha de fogo. Eles amam o ninho nas alturas, a segurança das asas do Pai, mas menosprezam a correção, a disciplina e a necessidade de aprender a se sustentar sozinhos nos céus. Ele é paciente. Ele é longânime. Ele trabalha com eles e lhes dá chance após chance. Mas alguns não aprenderão, e em seu espírito de rebeldia, não se renderão ao desejo dEle. Assim, finalmente, Ele os deixa cair para a destruição nas pedras escarpadas de uma natureza terrena carnal. Você já os viu, e eu também.



E eu quis saber como foi que esses que uma vez planaram entre as estrelas puderam cair a tão baixos níveis e chegar a esse lastimável fim. Como é que alguns que tiveram tal revelação, tais dons e ministérios maravilhosos, puderam chegar a lugares onde aceitaram tais doutrinas heréticas do inimigo? Ou liquidar seus ministérios e vender o dom de Deus em troca de fama e fortuna? Isto tem acontecido, e você sabe disso. Isto não torna a revelação do Espírito Santo menos verdadeira, nem os afasta da realidade do Dom que Deus tinha lhes dado. Teria sido melhor se eles tivessem permanecido como galinhas, na segurança do terreiro do celeiro. Mas eles oraram para ser águias, e Deus lhes respondeu. Porém, durante os testes de vôo, brotou-lhes a natureza rebelde, os quais não se submeteriam completamente aos procedimentos e à disciplina do Espírito Santo. E eles caíram. Uma galinha pode cair do seu poleiro, ou para fora do galinheiro, mas ela nunca cai de muito alto nem vai muito longe. Porque ela nunca sobe a grandes alturas. Mas quando uma águia cai, ela cai por um caminho longo, e sua queda é vista por muitos. Mas isso é necessário, amado, porque nenhum rebelde deve estar entre esses que fazem os ninhos no topo das montanhas e planam sobre as nuvens tempestuosas.



Aprendendo a mover-se nos Lugares Celestiais

Aqueles que ressuscitaram no Cristo devem dominar dos céus. Porque é lá onde o trono está. Muitos cantam “Eu voarei…”, e sonham com um arrebatamento que os tirará desta maldita terra pecadora, e os levará para além da lua, nos céus azuis insondáveis, para algum ponto geográfico deste universo físico, onde eles participarão de um grande banquete com direito a todo tipo de guloseimas para eles comerem. Eles não sabem nada a respeito dos propósitos de Deus para seus Santos-Águias que, na verdade, serão elevados até o trono para dominar e reinar. Mas a hora é agora. E o Espírito está desvelando e revelando segredos escondidos da Sua Palavra para os que são chamados pelo Chamado Superior de Deus em Cristo Jesus. Dessa forma, Ele está nos ensinando a nos mover nos lugares celestiais. Às vezes isto é terrível, mas a Sua Presença gloriosa está lá, confortando-nos e reerguendo-nos. Louvado seja Deus!



O terreiro da galinha é muito limitado. Pode-se ir até um certo ponto, nunca além do limite determinado. As que são da Fazenda dos Prazeres devem permanecer no redil da Fazenda dos Prazeres, e as que são da Chácara Babilônia têm que permanecer na Chácara Babilônia, ninguém deve se afastar do lugar que lhe foi destinado. Seria escandaloso se as galinhas do Coronel Pedro escapassem para a Chácara do Dr. Lutero, comessem do milho dele e botassem seus ovos no lugar errado. Não importa se você está no redil Metodista, ou Batista, ou Pentecostal, ou sei lá o que. Você pode cacarejar e gritar de alegria, propagando as vantagens do seu terreiro de galinha em particular sobre os outros, contanto que permaneça confinado ao espaço fixo que lhe foi determinado para ficar.



Mas as águias não são assim. Nenhum terreiro de galinha pode segurá-las. Ponha uma águia numa gaiola e ela definhará e morrerá. Ela só pode viver e encontrar a felicidade na liberdade dos céus descobertos. Há muitas moradas onde as águias se reúnem. Revelação ilimitada. A verdade flui como um poderoso Rio. Nenhuma crença, nem estatutos, nem regulamentos ou declaração rígida de crenças a separar o Corpo do Cristo. Há apenas um doce companheirismo entre todos os que habitam este lugar, e não existe nenhuma divisão nem limites artificiais arquitetados pelo homem. Adoração Celestial, Dons do Espírito, e Libertações gloriosas são a ordem do dia aqui. A rotina monótona e estúpida de um “terreiro de galinhas” do sistema religioso, para os que sobem com asas de águia até este lugar em Deus, é para sempre uma coisa do passado. Que variedade de tesouros gloriosos no Espírito Santo há para aqueles que ousam acreditar, os quais “são os chamados segundo o Seu propósito”.





Os Ismaeis e os Isaques

Alguns podem não acreditar que isto seja verdade. “Nós sabemos o que temos agora”, eles dizem. “Nós podemos ver o que temos, pode não ser muito, mas é o que temos. Porém, nós não podemos ver este seu sonho fantástico que você está desejando. Um pássaro na mão é melhor que dois voando, e nós não deixaremos a presente ordem, a menos que vejamos algo real e melhor”. Sim, Abraão teve Ismael. Isaque era só uma promessa. Mas era uma promessa de Deus. Foi Abraão que disse: “Que Ismael viva diante de Ti, ó Deus”. Mas Deus disse: “Em Isaque será chamada a tua semente”. Ismael era um guerreiro poderoso, alguém a ser admirado pelo homem natural. Ele era produtivo e era filho de Abraão. Mas ele era filho da rebeldia. E ele escarneceu ao desmamar de Isaque. E Deus o rejeitou.



Por muitos anos, Isaque foi só uma promessa, algo que parecia impossível de se tornar realidade. Como se realizaria tal promessa? Porém, ele só fez confundir as coisas. Deus deve cuidar para que isso aconteça. E cuidou. Pouco sabemos sobre a infância de Isaque. Apenas que ele foi circuncidado, que ele cresceu, e foi desmamado. Glórias a Deus, hoje há os que estão sendo desmamados do leite velho das tradições, e começando a comer o alimento sólido da Palavra de Deus!



Isaque era uma criança de espírito submisso. Ele ascendeu a lugares altos com seu pai e, quando ele subiu ao monte Moriá, alegoricamente, ele voltou com a vida renovada. Ele estava se vendo à imagem daquele que tinha sido morto antes da fundação do mundo. Ó, amado, não se conforme com uma existência e experiência terrenas de Ismael. A vida de Isaque está esperando por aqueles que nela venham a acreditar. Pode parecer demorado, mas lembre-se, Deus pode tardar, mas nunca faltar. Este Chamado Superior é para os que com paciência e fé não se conformarão com menos do que aquilo que é Verdade e Realidade. Aleluia!



A Face de uma Águia

O profeta Ezequiel e o Apóstolo João ambos tiveram visões dos Filhos de Deus. Nós encontramos as histórias em Ezequiel 1 e Revelações 4. Embora eles estivessem separados por mais de 600 anos, contudo ambas as visões tiveram algo em comum: as criaturas viventes tinham “a face de uma águia”. E João disse que era uma “águia voando”. Nada limitado à terra. Glória a Deus! João viu a Grande Tempestade que estava desabando sobre a terra. Mas ele viu, simbolicamente, aqueles que seriam como “águias voando” acima da tempestade.



Águia na Tempestade

Olhe para as galinhas, veja como elas correm para buscar abrigo quando a tempestade chega. Aglutinando-se na sua miséria, torcendo para que seu abrigo não desabe sobre suas cabeças e temendo cada raio e cada trovão. É uma pena que as que não acharem abrigo, talvez estejam destinadas a morrer afogadas ou açoitadas pelo granizo.



Porém, a Águia não se comporta assim. A mesma tempestade que se abate sobre as pobres criaturas da terra, produz ventos violentos que erguem a águia facilmente acima das nuvens de tempestade. Revelações 12:12 nos fala de ambas as classes quando diz: “Regozijai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam a terra e o mar!” Sim, a tempestade está caindo, e toda sua fúria virá sobre aqueles que não aprenderam o procedimento da águia.



Deus está hoje libertando muitos da escravidão da existência terrena, e pelo Espírito Santo os está erguendo a lugares divinos no seu Cristo. As coisas da terra crescem estranhamente alheias à luz da glória e da graça de Deus. Elas não temem a tempestade. A mesma perseguição e tribulação que trarão grande sofrimento a uma Igreja de homens, desmoralizada e morta, cheia de vícios e esforços terrenos, levarão os Santos-Águias a planar em alturas nunca antes atingidas pelo homem, desde que o Filho Padrão deu o exemplo.

“Não temam a tempestade, meus pequeninos, porque vocês não são filhos da tempestade ou da ira. Prestem atenção. Ergam suas cabeças e regozijem, porque vocês são filhos da redenção, e herdaram a natureza divina. Eu abri as portas da prisão. Saiam do cativeiro! Não se deixem enredar pelos caminhos dos sistemas deste mundo, mas aprendam os caminhos do seu Deus, e somente a ele sigam. Assim subirão acima das calamidades que se abatem sobre a terra para tentar os que a habitam. E vocês, não temam, porque Eu Sou com vocês, diz o Senhor”.



A Imagem do Celestial

O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Assim como é o terreno, são também os terrenos; e, assim como é o celestial, são também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, trazemos também a imagem do celestial. 1 Coríntios 15:47-49.



Ora, o Senhor é o Espírito; e onde o Espírito é o Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com o rosto descoberto, contemplando como num espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. 2 Coríntios 3:17-18.



“Bendito seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais no Cristo”. Ef. 1:3.



“O qual Ele forjou no Cristo, quando o elevou de entre os mortos e o assentou à sua direita nos lugares celestiais…” Efésios. 1:20.



“E também nos elevou e nos fez sentar juntamente com o Cristo Jesus em lugares celestiais”. Efésios. 2:6.



“…Seu propósito é que agora, por meio da Congregação dos seus Filhos, a multiforme sabedoria de Deus seja manifestada aos principados e soberanos nas regiões celestes, segundo seu eterno propósito cumprido no Cristo Jesus nosso Senhor. Efésios. 3:10-11.



“Pelo que, santos irmãos, participantes do chamado celestial… Heb. 3:1.



“Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Por isso Deus não se envergonha de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade”. Heb. 11:16.



“Mas chegastes ao Monte Sião, à Cidade do Deus vivente, à Jerusalém Celestial”. Heb. 12:22.



Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, nós temos uma edificação de Deus, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. 2 Coríntios 5:1.







Destas escrituras acima, podemos prontamente deduzir que nosso chamado é um chamado celestial. Deixe que outros cuidem das coisas da terra. Deixe que os mortos enterrem os mortos. Deixe que os poucos que são chamados através deste Chamado Superior cuidem dos negócios do Pai. Este corpo terrestre, ou “casa”, é apenas um alojamento temporário. O corpo que Ele nos preparou é eterno, nos céus. Graças a Deus! A cidade da qual fazemos parte, a noiva do Cristo, é acima de tudo uma cidade divina, celestial, e não tem nada a ver com os sistemas desta terra.



É importante notar que o lugar nos céus, do qual somos herdeiros, está agora ocupado por demônios, principados e poderosos, um lugar que eles usurparam desde Adão. Deste lugar eles são “regentes das trevas deste mundo”. Mas Deus se propôs a gerar um povo que ascenderá ou será elevado até este lugar e lançará abaixo o inimigo e o seu exército. Jesus fez isto, e Ele foi o Modelo a ser seguido. Porém, Ele quis não estar só nisto, mas foi plantado como uma semente vivente que deverá produzir uma grande colheita à sua semelhança.



Note que as escrituras acima nos mostram que a imagem da natureza terrena que adquirimos no passado deverá ser mudada. Nós devemos portar a imagem do divino, o que foi exaltado acima dos céus: Jesus, o Cristo nosso Senhor. Neste momento, o vento da sua Glória está provocando uma transformação a partir de dentro de nós. Glória a Deus!



Veja que estes lugares celestiais onde devemos habitar não estão em alguma localização geográfica a alguns bilhões de anos-luz da terra. Eles são “lugares celestiais no Cristo”. Seria confortante saber, se fosse verdade, que o inimigo e o seu exército estaria agora mesmo a alguns milhões de anos-luz daqui, no espaço sideral. Mas não é assim. Você não precisa ir muito longe para descobrir que os poderes das trevas estão aqui mesmo nesta terra, operando nos corações e vidas de homens e mulheres. Mas como Paulo disse, eles são “espíritos maus nos lugares celestiais”. Em vez de aceitar e acreditar no que a Bíblia diz sobre estas coisas, a imaginação dos homens produziu uma fábula e criou um mito a partir da Verdade contida na Palavra de Deus. Mas agora Deus está tirando o véu de nossas mentes e nos revelando a Sua Verdade!



Os Olhos da Águia

“Seus olhos vêem longe” (Jó 39:29). A águia é notável pelo grande alcance da visão. E assim são os Santos-Águias. Eles podem acreditar em coisas que outros, cujos olhos estão voltados para as coisas da terra, não podem enxergar nem conceber que existem. “Onde não há visão, o povo perece” (Provérbios 29:18). Mas a visão está com os Santos-Águias, aqueles que olham para o alto. Eles são os pioneiros da fé que se irrompem em novas dimensões no Espírito.



Noé era um Santo-águia. Ele viu o julgamento vindo, e se preparou para ele. Outros não tiveram a mesma visão, e pereceram. Enoque tinha visão de águia, e viu o Senhor vindo com dez mil dos seus Santos. Ele profetizou acerca destas coisas, e caminhou com Deus. Elias viu a aproximação de uma tempestade poderosa de chuva vivificante, quando ela era apenas uma nuvem pequena, como a mão de um homem. Moisés viu a libertação do Povo de Deus e a destruição dos seus inimigos, quando toda força natural e as circunstâncias negavam isto. A visão dos Santos-Águias de Deus nunca esteve limitada pelas forças e circunstâncias naturais. Isaías, Joel, Malaquias, todos os profetas de Deus tinham visão de águia.



Jesus tinha visão maior que qualquer outro Santo-águia que tenha vivido nesta terra. Nada escapava aos olhos dEle que tinha vindo para conduzir Seu Povo à vitória. “Os céus estavam abertos” para Ele, e nenhum poder das trevas podia escapar aos seus olhos. Ele viu os corações dos homens como ninguém jamais pôde ver. Eles não tinham que expressar suas dúvidas, suas críticas, ou as suas necessidades. Os olhos dele perscrutavam as partes interiores. Ele era o Capitão dos Santos-Águias. Ele era o Modelo a nos mostrar o procedimento das Águias.



Olhos Internos e Olhos Externos

O desvelar do Espírito que vem aos Santos-Águias opera de duas formas: Revelações 4:6-8 nos fala que eles estavam “cheio de olhos por diante e por detrás”. Também “estavam cheios de olhos por dentro: e não descansam nem de dia e nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus Todo-Poderoso”. Ezequiel 1:18 diz “que os seus anéis estavam cheios de olhos ao redor deles quatro”.



Primeiro há os olhos internos que perscrutam as partes interiores. O profeta Jeremias nos dá um verdadeiro quadro quando diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?”, mas a resposta vem no próximo versículo: “Eu, o Senhor, perscruto o coração, eu provo os sentimentos.”



Nenhum homem realmente sabe o que está no seu próprio coração, até que Deus o prove e o ponha em teste. Mas Deus hoje está conduzindo um povo através do fogo, e a luz está revelando o estado dos corações. Muitos que se tinham como sendo muito santos e limpos, agora estão descobrindo que sempre houve espíritos incrustados profundamente dentro de si, cuja natureza eles nunca antes haviam reconhecido. Esta revelação é horrível, mas é plenamente necessária. Porque ver a natureza humana de uma pessoa nos faz recuar com repulsa e desgosto e clamar a Deus por libertação. E para fazer o trabalho que deverá ser feito nesta era, Deus tem que contar com um povo verdadeiramente santo.



Em Jó, capítulo 42, o homem de Deus, de repente, vê a glória de Deus, em contraste com ao farisaísmo da sua justiça própria, e as suas atitudes mudam completamente. Então chega a libertação. E ele diz: “Portanto, eu falei de coisas que eu não entendia: coisas muito maravilhosas para mim, as quais eu não conhecia… eu ouvi falar de Ti pela audição dos meus ouvidos: mas agora meus olhos te vêem. Portanto, eu me detesto, e me arrependo em pó e cinzas”.



Por mais de 30 capítulos deste livro, Jó defende firmemente sua inocência e sua retidão. Mas quando ele conhece a Deus cara a cara, ele vê, de repente, que seu pior pecado foi o seu próprio farisaísmo. Ele culpava a Deus por todas suas dificuldades, e não podia ver a si próprio. Mas ele adquire sua “visão de águia”, e de repente os olhos internos começam a ver a falsidade da sua própria Natureza Adâmica como ela realmente é. Então, ele se viu livre de todos os seus problemas e de todas as suas dificuldades.



Isaías era um venerado profeta de Deus. Ele falava com Deus, era ouvido pela nação, e tinha trânsito livre nas cortes do Rei. Mas um dia — (Isaías 6) — ele teve uma visão de Deus, e também os olhos internos viram o que e como Isaías era aos olhos de Deus. E aquele homem velho e religioso clamou na sua miséria: “Ai de mim! pois estou incompleto; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo também de lábios impuros: porque os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos!” Louve a Deus pelos olhos internos e externos, porque imediatamente vem a purificação e a libertação! Note a seqüência. Primeiro vem a ação dos olhos internos, só então os olhos externos podem fazer seu trabalho. Depois de ele ver sua própria condição de incompleto e confessá-la, então ele pôde ver a condição do seu povo e estava apto a auxiliá-los. Mas não antes disso.



Muitos hoje estão tentando expulsar demônios enquanto as suas próprias vidas estão cheias de espíritos ruins, ciúme, inveja, cobiça, malícia, medos, etc. Veja o que aconteceu aos filhos de Seva em Atos 19:13, quando eles tentaram expulsar demônios de uma pessoa antes de se terem crucificado por si mesmos. “Tire primeiro a viga do seu próprio olho, então você poderá enxergar claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão”.



Não estranhe quando você começar a ver coisas em sua vida, das quais você nunca poderia admitir ser culpado. Você vê, Hebreus 6:7-8 nos fala que a mesma chuva que produz “ervas proveitosas para si e para os que a cultivam” produz também espinhos e roseiras bravas. Cultive um pedaço do seu jardim e você verá o que eu quero dizer. Durante o frio e escuro inverno, o solo congelado não produzirá nada de bom nem de mau. Mas se a semente boa é plantada e as chuvas mornas primaveris chegam, com ela brota todo tipo imaginável de erva daninha. De onde elas vieram? Como elas entraram na terra se você não as plantou? Elas estavam lá todo o tempo, mas, para brotarem, elas precisaram de você para arar a terra e das chuvas mornas para as regar. Assim, as mesmas chuvas serôdias de revivificação que produzem verdadeiros frutos do Espírito em nossas vidas, também produzem todo tipo de coisas escabrosas que jaziam escondidas dentro de nós, as quais nunca haviam sido expostas ou vieram à luz. Então, a verdadeira libertação chega à medida que nós vemos nossa necessidade e clamamos a Deus. Porque Deus quer ter e terá um povo que seja santo “assim como Ele é Santo”.



Vigilante da Parede





Verdadeiros Santos-Águias também têm uma visão clara e afiada do exterior, e o inimigo não pode penetrar suas defesas. Jesus é o padrão, o exemplo perfeito. Ninguém nunca o enganou com palavras lisonjeiras e enganosas. Nenhum hipócrita piedoso resistiu àquele olhar penetrante. Até mesmo um dos seus próprios discípulos estava agindo como inimigo, mas Jesus não se deixou enganar. Não importa que ele fosse um dos líderes, e expulsasse demônios no nome de Jesus. Seus pensamentos íntimos e os intentos do seu coração eram manifestos à vista daquele grande Capitão dos Santos-Águias.



Esta é uma proteção que Deus proveu para a Igreja. Veja como um homem e sua esposa trouxeram o seu presente enganoso para a Igreja esperando compartilhar igualmente com os outros, mas sem querer consagrar tudo como os outros fizeram. A Igreja foi enganada? Não. Porque o olho da águia estava lá e “vê a longas distâncias”. Os seus pecados foram descobertos e julgamento veio. Os hipócritas e os pecadores “não vos ajunteis a eles”, porque os segredos dos corações dos homens foram manifestados. Que testemunho glorioso! 1 Coríntios 14:25 declara que esta operação é para a Igreja local, e deve fazer parte de todo serviço, se necessário… Porque a Bíblia diz que quando um incrédulo entra em seu meio, os santos falarão dos segredos do coração dele: “Assim, os segredos do seu coração são manifestados; e então, caindo sobre sua face, ele adorará a Deus, e declarará que Deus está verdadeiramente em você”.



Agora, você vê isto acontecer nas Igrejas locais? Não freqüentemente. Mas em verdade, amado, está chegando. Porque os Santos-Águias estão sendo empurrados para fora dos seus ninhos, e eles estão aprendendo a se mover nos lugares celestiais. Você sabe, é claro, que eu não estou falando de uma sensação natural e carnal, como se os corpos das pessoas estivessem voando pelos céus naturais, como Discos Voadores ou Extraterrestres. Quanta bobagem. E as pessoas ainda parecem impossibilitadas de entender o que significa ser elevado e estar nos lugares celestiais em Cristo. Mas acabarão por entender. Então, através dos Filhos do Altíssimo, este mundo verá a grande manifestação de Deus na carne, desde que nosso Senhor Jesus esteve aqui nesta terra.







Rápido como a Águia

Meu tempo e espaço se esgotaram, mas ainda há muito que dizer a respeito dos Santos-Águias. Eu quero e tenho que dizer apenas mais uma palavra… Deuteronômio 28:49: “O Senhor levantará contra ti de longe, da extremidade da terra, uma nação que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás” e 2 Samuel 1:23: “…eram mais ligeiros do que as águias…”, ambos falam da velocidade da águia. Tão rápido quanto o vôo da águia. A velocidade é uma característica deste grande pássaro. Outro lugar diz: “Como a Águia que se lança sobre a presa” - (Jó 9:26). Joel diz: “Eles correrão como homens poderosos”. Mateus diz que a manifestação do Filho de homem será “como o raio que brota do oriente, e ilumina até o ocidente: porque …onde estiver o Corpo, ai as ÁGUIAS se ajuntarão” (Mateus 24:27-28).



Sim, Ele fará um trabalho rápido. E usará seus Santos-Águias, os quais são rápidos em ouvir, rápidos em crer, e rápidos em obedecer. O tempo é agora, o chamado já está ecoando pelos céus. Liberte-se de todo impedimento terreno e deixe de lado toda carga, e suba com suas asas de águia para os lugares celestiais, a sua verdadeira morada, o lugar ao qual você pertence! Glória a Deus, Aleluia!







Capítulo Dois

O Arreio do Senhor



O Espírito de Deus está maravilhosamente operando hoje em dia para levar os Filhos de Deus a se aterem exclusivamente à vontade do Pai. Este é o Dia da Sua Preparação, o dia no qual Ele está preparando o canal através do qual Ele fará verter Sua Glória para todo o mundo ver. Este canal é o Seu Corpo na terra, um povo glorioso, composto de membros que estão sendo preparados através de muita tribulação e testes de fogo para expressarem a Imagem do Filho de Deus. Estes são “o seu machado de batalha e suas armas de guerra” com os quais Ele subjugará reinos e superará a todos os Seus inimigos. Este é o “forte e poderoso” a quem ele entregará o trabalho de julgar este mundo. Este é o Seu Vencedor, o seu grande exército “com o qual Ele porá as nações em submissão”. As suas armas da guerra não são armas carnais ou naturais, mas são armas poderosas, poderosas através de Deus para arrasar fortalezas. São estes que serão “fortes e farão proezas”.



Mas antes que Deus possa entregar este grande e poderoso ministério nas mãos desta companhia, seus componentes têm que se submeter à disciplina do Senhor e devem permitir verdadeiramente que o Senhor seja o Orientador das suas vidas em tudo. Durante muito tempo nós lidamos com a expressão visível do pecado aparente, mas agora Deus está tratando da rebelião íntima de nossos próprios desejos. Alguns bons cristãos não estão sentindo esta ação de Deus, porque eles ainda não se integraram a esta Corporação das Primícias; não obstante, há um procedimento ativo de Deus operando naqueles que são chamados e ouvem o Chamado Superior de Deus. Esta é uma coisa real, é a ação do Fogo Purificador. Para os que estão passando por isso, alguns de seus aspectos são horríveis, mas necessários, e o resultado final é glorioso, pois somos levados a uma submissão absoluta e completa à vontade do nosso Senhor.



Foi numa conferência convencional de ministros na cidade de Tulsa, em Oklahoma, EUA, que Deus me deu a visão que eu quero compartilhar com vocês, concernente à necessidade de domar as nossas próprias vontades e instintos. Havia mais de 30 ministros presentes naquela manhã de quinta-feira, e Deus, o Pai dos espíritos, estava presente a cuidar dos seus filhos, para corrigi-los, instruí-los e discipliná-los e conduzi-los a uma obediência absoluta à Sua Vontade. Havia um proceder inflexível no Espírito, o qual impedia que alguém fosse até o púlpito para ministrar. Havia uma relutância entre os ministros em dizer qualquer coisa a não ser aquilo que fosse ordenado diretamente pelo Espírito. E enquanto aqueles homens de Deus ficavam ali assentados, na solene presença do Deus Todo-Poderoso — alguns com muitos anos de ministério, outros missionários, todos eles capazes de se levantarem e dizerem um sermão poderoso — eu fiquei impressionado com a forma como eles reagiam à disciplina do Espírito. E no meio deste mover maravilhoso de Deus em nossos espíritos, o Espírito Santo me deu uma visão…







Eu Vi a Carruagem do Rei

Em uma estrada poeirenta que atravessava um campo largo, estava uma bela carruagem, algo parecido com uma diligência, mas toda guarnecida em ouro, e com belíssimos entalhes. Era puxada por seis grandes cavalos castanhos, dois na frente, dois no meio e dois na traseira. Mas eles não estavam se movendo, não estavam puxando a carruagem, e eu quis saber por que. Então eu vi o cocheiro debaixo da carruagem, deitado de costas no chão, logo atrás das patas dos dois últimos cavalos, trabalhando em algo entre as rodas dianteiras da carruagem. Eu pensei, “Meu Deus, ele está num um lugar perigoso; porque se um desses cavalos der um coice ou resolver andar para trás, eles podem matá-lo, também se eles decidirem ir adiante, ou forem assustados por alguma coisa, eles puxam a carruagem para cima dele”. Mas ele não parecia amedrontado, porque sabia que aqueles cavalos foram disciplinados, e não se moveriam até que ele lhes dissesse para se moverem. Os cavalos não estavam inquietos, e embora houvesse sininhos nas suas patas, os mesmos não estavam tilintando. Havia adereços na parte do arreio que ficava sobre suas cabeças, mas eles se moviam. Eles estavam totalmente imóveis, estáticos, esperando pela voz de comando do Mestre.







Havia Dois Potros Jovens no Campo

Enquanto eu observava os cavalos arreados, eu notei dois jovens potros que vinham pelo campo aberto. Eles se aproximaram da carruagem e pareciam dizer aos cavalos: “Venham brincar conosco, nós temos muitas e ótimas brincadeiras, nós correremos com vocês, venham nos pegar…” E com isso os potros corcovearam, escoicearam, sacudiram suas caudas, e saíram a correr pelo campo aberto. Mas quando eles olharam para trás e viram que os cavalos não os estavam seguindo, eles ficaram confusos. Eles não sabiam nada a respeito de arreios, e não podiam entender por que aqueles cavalos não quiseram brincar com eles. Por isso, eles perguntaram aos cavalos: “Por que vocês não correm conosco? Vocês estão cansados? Vocês estão fracos demais? Vocês não têm força para correr? Vocês são sérios demais, vocês precisam de mais alegria em suas vidas”. Mas os cavalos não responderam uma palavra sequer, não deram patadas no chão nem moveram suas cabeças. Eles permaneceram quietos, imóveis, esperando pela voz do Mestre.



Novamente os potros se dirigiram a eles: “Por que vocês estão assim parados sob este sol escaldante? Venham aqui para a sombra agradável desta árvore. Vejam como a grama é verde! Vocês devem estar com fome, venham pastar conosco, o capim está tão verde e tão bom. Vocês parecem sedentos, venham beber de um de nossos muitos riachos de água fresca e clara”. Porém, os cavalos não lhes responderam, nem mesmo volveram os olhos em sua direção, mas ficaram parados à espera do comando para seguir adiante com o Rei.





Potros no Curral do Mestre





E então a cena mudou, e eu vi laços serem lançados aos pescoços dos dois potros, e eles foram levados para o curral do seu Dono para serem treinados e disciplinados. Quão tristes eles ficaram ao ver seus verdes e adoráveis campos desaparecerem, e que eles agora estavam presos num Curral com sua sujeira característica e sua cerca alta. Os potros corriam de um lado para o outro do curral buscando a liberdade, mas acabaram por descobrir que estavam presos naquele lugar de treinamento. E então o Treinador começou a trabalhá-los, com seu Chicote e Rédea. Que experiência amarga para aqueles que, por toda a vida, tinham se acostumado a viver em liberdade! Eles não podiam entender a razão daquela tortura, daquela disciplina terrível. Que grande crime tinham eles cometido para merecerem aquilo? Eles nada sabiam acerca da responsabilidade que teriam que assumir quando chegassem ao final do treinamento, quando tivessem aprendido a obedecer plenamente o Mestre, e tivessem sido completamente disciplinados. Tudo que eles sabiam era que este processo era a coisa mais horrível que já lhes tinha acontecido.



Submissão e Rebeldia

Um dos potros rebelou-se contra o treinamento, e disse: “Isto não é para mim. Prefiro a minha liberdade, minhas colinas verdes, meus riachos de água fresca. Eu não suporto mais esta prisão, nem este treinamento terrível”. Assim ele descobriu um modo de escapar, saltou a cerca, e correu alegremente de volta aos prados gramados. Eu fiquei surpreso que o Mestre o tivesse deixado ir, sem o perseguir. Em vez disso, Ele dedicou toda sua atenção ao potro que ficara. Este potro, embora tivesse tido a mesma oportunidade para escapar, decidira por se abster da sua própria vontade, e se submeter à disciplina do Mestre. E o treinamento tornou-se mais duro que nunca, mas ele estava aprendendo rapidamente e cada vez mais a obedecer ao mais simples desejo do Mestre, e a responder até mesmo ao silêncio da voz do Mestre. E eu vi que se não tivesse havido treinamento, nem prova, não teria havido nem submissão nem rebelião da parte dos potros. Porque, no campo, eles não tinham a escolha de se rebelar ou se submeter, eles eram puros em sua inocência. Mas quando foram levados ao lugar de prova, treinamento e disciplina, então se manifestou a obediência de um e a rebeldia que estava escondida no coração do outro. E embora parecesse mais seguro não ir para o lugar de disciplina, por causa do risco de ser encontrado rebelde, não obstante eu vi que, sem treinamento e disciplina, o potro não compartilharia da Sua Glória nem da Filiação.





Debaixo do Arreio





Finalmente aquele período de treinamento teve fim. E você acha que ele teve de volta a sua liberdade, e voltou aos campos? Oh não! Uma restrição de liberdade ainda maior se abateu sobre ele, agora na forma de um arreio que lhe caiu sobre os ombros. Agora, nem mesmo a liberdade de correr pelo curral ele tinha. Estando debaixo do arreio, ele só podia se mover na direção e pela extensão que o Mestre determinava. E se o Mestre nada falasse, ele ficava parado.



A cena mudou, e eu vi o outro potro que, em pé ao lado de uma colina, mordiscava um pouco de grama. Então, pela estrada que atravessava os campos, vinha a carruagem do Rei puxada por seis cavalos. Com assombro, ele viu que, na primeira parelha, à direita, estava o potro irmão dele, que agora se mostrava forte e amadurecido pelo bom milho do estábulo do Dono. Ele viu os lindos adereços tremulando ao vento, e notou o arreio reluzente com bordaduras de ouro sobre seu irmão, e ouviu o belo tilintar dos sininhos nos pés dele, e a inveja entrou no seu coração. Então ele reclamou lá com seus botões: “Por que meu irmão foi honrado assim, e eu fiquei esquecido? Não puseram sininhos em meus pés, nem enfeites bonitos em minha cabeça. O Mestre não me deu a responsabilidade maravilhosa de puxar a carruagem dele, nem pôs sobre mim o arreio dourado. Por que escolheram meu irmão em vez de mim?” E, pelo Espírito, a resposta me veio, como previa. “Porque um se submeteu à vontade e à disciplina do Mestre, e o outro se rebelou. Assim, um foi escolhido e o outro posto de lado”.







Escassez na Terra

Então eu vi que uma grande seca se abatia sobre os campos, e a grama verde secou-se, tornou-se marrom quebradiça, morreu. Os pequenos riachos secaram, deixaram de fluir, e apenas uma ou outra poça barrenta apareciam aqui e acolá. Eu vi o pequeno potro (eu fiquei admirado porque ele parecia nunca crescer ou nem amadurecer, era sempre o mesmo) como ele corria prá lá e prá cá, através dos campos à procura de riachos de água fresca e pastos verdes, mas não achava nenhum. Mesmo assim ele ainda corria, aparentemente em círculos, sempre procurando algo com que alimentar seu espírito faminto. Mas havia escassez na terra, e os ricos e verdes pastos, e os regatos murmurantes de outrora pareciam nunca ter existido. Um dia, o potro parou na ladeira da colina sobre suas pernas fracas e coxas, e ficou imaginando qual direção tomar em busca de comida, e onde arranjaria forças para ir. Parecia não haver saída, porque a comida boa e regatos de águas correntes eram coisas do passado, e todos os esforços que fizesse só fariam minguar cada vez mais suas forças. De repente, ele viu a carruagem do Rei que descia pela estrada, puxada por seis grandes cavalos. E ele viu seu irmão, gordo e forte, músculos salientes, pelo macio e lustroso e cheio de bonitos enfeites. O coração dele ficou pasmo e perplexo, e ele clamou: “Meu irmão, onde você acha comida para se manter forte e gordo nestes dias de escassez? Eu corri livremente por todos os lugares em busca de comida, e não achei nada. Onde, em seu terrível confinamento, você acha comida? Diga-me por favor, eu tenho que saber!” E então a resposta veio através de uma voz cheia de vitória e entusiasmo: “Na Casa de meu Mestre, há um lugar secreto, nos limites do seu estábulo, onde Ele me alimenta pela sua própria mão, e os seus silos nunca ficam vazios, e a sua fonte nunca seca”. Com isto, o Senhor me fez saber que, no dia em que as pessoas estiverem espiritualmente fracas e famintas, em tempo de escassez espiritual, os que tiverem se abdicado das suas próprias vontades, e entrado no esconderijo do Altíssimo, em submissão absoluta à sua perfeita vontade, terão bastante alimento do Céu, e um fluxo infinito de rios de águas vivas de revelação pelo Seu Espírito. Assim a visão terminou.







Interpretação da Visão

“Escreva a visão, e grave-a sobre tábuas, de forma que, mesmo quem passa correndo possa lê-la” - (Hab. 2:2). “Arreiem os cavalos: montem cavaleiros” - (Jeremias 46:4). Eu estou certo de que muitos de vocês que podem ouvir o que o Espírito diz para a Igreja, já perceberam o que Deus mostrou nesta visão. Mas permita-me torná-la mais clara. Nascer na Família de Deus, alimentar-se dos pastos verdes e beber do muitos riachos de revelação progressiva dos seus propósitos é bom e maravilhoso. Mas não é o bastante. Quando éramos crianças, jovens, indisciplinados, só limitados pela cerca exterior da Lei que corria ao redor dos limites dos pastos (isso nos impedia de entrar nos pastos escuros de ervas daninhas e venenosas), Ele se contentava em nos ver desenvolver, crescer em nossa irmandade juvenil, espiritualmente falando. Mas o tempo se cumpriu, e chegou a hora daqueles que se alimentaram nos seus pastos e beberam dos seus regatos, serem disciplinados ou “tutorados” com a finalidade de fazer deles Filhos aptos e maduros. Muitas das crianças de hoje não podem entender por que alguns dos que vestiram o arreio de Deus não se interessam pelos muitos jogos religiosos e nem pelas peripécias divertidas dos imaturos. Eles querem saber por que o disciplinado não corre atrás de toda nova revelação que aparece, nem se alimentam das oportunidades de se ocuparem com atividades religiosas, aparentemente “boas e úteis”. Eles querem saber por que alguns não correm com eles no seu esforço frenético de construir grandes obras e grandes e notáveis ministérios. Eles não podem entender o simples fato de que esta Companhia de Santos está esperando pela voz do Mestre. Com todas as suas atividades externas, eles não ouvem a Deus.



Embora muitas tentações venham da parte dos potros brincalhões, os Santos só se moverão na hora que o Mestre ordenar, não antes. Os potros não podem entender por que aqueles que aparentemente têm grandes habilidades e força não estão fazendo uso dela. “Bota a carruagem na estrada!”, eles dizem. Mas os disciplinados, os que estão sob o arreio de Deus, sabem que é melhor não se moverem antes de ouvirem a voz do Mestre Interior. Eles se moverão ao seu tempo, com grande propósito, e grande responsabilidade.



E o Senhor me fez saber que, muitos a quem Ele tinha trazido para treinar, tinham se rebelado contra a disciplina e a correção do Pai, e a eles não pode ser confiada a grande responsabilidade de Filho Maduro. Dessa forma, ele lhes permitiu voltar para a sua liberdade, de volta às suas atividades religiosas, seus dons e suas revelações. Eles ainda são seu povo e ainda se alimentam nos campos do Pai, mas Ele os deixou fora dos grandes propósitos para o fim da era. Assim eles se divertem na sua liberdade e pensam que eles são os Escolhidos, com seus muitos fluxos de água vivente, não sabendo que eles foram postos de lado como inadequados para a sua grande obra no fim desta Era.



E Ele me mostrou que, embora a correção pareça penosa por um determinado tempo, e a disciplina pareça difícil de se suportar, contudo, o resultado final com toda a glória da Filiação vale a pena, e a glória a seguir excede em prazer todo o sofrimento que suportamos. Embora alguns até percam suas vidas neste treinamento, mesmo assim eles compartilharão de semelhante glória nos seus propósitos eternos. Portanto, não desfaleçam, Santos de Deus, porque é o Senhor que lhes coloca em confinamento, e não seu inimigo. É para o seu bem, e para a glória dele. Portanto, suporte todas as coisas com louvores e ação de graças, porque Ele lhes achou dignos de compartilharem da Sua glória! Não tenham medo do chicote na mão do Mestre, porque ele não se destina a lhes castigar, mas a corrigir-lhes e treinar-lhes para que possam se submeter à vontade do Pai, e serem achados à sua semelhança quando acordarem. Regozijem-se em diante das dificuldades e em todas as suas tribulações, e gloriem-se na Sua cruz, e nas limitações confinantes do Seu arreio, porque Ele lhe escolheu, e Ele tomou para si a responsabilidade de lhes manter fortes e bem alimentados, apoiem--se nEle, e não confiem em sua própria débil habilidade nem na sua própria capacidade de compreensão. Assim você será alimentado, e a mão dele estará sobre você, e a Sua glória lhe cobrirá e fluirá através de você, bem como cobrirá toda a terra. Glória a Deus! Abençoado seja o Senhor. Ele é maravilhoso! Amigos, permita-lhe ser o Senhor da suas vidas, e não reclamem do que Ele faz acontecer em suas vidas.







Abundância no Tempo da Escassez

Em tempos de escassez sobre a terra, aos que moram no esconderijo do Altíssimo e que se submeteram à sua vontade perfeita, Ele alimentará com sua própria mão. Quando o terror espalhar-se pela terra, os que estiverem debaixo do seu arreio não terão medo, porque sentirão o freio e a rédea do Espírito a guiá-los. Quando os outros estiverem fracos, debilitados e com medo, aqueles estarão fortes no Seu poder, e nada lhes faltará. Quando as tradições e os sistemas religiosos forem desmascarados e se mostrarem falsos, e seus riachos secarem, então os Escolhidos proclamarão a verdadeira Palavra do Senhor. Portanto, alegrem-se Filhos de Deus, porque, nesta última hora, vocês tiveram a honra de serem escolhidos pela Sua graça para tomarem parte nesta grande obra.



A cerca que mantém os potros presos nos seus prados e pastos não significa nada para os que estão sob o arreio, porque os portões se lhes abrem, e eles vão e puxam a carruagem do rei adiante através de lugares estranhos e maravilhosos. Eles não param para comer dos arbustos venenosos do pecado, porque eles só se alimentam no estábulo do Mestre. Eles não fazem caso destes campos, passam por eles e vão adiante a serviço do Rei. E assim, para os que se sujeitam totalmente à sua vontade, não há Lei. Porque eles se movem pela Graça de Deus e são guiados pelo Espírito, por caminhos onde todas as coisas são lícitas mas nem todas são convenientes. Esta é uma dimensão perigosa para o indisciplinado, e muitos têm perecido no pecado por terem saltado a cerca sem Seu arreio e a Sua rédea. Alguns têm se julgado completamente arreados e submissos a Ele, mas descobriram que, em algum lugar, no recôndito das suas vidas, habitava a rebeldia e o egoísmo. Esperemos diante dele até que ele nos ponha o cabresto e nos leve ao lugar de treinamento. E então, ali aprenderemos os procedimentos de Deus e as formas de agir do Seu Espírito, até que finalmente sintamos Seu arreio cair sobre nós, e ouçamos a Sua voz nos guiando. Só então haverá segurança de não cairmos nas ciladas e armadilhas do pecado, e na Sua casa para sempre!







Capítulo Três



O Alcance Vertical e o Alcance Horizontal



O objetivo do Espírito é alcançar o topo das montanhas, e o objetivo da mente carnal é se estabelecer nas baixadas e construir tabernáculos. O espírito busca louvar a Deus pela vitória e procura alcançar montanhas mais altas; e Deus tem um povo chamado para andar no Espírito! Agora vamos ler Efésios 1:9-18. E eu quero me referir a vários versos.



“…fazendo-nos conhecer o mistério do seu querer, conforme a sua própria vontade, através da qual ele propôs em Si mesmo de, na economia da plenitude dos tempos, reunir todas as coisas em Cristo, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; nele, no qual também fomos escolhidos como herdeiros, tendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade, com o fim de sermos para o louvor da sua glória, nós, os que antes esperamos em Cristo; no qual também vós, ouvindo a palavra da verdade, a Boa Nova da vossa salvação, e tendo nela também crido, fostes selados com o Espírito da Santa promessa, o qual é o penhor da nossa herança até à redenção da possessão, para o louvor da Sua Glória.

Por isso, também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê um espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele; sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança do seu chamado, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos,…”

O Verso 11 nos fala que, no Cristo, nós fomos predestinados a uma herança. 1 Pedro 1:4 diz que esta é “uma herança incorruptível e imaculada, e isso não se revoga, reservada no céu para você… pronto para ser revelada nos últimos tempos”.



Estas escrituras nos falam algo sobre nossa herança, e determina a hora em que ela deverá ser completamente revelada: “Nos últimos tempos”. Amado, este é o dia que está começando a raiar agora. Mas, o que vem a ser esta herança? Se você fosse um herdeiro genuíno — e você realmente o é, você sabe disso! — você iria querer saber algo sobre o que você estaria herdando, não iria? A menos, claro, que isso fosse um segredo, um mistério. E esta herança tem sido um mistério glorioso, escondido das eras e dos santos, aos quais Ele tornaria conhecida a glória deste mistério. Agora você quer saber o que é este mistério?







A Herança Gloriosa

Alguns dizem “que é uma mansão de ouro, em algum lugar lá em cima nos céus. Uma grande casa com muitos quartos, mobília bonita, três ou quatro pavimentos, etc.”. Para que servem todos esses quartos? Você vai ter companhia? Pode ser, mas não eu. Se todos nós temos direito a uma casa grande, eu terei minha própria. Nem seu marido, ou filhos. Cada um deles terá sua própria casa e mobília para cuidar. Que tipo de mobília você vai querer ter? Um refrigerador? Televisão? Condicionador de ar? O que você vai ter em todos esses quartos? Camas? Quem irá dormir onde não há noite? E a cozinha? O que você vai cozinhar? E o banheiro? Para que banheiro? Amado, será que você não pode ver que esta falsa cidade é uma construção que edificamos com nossas imaginações naturais. Multidões de pessoas solitárias, cada um estabelecido em sua casa de ouro de 40 cômodos, sem ninguém com quem compartilhar tantos benefícios?



Tudo bem! Agora, pela mente do Cristo em nós, vamos ver o que Deus realmente tem para nós. A realidade do Espírito é muito melhor que os sonhos fantásticos que nós construímos em nossas mentes naturais, tão limitadas e finitas.



Há uma herança. Quanto a isto não há nenhuma dúvida. Então deve haver um povo que receberá esta herança. Isto é certo. Ela está reservada “para você que é mantido pelo poder de Deus, pela fé…”. Hebreus 9:15 nos fala que Jesus teve que morrer para que pudéssemos “receber a promessa de herança eterna”. Aleluia!







Um Antegozo

Deus não nos deixou no escuro com relação a esta herança maravilhosa. Ele nos deu um penhor ou “antegozo” da plenitude. Volte a Efésios 1:13-14 e leia: no qual também vós, ouvindo a palavra da verdade, a Boa Nova da vossa salvação, e tendo nela também crido, fostes selados com o Espírito da Santa promessa, o qual é o penhor da nossa herança até à redenção da possessão, para o louvor da Sua Glória. Agora, permita-me ler o verso 14, novamente, no Novo Testamento Ampliado: “O ESPÍRITO É A GARANTIA DE NOSSA HERANÇA, A PRIMÍCIA, O PENHOR, ANTEGOZO, O SINAL PAGO POR NOSSA HERANÇA EM ANTECIPAÇÃO PELA NOSSA REDENÇÃO COMPLETA, E A CONSECUÇÃO PLENA DA NOSSA POSSESSÃO, PARA O LOUVOR DA SUA GLÓRIA”.



Bem, o que você viu? Está claro que a HERANÇA tem a mesma substância e qualidade do ANTEGOZO, a diferença é que o antegozo é apenas uma prova da totalidade do que teremos. A experiência antecipada desta herança é o Espírito Santo que você recebeu depois de crer em Jesus Cristo, isto é, aceitando a Verdade pregada e personificada por ele no Evangelho do Reino de Deus. Seja franco, poderia haver explicação mais clara?







Queremos Mais!

Quando Paulo impôs as mãos sobre aqueles doze homens em Éfeso e os ouviu falar em línguas e profetizar, estava claro que eles receberam algo real e genuíno. O que foi? Era o pagamento inicial da herança deles. Quando o Espírito Santo manifestou-se na casa de Cornelius, levando-os a falar em línguas e exaltar a Deus, eles estavam dando evidência de ter recebido algo do qual eles queriam muito mais. Porque quem é que tendo recebido um batismo real e genuíno no Espírito Santo, não sentiu uma vontade de receber mais e mais? Bem, boas notícias. O que nós recebemos é só o sinal, um penhor, por uma herança resgatada para nós através da morte de nosso

Nota do Tradutor:

Na tradução de João Ferreira de Almeida encontramos “onde estiver o Corpo, aí se ajuntarão os ABUTRES”. Convenhamos, ele foi infeliz na escolha da palavra, porquanto “abutres” e “águias” expressam uma natureza bastante diversa. Enquanto a águia vive nas alturas e se alimenta de coisas vivas, os abutres vivem nas baixadas e se alimentam de coisas mortas. A palavra grega usada no Novo Testamento significa “águia”, nunca “abutre”.



Nota do Tradutor:

A Palavra grega “oikonomian” usada por Paulo e que aqui traduzimos como “economia”, não pode ser entendida como dispensação, ou “período de tempo no qual o indivíduo experimentará julgamento ou provação da sua obediência em relação à vontade de Deus”. “oikonomian”, ou, economia, significa “a organização dos diversos elementos de um todo”, por isso preferimos, ao traduzir este livro, buscar no N.T. em Grego, com transliteração para o Inglês, o significado mais adequado à mensagem passada por Paulo em sua Carta aos Efésios. A palavra “dispensação” usada na versão de João Ferreira de Almeida tem outros significados e não traduz o verdadeiro significado da mensagem de Paulo. O que Paulo nos diz é que “quando chegar a plenitude dos tempos, todas as coisas serão reorganizadas, harmonizadas e reunidas em UM só: no Cristo”, nada mais. Tudo veio a ser por Ele, nEle subsiste, e a Ele se destina. Senhor Jesus. Incorruptível, imaculada, separada, eterna. Glória a Deus, eu tenho vontade de gritar. E acho que vou!



Eu amo meu Batismo no Espírito Santo. Eu amo os dons e obras do Espírito. Eu amo a Unção que eu sinto agora. Porque estas coisas são uma “medida”, ou uma porção daquilo que me manterá e me sustentará eternamente. Você poderia dizer que estas coisas representam um “tijolo de ouro” em minha Mansão Celestial. Tudo bem! Você pode ficar zangado comigo, mas de qualquer forma, isto é verdade!







Espírito de Revelação

Voltemos a Efésios. No verso 17, Paulo diz que Deus lhe daria o Espírito de sabedoria e revelação no conhecimento dEle. De forma que você pudesse ter algum entendimento espiritual das coisas de Deus, e que você poderia conhecer “ qual seja a esperança do seu chamado, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos,…”. Ó meus queridos, há tanto a saber sobre Ele, sobre esta herança gloriosa, e nossas mentes são tão retardadas, tão naturais. Deus nos ajuda a ver.



Há tantas coisas que eu quero lhe falar nesta mensagem, mas, se quiser entender, você tem que ter um espírito de revelação. O mesmo espírito de revelação que foi dado quando estas coisas foram escritas. Não deixe que dúvidas e uma visão limitada lhe mantenha fora da Terra Prometida, a terra gloriosa da herança. Ela é sua! Ele a adquiriu para você. Ele já comprou e pagou. Agora é hora de cruzar o Jordão e entrar. O Dia é hoje, a hora é agora!



Agora eu tenho que deixar este glorioso Livro de Efésios, ou nunca terminarei esta mensagem. Vamos para Filipenses 3:12-14…







O Chamado Superior



“Não que eu já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou

prosseguindo, para ver se também consigo alcançar da mesma forma como

também fui alcançado pelo Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, que é: esquecendo-me das coisas que ficam para trás, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo em busca do prêmio do Chamado Superior de

Deus no Cristo Jesus.”



Agora Paulo diz que Deus o alcançou para que ele pudesse alcançar algo. O quê? Bem, seja lá o que for, ele ainda não o tinha recebido mesmo depois de muitos anos de um ministério fiel e frutífero. Agora se você pensa que este Chamado Superior pelo qual Paulo buscava era o Céu, eu posso lhe assegurar, não era. Porque Paulo estava fazendo o que podia para seguir o alvo em busca daquele prêmio do Chamado Superior, contudo, ele teve muitas chances na vida para ir para céu. Se ele pelo menos tivesse ficado fora daquela cesta em Damasco, aqueles judeus teriam visto que o céu teria recebido Paulo no começo do seu ministério. Alguns judeus de Listra, na verdade, expulsaram Paulo da cidade e o deixaram para morrer, e lá ele ficou até que os santos se acercaram dele e oraram. Você pode imaginar alguém orando por você sem saber nada sobre seu chamado Superior? Ali Paulo teve uma excelente chance de “ir para o céu”, desde Jerusalém, com cerca de 40 judeus sedentos de lhe ajudar a fazê-lo. Mas ele teve que continuar e frustrar os planos deles, sem dizer quantos deles passaram fome até morrer. Não, o que Paulo buscava não era o céu. Ele sabia que o céu era para “todo aquele que o quiser”. Ele buscava algo maior. Ele buscava um prêmio. Céu não é um prêmio, é um PRESENTE da graça de Deus. Céu é para “todo aquele que o desejar”, inclusive para o ladrão agonizante, na hora da morte, o Cristão trinta-por-um. Paulo disse: “eu corro para que eu possa obter”. Ele buscava a maior dádiva de Deus para o homem.







Não são os Dons

Na época que Paulo escreveu a Carta aos Filipenses, ele desfrutava de um ministério maravilhoso de poder e de abundância dos Dons do Espírito, inúmeros milagres, cheio do Espírito Santo e falando em línguas estranhas mais que qualquer outro. Mas o Chamado Superior não era nada disso. E pensar que alguns dizem hoje que eles já chegaram lá, quando não têm nem uma fração do que este pequeno pregador ambulante, velho e de pés cansados teve. Paulo tinha muito, mas, mesmo assim, admitiu livremente que não tinha conseguido o que buscava. E nem eu, meu irmão. Aleluia!



Este Chamado Superior não é a construção de muitas igrejas denominacionais, ou a vinculação a um determinado apostolado. Paulo teve tudo isso. E isso não consistia em ter visões, revelações, visitações ou experiências sobrenaturais. É algo além de tudo isso. É a plenitude daquilo do qual recebemos apenas uma amostra, o antegozo ou o sinal. É aquilo do qual nenhum homem alcançou plenamente, exceto Jesus de Nazaré, mas que está reservado para o fim dos tempos. E o Fim dos tempos É AGORA! E estamos a ponto de nos mudar.







Está Escrito

Onde Paulo descobriu estas verdades gloriosas? Um anjo desceu à noite e o visitou e lhe revelou estes segredos maravilhosos? Ou ele fez uma viagem ao longínquo Tibete para aprender os segredos dos sábios? Claro que não! Então como ele ficou sabendo a respeito deste Chamado Superior e da Plenitude do Espírito?



NO LIVRO!





“Para a Lei e para o testemunho: se eles não falam de acordo com esta Palavra, é porque neles não há luz” - Isaías 8:20. E em Atos 24:14 e 26:22, o próprio Paulo disse que ele nunca pregou qualquer coisa que já não estivesse escrito na Lei e os profetas. Assim deve estar lá. Filiação, Chamado Superior, Vencedor, Corpo do Cristo, Herança. Paulo pregou tudo isto, e pregou com base no Livro!



Se o que eles pregam não está no Livro, então você pode ter certeza, amado, não é o que você e eu buscamos. Não é o que Paulo buscava. Alguns estão se dirigindo para a perdição, mas eu já os ouvi em tempos passados, eu já os ouvi falar dos pensamentos blasfemos das suas mentes corruptas. “Feche as velhas capas pretas da morte", eles diziam, “nós não precisamos mais do Livro. Ele é só uma muleta para o fraco, uma luz apenas para os que estão na escuridão. Agora, nós falamos a Palavra dele, e nós somos a Palavra vivente, nós não precisamos da letra morta”. Dessa forma, eles descartam o Livro, principalmente porque eles não podem obter as “suas revelações” nele.



Porém, ouçam-me hoje, e ouçam bem. Este tipo de heresia não está no verdadeiro Movimento de Deus para esta hora. Eles não são os eleitos de Deus. O que eles têm não é a Chuva Serôdia; é só o chuvisco do inimigo, um veneno inútil.



E Agora… Vamos para Cima

Voltemos a Efésios 3:18, onde Paulo ora para que você possa estar arraigado e fundamentado no amor, “a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus”.



Você realmente acredita nisso? Que Deus deseja que você seja enchido de toda a abundância de Deus? Alguém poderia dizer: “Ó não, eu não teria coragem de dizer que…” Bem, você não precisa ter. Ele teve a coragem de dizer isto por você! Este é o desejo dele para o seu povo. Não que eles possam apenas viver e se manter em um plano inferior de existência, alimentando-se de doutrinas, programas, crescimento econômico, construções cada vez maiores e mais elaboradas, frustrações no espírito… Não! Não é nada disso. Deus deseja que você tenha a abundância… DELE! Que seja UM com Ele (João 17). Bem, não foi eu quem disse isto. Volte e leia novamente Efésios 3:18.



Deus quer que você compreenda, que saiba e entenda qual é a EXTENSÃO e a LARGURA, e a PROFUNDIDADE e a ALTURA. A extensão e a largura nos fala do alcance de Deus. Olhe a barra Horizontal na Cruz do Calvário… com aquelas mãos preciosas estiradas a recolher toda a criação para o seu seio. Deus sempre esteve interessado na salvação do homem perdido. Há graça infinita e eterna para “todo aquele que quiser” de Deus… a extensão e a largura.



Agora olhe a parte vertical da Cruz na qual Jesus foi pendurado. Ela me fala da profundidade e da altura. Amigos, vocês nunca souberam a profundidade total à qual Jesus desceu para redimir os seus. Eu poderia passar o resto de meu tempo falando daquela jornada, do Céu para terra, da terra para o inferno, por causa do amor dele por nós. Aleluia! Mas graças a Deus, Ele retornou da jornada vitorioso. Ele venceu a terra e o inferno, o pecado e a doença, e foi exaltado acima do mais alto céu, louvado seja o seu Nome!



Mas agora, as alturas… Ó amigos, que glorioso alcance vertical em Deus foi disponibilizado pelo nosso Senhor Jesus Cristo aos que ousam crer. Está além da nossa mais ousada imaginação. “Excedendo abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos — verso 20.







Os Santos Alpinistas de Deus

Em todas as eras, enquanto o homem carnal vem tentando ampliar seus lucros, construir celeiros maiores, fazer um nome para si mesmo, Deus vem mantendo um povo que têm escalado as montanhas espirituais de Deus. Deixe outros falarem das suas grandes ações, do seu grande progresso, e do muito lucro conseguido na dimensão natural onde eles moram. Os Montanhistas do Espírito continuam deixando para trás estas coisas terrestres, e seguem para lugares mais altos em Deus. E são estes sinceros seguidores de Deus que tornaram possível cada novo Movimento do Espírito desde que Deus tem se relacionado com o homem.







Abraão: Amigo de Deus

Enquanto Babel estava sendo construída, enquanto os homens estavam dizendo: “Façamo-nos um nome, para que não sejamos dispersados…”, Deus procurava um homem que pudesse ouvir sua voz. Isto foi quando Babel estava começando, quando Deus desceu e confundiu-lhes a linguagem, de forma que eles não pudessem entender um ao outro. E assim foi, e assim é hoje… os homens se esganam um ao outro, cada um tentando destruir seu vizinho, porque um não pode entender o idioma do outro. Mas nós estamos agora vivendo a hora da destruição da grande torre de Babel, e Deus levará as pessoas de volta a um idioma único e puro. E haverá paz.



Mas Deus encontrou um homem que podia ouvir sua voz. E a mensagem não era muito fácil. O homem devia deixar sua família, seus amigos, tudo aquilo pelo que ele tinha trabalhado, tudo aquilo que ele tinha acumulado neste mundo. Devia deixar para trás a oportunidade de expansão e maiores lucros no ambiente confortável da Babilônia. E aonde este chamado o estava conduzindo? Ele não sabia. Deus não lhe falara.



Mas seguiram com ele alguns que não foram convocados para este Chamado Superior. Ló amava a prosperidade de estar com o Tio Abraão. Há aqueles “companheiros de viagem” que viajam pelo simples prazer de viajar. Contanto que seja uma jornada tranquila. Eles gostam da mensagem, gostam de sentir a Unção do Espírito, como da liberdade de adoração. Mas não são chamados. Eles devem ser separados. Eu posso lhe falar por experiência que Abraão não gostava da idéia de perder Ló. Naquela terra estranha com tantos inimigos, e com poucos companheiros do seu próprio grupo, todo amigo contava. Mas Deus disse que Ló tinha que ir, não que ele fora chamado. Agora, eu estou certo de que Ló ficaria muito indignado só de pensar que alguém pudesse dizer que ele não fora chamado. Afinal de contas, veja quão fundo ele entrou nesta história. Ele tinha deixado Ur e Babilônia, não tinha? Ele não ficou em Harã, com Tera, ficou? Porém, ele não tinha o espírito de Alpinista que busca estender seu alcance Vertical. Ele estava interessado nas planícies irrigadas de Sodoma, ele estava ansioso por obter lucros na terra, se expandir e estender seu alcance horizontal.



Mas os olhos de Abraão estavam nas montanhas. E foi aqui, depois que ele foi separado daqueles que não estavam no Chamado Superior, que Deus permitiu-lhe ver sua herança. “Olhe, Abrão, norte e sul, leste e oeste. Tudo que você pode vir é seu. Hei de lhe dar isto”. Mas você tem certeza de que pode fazer isto, Senhor? Isto não vai abalar as economias de céu, ou levar-lhe a passar necessidades? Não seja tolo, e não tenha medo de pegar o que Deus lhe oferece. Você não sabe como Deus é grande, o que ele pode fazer ou o que ele pode dar.



Abraão acreditou. Assim está registrado. E há muito para os que vierem a crer. Quem era o “manda-chuva” no tempo de Abraão? Quem eram os príncipes tribais, os governadores, os senadores, os reis? Ninguém sabe. Mas nós temos um registro eterno daquele que ousou caminhar com Deus, e acreditar no que Deus lhe dizia!



Enquanto Ló tentava ampliar suas possessões, finalmente perdendo tudo aquilo que obtivera, Abraão, a seu tempo, estava a caminho do topo da montanha de Deus, irrompendo-se a um lugar novo em Deus, ao qual homem nenhum havia chegado antes. Ele se tornou o pai de uma nação de escolhidos e eleitos.















Uma Voz que Clama no Deserto

Nas margens barrentas do Jordão, descalço e vestido com roupas estranhas, estava o filho de um Sacerdote do Templo. Seguir seu pai, Zacarias, significava que João podia ter alcançado o “círculo interno” daqueles que atingiram o alto ofício de Sacerdote do Templo.



Mas Jerusalém tinha se tornado um lugar de pecado e deslealdade. E a glória do Templo era uma coisa artificialmente idealizada pelo homem. Enquanto Jerusalém se gloriava nas suas conquistas e ostentava sua beleza e força baseadas no intelecto humano, Deus chamava alguém para vir para fora dos muros e buscar um novo lugar no Espírito. Deus não comungava com a velha ordem, mas eles não sabiam disto, porque, em verdade, eles nunca O tinham conhecido.







Ninguém é Maior que João, o Batista

Não havia ninguém a seguir, ninguém para mostrar-lhe o caminho. Era uma liderança genuína do Espírito. Ele não pôde seguir o pai dele, mesmo o amando muito, porque Zacarias estava enredado pela velha ordem. Mas, “suportando a repreensão”, João foi para fora dos portões, sem se importar com o que os outros poderiam pensar dele. Ele ouvia apenas a voz daquele que lhe falava do Céu.



E João alcançou em Deus uma estatura que ninguém jamais havia alcançado. Certo, você não gostaria de registrar o que Jesus disse de VOCÊ, que “não há ninguém maior”? Ele foi a voz que apresentou o Filho de Deus, na Ação mais significativa de Deus, que jamais havia se passado antes na terra. E ele era aquela voz, porque ele tinha ouvido o chamado e ousara acreditar, e com isso, escalou a mais alta montanha de Deus nos seus dias. Glória para Deus!







Por que Você não Evangeliza?

Sem dúvida que isto poderia ter sido dito aos discípulos no local onde eles estavam reunidos enquanto se aproximava o dia do grande banquete de Pentecostes. Lá estavam eles, com a maior mensagem jamais entregue ao homem, sem fazer nada a respeito. Mas, só aparentemente. Eles tinham visto o Senhor vivo. Eles tiveram a prova da sua ressurreição. Eles tinham uma história para contar, uma mensagem para pregar. Então por que eles não saiam a falar às multidões de judeus sobre ela? A cidade estava repleta de homens de muitas nações. Esta era a oportunidade deles. O momento estava divinamente designado, parecia.



Mas onde estavam eles? Num encontro secreto de oração decidido por eles. Nenhum pesar pelas almas perdidas, alguns poderiam dizer. Nenhum zelo pela mensagem. Oh! A repreensão que vem sobre um pioneiro espiritual. Ninguém entende, ninguém parece ouvir. Mas eles tinham ouvido a voz do Senhor, e estavam obedecendo. Parecia que o dia oportuno passaria, e que Deus perderia a chance de alcançar as multidões. Mas Deus não se atrasou. Ele nunca se atrasa. Nós podemos ficar nervosos e excitados, mas Deus sabe o que está fazendo.



Dessa forma, enquanto outros festejavam e jogavam, eles jejuavam e oravam, até que se irromperam numa nova dimensão em Deus, a qual era antes totalmente desconhecida pela Igreja. Eles entraram em uma nova dimensão no Espírito. Eles caminharam por onde os homens nunca haviam caminhado antes. E eles abriram uma porta do Espírito para todos os homens de todos os lugares em todas as gerações. Tudo porque eles tinham ouvido a voz do Senhor, tinham-na obedecido, e ousaram acreditar nela.







O Justo Viverá pela Fé

A porta de bênção espiritual aberta em Pentecostes nunca foi fechada, entretanto a Igreja aparentemente entrou em um período de grande escuridão. Homens lutaram para ampliar a parte natural da Igreja. Grande esforço foi feito para mais expansão Horizontal, mas nenhum esforço para o crescimento Vertical. Como resultado, a escuridão que se abateu foi densa. Coisas indizíveis, nas quais não há nada edificante em referi-las, aconteceram na Sede da organização terrestre, em Roma.



Então, certo dia, Deus estendeu sua mão no meio desta bagunça e escolheu um Sacerdote e falou ao coração dele. O Sacerdote ouviu, acreditou, e em 31 de outubro de 1517, ele inscreveu seu nome para sempre na história quando pregou suas 95 teses na porta da sua Igreja, em Wittenburgo, abrindo assim uma porta para que os homens pudessem sair do meio da podridão da Religião de Roma, e entrassem num Novo Dia no Espírito.



Martinho Lutero teve um bom começo e fez grandes progressos no meio em que vivia. Ele poderia ter passado seu tempo ocupado com a expansão horizontal. Mas ele tinha ouvido um chamado divino, e quando ele começou uma escalada vertical voltada para Deus, ele incitou todos os demônios do inferno contra ele. Os líderes religiosos da sua época quiseram matá-lo, destruí-lo, por quê? Simplesmente porque está neles odiar aqueles que decidem seguir para o alto em direção a Deus, buscando maiores altitudes no Espírito.



De uma coisa você pode ter certeza. Organizações terrenas sempre encorajam o crescimento horizontal, enquanto desencorajam e lutam bravamente contra qualquer esforço de crescimento vertical. Olhe para a história e você verá que é verdade. É próprio da natureza dos sistemas religiosos, e eles não podem mudar. E você pode estar certo de que eles não mudarão. Deus finalmente destruirá o sistema religioso com o brilho da sua glória. Às vezes, eles podem se mostrar amorosos, e podem até parecer experimentar uma revivificação ocasional. Mas eles não podem mudar. Por isso, aqueles que se interessam em buscar por novas dimensões no Espírito, sempre tiveram que abandonar o sistema e, eventualmente, continuarão a fazê-lo.







Pentecostes Restaurada

Agora nós chegamos ao início de um novo século. Aqui nós vemos as Igrejas atuais, um pouco reavivadas de vez em quando, mas ainda tentando se expandir no reino da salvação pela fé. Mas aqui e acolá, difundidos pela face da terra, há agrupamentos de santos, ou mesmo indivíduos, buscando seriamente por um mover mais intenso do Espírito.



Em Topeka, no Kansas, EUA, no ano de 1900, um pregador metodista chamado Charles Parham retirou-se do campo evangelístico para buscar a Deus. Os outros não conseguiram entender as ações dele. Onde está seu compromisso para com as almas, Irmão Parham? Com um ministério evangelístico poderoso, e um discurso eloqüente, ele poderia ter ganho almas para Jesus. Mas onde ele estava? Em uma casa grande em Topeka, com um grupo de santos que estavam convencidos de que eles não tinham tudo aquilo que Deus reservara para eles, e também convencidos de que era hora da Igreja introduzir-se numa dimensão mais abrangente do Espírito.



Assim eles começaram uma escalada vertical para Deus, mas eles se depararam com tremendos poderes das trevas que se opunham obstinadamente a cada passo deles. Não obstante, eles buscassem a Deus.



Então, em 31 de dezembro de 1900, em um encontro na virada para o ano novo, uma mulher foi cheia com o Espírito e começou a falar em outras línguas. E daí? Daí que as pessoas próximas não entenderam nada sobre aquela ocasião momentosa, e muito menos se importaram. Mas uma porta para o Batismo glorioso com o Espírito Santo e com fogo estava sendo aberta para a Igreja do Fim dos Tempos.



A partir deste começo humilde, coisas começaram a acontecer ao redor do mundo. O Reavivamento brotou num movimento soberano do Espírito em Gales. Evan Roberts, e outros, foram alçados em um furacão glorioso de força espiritual, num dilúvio de chuva espiritual. No ano de 1904, Frank Bartleman e outros em Los Angeles, estavam se esforçando em espírito para que houvesse um Mover poderoso naquela cidade. Eles foram desprezados e rejeitados por aqueles que só tinham olhos para a expansão horizontal dentro do reino da salvação pela fé. Eles andaram de Igreja em Igreja buscando companheirismo no Espírito, mas parecia que tudo o que eles podiam fazer era clamar e gemer no espírito por uma escalada vertical em Deus. Eles foram expulsos.







Uma Inovação Poderosa

Deus estava ouvindo aqueles que clamavam por ele. E sua mão alcançou os pequenos grupos do Irmão Charles Parham, agora pregando em Houston, no Texas, e de lá chamou um pregador Nazareno Negro para ir para Los Angeles. E ele foi e pregou uma nova dimensão no Espírito, uma experiência nova em Deus. Ele foi rejeitado pelas formas existentes de religião. Mas Deus abriu-lhe uma porta, um edifício velho na Rua Azuza. Foi de lá que rios poderosos de poder e bênção começaram a fluir para os quatro cantos da terra. Alguém tinha ousado ouvir, acreditar, obedecer e trabalhar com ardor por coisas maiores. Os pioneiros de Deus estavam se movimentando!



Dali em diante houve um disseminação poderosa do Evangelho. Igrejas, cidades, e nações eram abaladas pela poderosa força de Deus expressada através de seus humildes criados. Nesta grande colheita, foram levadas milhares e milhares de almas ao reino. Igrejas brotaram por todo o país, apesar da oposição violenta e ferrenha do sistema religioso. Este é o padrão. Uma nova escalada vertical no Espírito produziu uma maior expansão horizontal que jamais foi vista ou pensada antes na velha ordem do homem. Olhe para a Igreja Primitiva.



Depois de alguns anos de reavivamento glorioso nos primeiros anos deste século, o homem começou a assumir a direção. Organizações começaram a se formar. Comunidades, denominações, pastores credenciados começaram a invadir Pentecostes. “Isto é para que possamos expandir mais”, diziam eles. Para manter os lucros: um serviço milionário, quer dizer, missionário mais eficiente. Se era para expandir, eles faziam. Porém, a escalada vertical parou. O Reavivamento Pentecostal foi dividido em muitas facções. Igrejas e pregadores lutavam uns contra os outros, enquanto o mundo e o inimigo olhavam e riam.







Um Novo Dia está Raiando

Agora é chegada a hora de outra inovação. Homens e mulheres estão gemendo no Espírito pelo último grande Movimento do Espírito, o qual foi profetizado para o fim dos tempos. Uma grande batalha está acontecendo, porém, imperceptível, para a maioria que fica admirando seu lindo sistema religioso e deleitando-se na grande expansão e nos lucros conseguidos.



Mas os eleitos estão clamando a Deus para introduzi-los na plenitude da herança. O que aconteceu na Rua de Azuza era uma restauração das “primícias” ou o “Penhor”. Mas, eis que é chegada a hora. É tempo de ser revelada toda a herança que Deus prometeu. A restauração do penhor aconteceu para preparar nossos corações para aquilo que está para acontecer. O derramamento do Espírito sobre o povo denominacional nos nossos dias não é o ponto final, isto é apenas a preparação deles para este último grande reavivamento.



Quando Deus se moveu de modo soberano em uma comunidade Menonita e derramou seu Espírito sobre eles, uma profecia poderosa foi dada. Uma parte daquela profecia disse que o que tinha acontecido recentemente em reavivamento espiritual era como uma gota e meia de água em um balde de nove litros em comparação com o que estava por vir. Eu creio nisto! O Reavivamento mais poderoso que este mundo jamais viu está a caminho. Eu declaro isto com antecedência. Eu não terei que lhe falar sobre isto quando acontecer, você será alcançado pelo Mover mais poderoso de Deus na história! Mas eu lhe estimulo a estar pronto. Prepare seu coração para ter fé. Acontecerão coisas tremendas que abalarão a mente natural. Você terá que ter fé divina para poder acreditar no que está para acontecer.







Uma Separação bate à Porta

Como nos dias de Abraão, de Paulo, de Lutero, e de todos os outros pioneiros espirituais, há hoje uma separação tomando forma. As paredes da ordem velha estão desmoronando para aqueles que estão se movendo em Deus. Eles descobrem que não podem ficar nos sistemas do homem e que podem entrar, neste último grande movimento, na abundância de nossa herança gloriosa. Muitas vezes, isto provoca o rasgar da nossa carne e nos leva a abrir mão das nossas preferências naturais e nossos desejos, pois que somos forçados a dizer adeus àqueles que não ouviram a voz daquele que fala do Céu.



Mas, toda a criação suspira por este dia de libertação, e eu agradeço a Deus por ele estar à mão. Romanos, capítulo 5, fala do sofrimento pelos quais os chamados de Deus têm que passar e da glória que será revelada em nós. A criação espera pela manifestação desta glória. Ela ainda não tinha sido revelada nos dias de Paulo, mesmo com todos os benefícios do Pentecostes.



O verso 23 diz que até mesmo nós, que temos todas razões para sermos as pessoas mais felizes na terra — e nós somos — ainda gememos dentro de nós mesmos, esperando por este glorioso evento do fim dos tempos, o qual nos conduzira à plena salvação, ou libertação de todos os inimigos da humanidade.











Você Será um Pioneiro?

Preparem seus corações. É um grande dia. Mas você se deparará com muitos adversários, se você se propuser a caminhar com Deus. Isto é para o destemido no espírito, para os que ousam acreditar no melhor e mais alto de Deus. Mas, para os que tiveram a visão da herança e provaram das primícias, não há escolha. Ou vive ou morre, ou nada ou afunda, neste último dia eles devem seguir seu caminho para uma dimensão nova no Espírito.



E agradeça a Deus, porque há vitória, uma vitória gloriosa. Eu não posso lhe prometer um caminho tranqüilo, sem dificuldades. Mas posso lhe prometer a Presença dele ao longo do caminho. Isto virá por um ato soberano de Deus. Mas virá apenas para aqueles cujos corações estão prontos, preparados, e fiéis. Portanto, permaneçam firmes na fé, neguem a si mesmos como homens, porque a última vitória sobre todo inimigo está à mão!







Capítulo Quatro



A Arca de Noé



Estes são os últimos dias. Isto não pode ser negado, e a maioria das pessoas concordará que assim é. A dureza dos corações dos homens não lhes permite ver o que está para acontecer sobre a terra. Os líderes das nações estão se reunindo para tentar descobrir juntos uma saída, mas com muito pouco sucesso. Muitos dos que vivem neste mundo estão em constante medo, enquanto o resto deles ou ignoram os acontecimentos mundiais ou estão tentando esquecê-los através do prazer, da atividade frenética em seus afazeres ou através das drogas. A perspectiva, do ponto de vista do homem natural, certamente é no mínimo obscura.



No meio de tudo isso, onde fica Deus? O que ele está fazendo a respeito desta situação? Graças a Deus! Seu plano de libertação chega na hora certa. Nada saiu do seu controle. Tudo está acontecendo segundo o programado. Como você pode ver, Deus está preparando um vaso de libertação para o seu povo, e um meio de julgamento para seus inimigos. Exatamente como Ele fez nos dias de Noé. Jesus falou algumas palavras poderosas, no capítulo 24 de Mateus, relativas aos últimos dias e ao tempo do seu retorno. Leiamos Mat. 24:36-39…



Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. POIS COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ, ASSIM SERÁ TAMBÉM A VINDA DO FILHO DO HOMEM. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, E NADA PERCEBERAM, ATÉ QUE VEIO O DILÚVIO, E OS LEVOU A TODOS; assim será também a vinda do Filho do homem.



Olhe esta escritura bem de perto. Jesus está dizendo que os últimos dias têm uma semelhança marcante com os dias nos quais Noé viveu. A maioria das pessoas pensam exatamente na hora do dilúvio. Eles estavam comendo, bebendo e se casando. Bem, isso vinha acontecendo muito antes dos dias de Noé, e continuava até os seus dias. Alguns pensam que, assim como foi nos dias de Noé, quando alguns foram levados e outros deixados, e eles também querem ser levados. É melhor você não esperar por isto, porque não foi Noé, o íntegro, e os seus filhos que foram levados. Eles permaneceram para herdar a nova terra. Foram os maus que foram “levados”. A maioria dos nossos teólogos papa-letra, os quais não têm nenhuma revelação divina na Palavra, estão ensinando às pessoas a rezarem para que sejam “levados quando Jesus vier”. Dê outra olhada em Mat. 24.



O que me interessa a respeito dos dias de Noé não é o que os maus faziam, mas O QUE DEUS ESTAVA FAZENDO. Ele não estava ocioso. Nos dias anteriores à inundação, Deus estava ocupado preparando um vaso de libertação; uma arca que salvaria Noé e sua família, e Ele estava fazendo isto através de Noé. Leiamos Gênesis 6:13-16…



Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra. Faze para ti uma arca de madeira de gôfer: farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora. DESTA MANEIRA A FARÁS: o comprimento da arca será de TREZENTOS CÔVADOS, a sua largura de CINQÜENTA CÔVADOS e a sua altura de TRINTA CÔVADOS. Farás na arca uma janela e lhe darás um côvado de altura; e a porta da arca porás no seu lado; fazê-la-á com andares, inferior, segundo e terceiro.



Agora, Deus deu as instruções de como construir a arca? Não, isto não foi dito a Noé — Deus sabia o que queria, e insistiu no Seu plano. Noé sabia apenas as dimensões da arca e que ela seria suficientemente segura para proteger todas as criaturas que nela entrassem. Veja que as dimensões da arca eram 30, 50, e 300. Isto não é uma coincidência. Estes números relatados na Bíblia são muito significantes. A Palavra de Deus traz em si uma perfeição numérica. O Senhor é muito consistente no uso dos números. E estes três números são muito importantes na edificação deste vaso de libertação nos dias de Noé. Eles também são importantes naquilo que Deus está fazendo nestes últimos dias a respeito dos seus filhos. O Salmo 90:19 diz: “Ensina-nos a CONTAR nossos dias, para que possamos aplicar nossos corações à sabedoria”.







Deus está Construindo uma Casa

Sim, Deus está construindo uma casa, e Ele a está construindo com pedras viventes. Esta habitação de Deus será um vaso poderoso de libertação pelo Espírito no tempo do julgamento destes últimos dias. Pode ser até motivo de galhofa para o mundo religioso, assim como foi a grande Arca de Noé. Pode ser um vaso estranho de se ver, se comparado às ordens eclesiásticas de nosso dia, da mesma forma que a Arca de Noé era estranha. Poucos — ou nenhum de vocês — viram alguma vez um desenho que representasse a Arca de Noé com as suas dimensões reais. A maioria dos quadros que retratam a arca mostram-na como sendo um barco gordo e grande, com aproximadamente o dobro da sua altura em comprimento. Mas veja que ela é DEZ VEZES mais comprida que alta. São 300 côvados de comprimento por 30 de altura. Para que você possa ter uma idéia — considere que um côvado corresponde a, aproximadamente, 45cm — pegue algo quadrado com esta medida. Coloque 3 fileiras de altura por 30 peças no comprimento. Isto lhe dará uma comparação da forma da arca. Cada um dos três pisos da arca era de 10 côvados de altura (aproximadamente 4,5m) e 50 côvados de largura (aproximadamente 22,5m). Então teríamos, na verdade, um navio com 135m de comprimento, por 22,5 de largura, por 13,5 de altura. Bastante estranho, mas era o que Deus queria, e serviu ao seu propósito.



Agora, por que Deus especificou estes números em particular? Foi uma coincidência? Ele ditou aqueles números aleatoriamente? Ou você acha que Ele poderia ter um propósito divino por trás de tudo isso? Claro que sim! Deus não faz nada sem sentido. Com Deus nada acontece por acontecer. Ele está usando esta arca para nos falar acerca dos Filhos de Deus, a companhia dos Vencedores que será reunida nos últimos dias para formar um vaso glorioso que abrigará a própria plenitude de Deus e trará libertação para toda a humanidade. Glória a Deus!



Paulo diz, em I Coríntios 10, que as coisas que aconteceram lá no Velho Testamento eram símbolos e alegorias para nós que estamos vivendo nos últimos dias. O que tem hoje a ver conosco o tamanho da arca de Noé? Nós estamos vivendo nos dias da vinda do Filho do homem, e lembre-se que Jesus disse que como foi nos dias de Noé, assim deverá ser nestes últimos dias. Vejamos o que a Bíblia diz sobre estes três números.







Trezentos

O número 300 na Bíblia fala de libertação completa, de vitória em conflito. E onde ele é usado na Bíblia, você acha freqüentemente o número 3 o acompanhando. Havia 3 pisos na arca, cada um deles de 300 côvados de comprimento. E os três eram necessários para compor a arca e torná-la pronta para salvar os que Deus tinha escolhido. Veja em Juízes 7:7, 8, 16, 20, 22.



Disse o Senhor a Gideão: Com estes TREZENTOS homens que lamberam a água, vos livrarei, e entregarei os midianitas na tua mão; mas, quanto ao resto do povo, volte cada um ao seu lugar. E o povo tomou na sua mão as provisões e as suas trombetas, e Gideão enviou todos os outros homens de Israel cada um à sua tenda, porém reteve os TREZENTOS. O arraial de Midiã estava embaixo no vale. Então dividiu os TREZENTOS homens em TRÊS companhias, pôs nas mãos de cada um deles trombetas, e cântaros vazios contendo tochas acesas, Assim tocaram as TRÊS companhias as trombetas, despedaçaram os cântaros, segurando com as mãos esquerdas as tochas e com as direitas as trombetas para as tocarem, e clamaram: A espada do Senhor e de Gideão! E conservou-se cada um no seu lugar ao redor do arraial; então todo o exército deitou a correr e, gritando, fugiu. Pois, ao tocarem os TREZENTOS as trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, e fugiram até Bete-Sita, em direção de Zererá, até os limites de Abel-Meolá, junto a Tabate.



Aquilo parecia uma ação suicida. Trezentos homens contra uma grande multidão de guerreiros ferozes. Mas os trezentos tinham Deus do seu lado, e isso fazia deles uma grande maioria. Se olharmos de forma natural, diríamos que eles agiram de um modo muito tolo. Eles se expuseram, deixaram suas lanternas acesas, e não tinham sequer uma espada na mão. Eles estavam indefesos. Uma maneira meio tola de lutar numa guerra. Qualquer fundamentalista inteligente poderia lhes contar como ganhar a guerra… “Agora rapazes, saiam por aí e arrebanhem o maior número possível de companheiros, continuem em frente, façam bastante publicidade, pegue cada um sua espada e vá trabalhar junto a todas as outras denominações”. Mas aquela companhia não tinha ninguém ao seu lado além de Deus. E creia, Ele é o bastante. E Ele não precisava de muitos. De fato, Ele enviou de volta para casa mais de 99% dos que partiram na jornada. Todo Israel ia receber libertação, mas o vaso de libertação eram os trezentos. Este é o número da vitória na guerra, o número da libertação divina. Libertação sobrenatural.







Escudos de Ouro Batido

Em I Reis, capítulo 10, nós achamos uma descrição da Casa do Tesouro de Salomão. Há muitos tipos maravilhosos aqui, mas olhemos apenas para o número 300, no versículo 17:



“…do mesmo modo fez também TREZENTOS escudos de ouro batido; de

TRÊS minas de ouro mandou fazer cada escudo. Então o rei os pôs na casa do bosque do Líbano”.



Aqui está outra parte onde os números três e trezentos são usados juntos. Veja a que se referem… a Escudos. Utensílios de guerra. Paulo diz que será rechaçado todo dardo do maligno. Note também que os escudos eram de ouro. Ouro nos fala que é de Deus, divino. E era de “ouro batido” que tinha sido processado na batida do martelo. Pedro fala da “…fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo…” a proteção dourada de fé, o que era o bastante para todo o exército de 300, aquele grande Exército de Deus que avança para trazer libertação para toda a criação. Louvado seja Deus! Por que o número TRÊS? A resposta para isso vem daqui a pouco. Agora, vamos dar uma olhada em I Crônicas 11:20…



“Abisai, irmão de Joabe, era o chefe dos TRÊS; o qual, brandindo a sua lança contra TREZENTOS, os matou, e teve nome entre os TRÊS”.



Aqui temos um caso de libertação sobrenatural. Um homem contra 300. Deus devia estar do lado dele. Não há nenhuma dúvida de que isto seja sobrenatural. Novamente encontramos 3 e 300 envolvidos quando uma libertação poderosa se fez em Israel. Da mesma forma nós vemos hoje a necessidade de uma grande libertação para o Povo de Deus, como também para todo este mundo desorientado. E Deus está preparando seu vaso, uma companhia comprada a preço de sangue, vencedores cheio do Espírito, os quais serão aferidos pela medida de Deus para o dia quando marcharão vitoriosos sobre todas as forças do inferno.



Enoque caminhou com Deus TREZENTOS ANOS (Gênesis 5:22). Após, e não antes disso, ele atravessou o véu e introduziu-se na Presença do Deus Eterno, sem passar pelo caminho do sepulcro. Uma vitória poderosa sobre a morte, uma libertação gloriosa da escravidão que operava sobre os outros homens. Ele fez isto depois de caminhar com Deus durante trezentos anos. Um número de libertação sobrenatural.



Eis aqui mais exemplos. Em Marcos 14:3-6, nós encontramos a história de uma mulher que ungiu o corpo de Jesus pouco antes da morte dele. Ela que trouxe um vaso de alabastro cheio de bálsamo de nardo puro, de grande preço. De acordo com o verso 5, ele podia ser vendido por TREZENTOS DENÁRIOS. Mas ali, diante dela, estava o Corpo de Jesus, o Cristo, o vaso de libertação para um mundo inteiro de pecadores. Em poucos dias este corpo seria pendurado numa cruz para trazer libertação sobrenatural para “todo aquele que desejar”. E ela despejou todo o ungüento de 300 denários na cabeça dele. Parecia um ato de tolice, mas Jesus a elogiou por isto. Jesus disse: “Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou uma boa ação para comigo”. Não foi fácil para ela ministrar ao Corpo do Cristo na fé. E conquanto ela foi reprovada e rejeitada por seus contemporâneos, a história nunca a esqueceu. Assim é com todos os fieis profetas de Deus.







Tabernáculo no Deserto

Agora, numa última olhada nestes 300 de Deus, vamos até ao Tabernáculo. Veja que há TRÊS portões, portas, ou véus na construção do Tabernáculo. Cada um deles tem 100 côvados quadrados de material. O portão exterior é 5 x 20, enquanto o outro dois são de 10 x 10 cada um. Cinco é o número da Graça, e esta é a marca deste portão exterior. Atravessando este portão, chegamos ao Altar de bronze, onde recebemos a graça de Deus pela aspersão de sangue inocente. Dois é o número de testemunha, e atravessando o segundo véu, adentramos o reino do Espírito Santo, o qual nos é dado como uma testemunha. Atos 1:8 diz: “…e recebereis poder depois que o Espírito Santo vier sobre vós, e sereis minhas testemunhas…”. Isto nos coloca no lugar do Candelabro, a Igreja. E esta é a dimensão na qual estamos desde Pentecostes. As dimensões do santuário, o tribunal interno além do segundo véu, são: 20 côvados de comprimento, 10 côvados de largura e 10 côvados de altura. Isso é: 20 x 10 x 10, que é igual a 2.000. E 2.000 anos é a quantidade de tempo que nós permanecemos neste lugar. É tempo de mudar para além da TERCEIRA cortina ou véu. Além da terceira cortina, a medida é 10 x 10 x 10, que é igual a 1.000. Isto nos fala da era dourada à nossa frente. Note que o transcurso para além do último dos véus totaliza TREZENTOS côvados quadrados. Isto nos fala da grande e final libertação esperada pela criação com a manifestação daqueles Filhos que atravessaram o TERCEIRO véu e adentraram a plena Presença de Deus. Jesus, como um precursor, já fez este caminho e o revelou para nós.

TRÊS é o número da unificação perfeita. Ele representa aquilo que é sólido, real, significativo, completo e inteiro. Duas linhas retas não podem delimitar nada nem completar coisa alguma. Para isso, é preciso 3 medidas de comprimento, largura e altura para formar um sólido. Passado, presente, e futuro formam as 3 grandes divisões que completam o tempo. Três coisas completam a soma de capacidade humana: pensamento, palavra e ação. Israel tinha três banquetes anuais: Páscoa, Pentecostes, e Tabernáculos, para cumprir suas obrigações para com Deus. Há muitas mais escrituras que mostram o uso do número três na Bíblia, mas estas serão abordadas em outra oportunidade.



O passar pelos TRÊS véus para completar o número da libertação divina, 300, nos mostra a perfeição do plano de Deus para o seu povo, e a plenitude da libertação. Não basta atravessar o primeiro véu e receber a graça de Deus. É maravilhoso, e milhões experimentaram esta graça, mas Deus está chamando seu povo. Assim, atravessamos o segundo véu e recebemos o poder do Espírito Santo, os dons do Espírito, com aquela unção preciosa do alto. Mas desde que isto aconteceu, há quase 2.000 anos atrás, o mundo não tem sido libertado da escravidão da morte e do pecado. Doença, aflição e miséria são evidentes por todo lado. Até mesmo entre pessoas que tiveram esta segunda experiência e atravessaram o segundo véu. A Libertação completa destina-se às pessoas que cumprirem o programa de Deus atravessando o TERCEIRO véu, entrando assim num lugar onde eles podem completar os TREZENTOS de Deus, trazendo libertação para um mundo necessitado através do nosso Senhor Jesus Cristo, de acordo com Romanos 8:19-23. Isto é conhecido como a “Manifestação dos Filhos de Deus”. Esta é a libertação da qual se fala na arca de Noé quando Deus ordenou que ela tivesse 300 côvados de comprimento. Ele está agora mesmo dando os últimos retoques para finalizar seu Vaso de libertação, o seu corpo de Filhos. O trabalho está quase acabado. O Julgamento não virá até que a Arca de Deus esteja pronta. Está muito próximo. As nuvens escuras estão se juntando no horizonte, o trovão soa, e os raios riscam o céu. Seja parte dos grandes TREZENTOS de Deus nesta hora da batalha final contra o pecado!



Um das grandes razões para os cristãos perderem o trem do grande plano de Deus para o fim desta era é a sua submissão às suas denominações sectárias. O chamado é feito em alto e bom som: “SAI DELA, POVO MEU”, porque o sectarismo não tomará parte naquilo que Deus está fazendo na Arca deste dia de presente libertação, os seus “TREZENTOS”. Porque eles serão UM em Cristo Jesus. Os Irmãos estão encontrando seu lugar neste grande Corpo agora. Eles estão percebendo o horror da pobreza, e a importância do chamado, eles estão colocando de lado as coisas secundárias que os separam, e estão entrando juntos na unidade do Espírito. Verdadeiramente, esta é uma linda visão. Amado, não deixe que nada o impeça de se unir a esta grande companhia, agora que ela, no Espírito, chega a alturas nunca antes alcançadas pela raça Adâmica.







Trinta Côvados de Altura

Agora, analisemos a próxima dimensão da arca: a altura. “…e a altura dela TRINTA côvados” - Gênese 6:15. Nós vimos em I Reis 6:2, que o Templo de Salomão também tinha trinta côvados de altura: “Ora, a casa que o rei Salomão edificou ao Senhor era de sessenta côvados de comprimento, vinte côvados de largura, e trinta côvados de altura”.



Assim, nós vemos que o número trinta representa aquilo que é de estatura plena. Isto é muito significante na mensagem dos Filhos de Deus. Vejamos mais algumas escrituras com este número:



“Ora, José era da idade de trinta anos, quando se apresentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do Egito”. (Gênesis 41:46).



“Davi tinha trinta anos quando começou a reinar, e reinou quarenta anos”. (2 Samuel 5:4).



“Ora, Jesus, ao começar o seu ministério, tinha cerca de trinta anos; sendo (como se supunha) filho de José, que era filho de Eli;”

(Lucas 3:23).



Não há muito comentário a se fazer. É tão claro. José, Davi e Jesus todos tinha TRINTA anos de idade quando Deus pôs cada um deles no seu lugar respectivo de poder, de autoridade e de domínio. É o número da estatura perfeita. Por que esta é a altura da arca de Noé? Deus está nos mostrando que o seu vaso de libertação do fim dos tempos será uma Companhia de Filhos que chegaram “à medida da estatura da plenitude do Cristo” - (Efésios 4:13).



Enquanto você não alcançar a estatura plena, você não fará parte consciente deste grande Corpo. Você pode estar agora no Corpo. Pode ser parte da companhia de Filhos, conhecer uma certa medida da Unção Divina e ter uma revelação gloriosa dos propósitos dele. Mas até que o TERCEIRO piso da arca seja completado e se chegue à plenitude dos TRINTA côvados de altura; até que cada participante deste grande Corpo esteja em seu lugar determinado com sua tarefa terminada, a ação final não começará. Há um trabalho glorioso que agora está sendo acabado nos filhos. Não se aborreça se você não o vê, porque a maior parte do que está sendo feito é invisível. Deus está se movendo pelo seu Espírito, e Ele não está nem um minuto atrasado. Um trabalho está sendo feito em você, mesmo que você não o reconheça. Apenas glorifique a Deus e caminhe com Ele! Ele tem o propósito dele em você, e trará você para a plena estatura dele. A Palavra declara isto e eu acredito nela! Deixe outros implorarem pelo arrebatamento da sua Igreja fraca, fria, indiferente e imatura antes que o Anti-Cristo a destrua. Eu estou vendo uma Igreja Gloriosa, sem mancha e sem ruga, caminhando adiante com poder e autoridade na plena estatura do Cristo, pondo todo inimigo debaixo do seu pé, e levando todo o mundo a entender que há um Deus Vitorioso, no céu, o qual pode fazer aquilo que é impossível para os homens! Aleluia! Você pode acreditar nisto? É verdade!







O Número de Pentecostes

O palavra “pentecoste” vem do grego “pentekoste”, que significa: “cinqüenta ou qüinquagésimo”. Esta palavra é usada apenas três vezes na Bíblia, e em cada ocasião se refere à festa judia ou Festa de Pentecostes, conhecido no Velho Testamento como o “Festa das Semanas” - (Deuteronômio 16:16); “Festa da Colheita”, ou “das primícias” - (Levítico 23:17). Considerando-se que esta festa corresponde aos números da arca de Noé, vejamos a Escritura onde Deus instituiu isto… Levítico 23:15-17:



Contareis para vós, desde o dia depois do sábado, isto é, desde o dia em que houverdes trazido o molho da oferta de movimento, sete semanas inteiras; até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta

dias; então oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor. Das vossas habitações trareis, para oferta de movimento, dois pães de dois décimos de efa; serão de flor de farinha, e levedados se cozerão; são primícias ao Senhor.



Esta era a festa do “QÜINQUAGÉSIMO”. Sete sábados após a ressurreição de Jesus, no QÜINQUAGÉSIMO dia, o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja que esperava. Note que era uma “NOVA” oferta. Não era apenas uma recordação da Páscoa, ou uma continuação daquela festa. Isto era algo novo e separado da experiência de salvação ou de justificação. Veja que o pão era assado com fermento, o que significa imperfeição. Não era a colheita final, eram as “primícias”, e as primícias do Espírito não foram dadas para aperfeiçoar a Igreja. A Igreja tinha acabado de sair do cômodo superior, quando seus membros começaram a mostrar os efeitos do fermento. Membros mentiram ao Espírito Santo e caíram mortos, pregadores defenderam seus grandes argumentos e se separaram, e disputas doutrinais internas dividiram a Congregação Original. Mas em tudo isso, eles eram uma testemunha gloriosa de um Cristo ressuscitado para o mundo. Porque ele lhes foi dado por testemunha - Atos 1:8. Note que “os dois pães” eram de “dois décimos de efa”. Dois é número de testemunha. Esta é a segunda festa, a festa das primícias, a festa do testemunho. O aperfeiçoamento final da Igreja virá depois, com a terceira e última festa da “colheita”.







O Cinqüenta de Deus

Agora, o que tem tudo isso a ver com a arca de Noé? Bem, a arca tinha CINQÜENTA côvados de largura. Nós já vimos através do número 30 e do 300 que Deus terá uma companhia gloriosa de Filhos que chegaram à completa estatura e entraram na guerra para conseguir uma grande vitória para a libertação da humanidade. Agora nós vemos que eles são Ungidos pelo Espírito Santo. Porque o número cinqüenta vai além da festa de Pentecostes em si. Como veremos, ele nos fala da Unção. Primeiro, em Pentecostes, as primícias; depois, então, vem a abundância do Espírito sem medida, como mostrado por outras escrituras.



A história do derramamento Pentecostal e da apostasia é contada ao longo da Bíblia através de números. Deus tem o seu número, amigo. Primeiro vamos dar uma olhada na maravilhosa planta do Tabernáculo…

“Cinqüenta laçadas fizeram na orla de uma cortina, e cinqüenta laçadas na orla da outra, do segundo grupo; AS LAÇADAS ATAVAM UMA CORTINA À OUTRA. Também fizeram CINQÜENTA colchetes de ouro, e com estes colchetes uniram as cortinas uma com a outra; E O TABERNÁCULO TORNOU-SE UM TODO”.

Êxodo 36:12-13.



As cortinas do Tabernáculo tornaram-se uma grande parede porque elas foram unidas pelas CINQÜENTA laçadas e pelos CINQÜENTA colchetes de ouro. Amado, a coisa que une o Povo de Deus em UMA Congregação NÃO É a doutrina, a denominação, o nome da Igreja, o grande pregador ou o a arquitetura bonita do edifício… É a UNÇÃO! Quando o Espírito está fluindo, você vê o Povo de Deus tornando-se UM só corpo. Não importa que seja num edifício bonito da Igreja, numa sala de estar, num galpão, numa barraca, ou numa garagem... contanto que a UNÇÃO esteja lá, você encontrará pessoas que caminham em Deus na UNIDADE do espírito. A arca de Noé era UM vaso de cinqüenta côvados de largura.







O Lado Negativo de Cinqüenta

Muito mais poderia ser dito sobre o cinqüenta de Deus. Mas o espaço é tão limitado. Vamos ver o que o homem tem feito da preciosa Unção. Não há nada de errado com a unção, mas o homem a tem maculado terrivelmente. Vá até Josué 7:21. O pecado de Acã foi descoberto e ele está fazendo confissão agora… escute…



“…quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata debaixo da capa”.



Ali estava um membro da geração que, quando criança, tinha sido libertado do Egito e da sua idolatria, trazendo agora uma vestimenta da Babilônia para dentro do acampamento de Israel. Ele tinha posto os pés na terra prometida, foi integrante do Exército que conquistara Jericó e viu quando suas paredes ruíram. Mesmo assim ele não conseguiu ficar longe da Babilônia.



Note que a cunha era de Deus; divina. Cinqüenta ciclos de peso. Isso é uma figura representativa da Unção. Pentecostes. Mas o que ele fez com ela? Escondeu-a na terra, na barraca dele. E assim foi. O poder precioso de Pentecostes, a Unção divina do Espírito escondida, coberta, sufocada debaixo das manifestações carnais e ambições do homem natural. “Se você quer a Unção venha à MINHA barraca, junte-se à MINHA denominação ou comunidade. Suje suas mãos em MINHA terra, e você poderá ter a Unção divina”.



Bem, eu lhe digo o que eles fizeram com aquela bagunça. Eles levaram a turma toda até o vale de Acor (que significa “problema”) e enterrou tudo debaixo de uma pilha enorme de pedras (inclusive Acã, o companheiro que maculou o acampamento) bem como a todos que moravam na casa dele. Seus filhos e filhas, seu gado e suas ovelhas. Se você é um filho de Acã, ou uma ovelha na denominação dele, seria melhor você mudar de pasto rapidamente. Você acabará em Acor. A Unção preciosa é para nós, mas não para ser enterrada na terra do homem, sob o piso da sua barraca.

Amém.







A Auto-exaltação pelos Cinqüenta

Aqui temos uma história de dois dos filhos de Davi. Filhos do rei. Mas ambos morreram de morte violenta e vergonhosa. Ambos tiveram duas coisas em comum: eles se rebelaram contra o vontade do Rei, e tinham CINQÜENTA homens a correr diante deles como um símbolo da grandeza deles.



“Aconteceu depois disso que Absalão adquiriu para si um carro e cavalos, e cinqüenta homens que corressem adiante dele”.

(2 Samuel 15:1).



“Então Adonias, filho de Hagite, se exaltou e disse: Eu reinarei. E preparou para si carros e cavaleiros, e cinqüenta homens que corressem adiante dele”.

(1 Reis 1:5)



A história da rebelião e morte destes homens é muito longa para as relatarmos aqui. O que quero que você veja é que eles são uma figura representativa desses que se rebelam contra Deus, e que têm usado a Unção divina de Pentecostes para se auto-exaltarem e atraírem a atenção dos outros para a sua “grandeza” própria. “Vejam meus grandes dons do Espírito… olhem o meu ministério sobrenatural… apoiem este tremendo trabalho que está virando o mundo de cabeça para baixo!” (Tudo que eles realmente querem virar de cabeça para baixo são a sua bolsa ou a sua carteira.) Eles estão usando os dons preciosos de Deus, a Unção divina para se exaltarem. “Olhem a nossa grande denominação que construímos sob a doutrina Pentecostal de línguas. Vejam nossos edifícios bonitos, nossos milhares de pregadores, nossas muitas Escolas Bíblicas, nossa grande organização que foi originada pelo poder de Deus”. Será que é realmente o poder de Deus? Sim. Absalão realmente teve CINQÜENTA homens a correr diante dele, e isto representa o Pentecostes Verdadeiro. Mas Deus o julgou severamente pelo mau uso deles.







O Cinqüenta e o Ministério Profético

Há uma história em II Reis que é longa, mas é muito importante nos referirmos a ela. É a história do Profeta de Deus e da sua lida com o rei Acazias de Israel. Há algumas entrelinhas notáveis nesta história. Acazias, o rei, representa aqui as denominações e organizações Pentecostais que dominam o Povo de Deus. Mas fora da jurisdição do rei e da sua autoridade, está uma profeta de Deus, o qual representa aqui o ministério profético dos nossos dias.



Note que o capítulo 1 de II Reis (verso 2) relata que o rei caiu do andar superior e ficou doente. Ele não sabia ainda, mas sua doença o levaria à morte. Ele não ia melhorar. Sim, as organizações Pentecostais caíram do “quarto” superior para o “quarto” de baixo, e estão muito doentes. E você não vai reavivá-los. Assim diz o Senhor! Eles vão morrer. Eles sabem que estão doentes, e estão buscando os caminhos das religiões mundanas e suas ordens eclesiásticas para tentarem achar a resposta. Igualzinho ao procedimento de Acazias. Ele enviou mensageiros a Baal-Zebub, o deus de Ekron. Ekron significa “erradicação”, e se você ainda acha que isto não se aplica às organizações de hoje, deixe-me contar-lhe algumas histórias…



Mas os mensageiros de Acazias foram encontrados por Elias. Ele tinha a Palavra do Senhor para Acazias. E ela não era agradável, nem muito cortês. Mas era uma palavra verdadeira, era de Deus. Quando Acazias a ouviu, ele não gostou nem um pouquinho, assim ele enviou emissários para destruírem o Ministério Profético daquela época. Os sistemas denominacionais gostariam muito de destruir este ministério profético do fim dos tempos, mas eu tenho boas notícias para você: eles nunca conseguirão fazê-lo. Vamos ver o texto na Bíblia… II Reis 1:9-15



Então o rei lhe enviou um chefe de CINQÜENTA, com os seus CINQÜENTA. Este subiu para se encontrar com Elias que estava sentado no cume do monte, e disse-lhe: Ó homem de Deus, o rei diz: Desce!



Mas Elias respondeu ao chefe de CINQÜENTA, dizendo-lhe: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus CINQÜENTA. Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus CINQÜENTA.

Tornou o rei a enviar-lhe outro chefe de CINQÜENTA com os seus CINQÜENTA. Este lhe falou, dizendo: Ó homem de Deus, assim diz o rei: Desce depressa (a pressa é porque o tempo está se expirando).



Também a este respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus CINQÜENTA. Então o fogo de Deus desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus CINQÜENTA.



Ainda tornou o rei a enviar um TERCEIRO chefe de CINQÜENTA com os seus CINQÜENTA. E o TERCEIRO chefe de CINQÜENTA, subindo, veio e pôs-se de joelhos diante de Elias e suplicou-lhe, dizendo: Ó homem de Deus, peço-te que seja preciosa aos teus olhos a minha vida, e a vida destes CINQÜENTA teus servos. Eis que desceu fogo do céu, e consumiu aqueles DOIS primeiros chefes de CINQÜENTA, com os seus CINQÜENTA; agora, porém, seja preciosa aos teus olhos a minha vida.



Então, o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este; não tenhas medo dele. Levantou-se, pois, e desceu com ele ao rei.





A história contada por estes números daria para escrever um livro. O número CINQÜENTA aparece QUINZE vezes nesta história. Quinze são 3 x 5. Cinco é o número da graça, e três é o número da perfeição. Isto mostra a perfeição da graça de Deus para com os Pentecostais, embora eles tenham rejeitado o Seu ministério profético do fim dos tempos.



Veja que os primeiros dois capitães vieram a Elias com a ordem para ele descer do reino alto em que estava, com a autoridade de “Assim diz o rei”. Elias estava disposto a testar o que ele tinha. “Se eu realmente tenho a palavra do Senhor, então que Deus opere de modo soberano através do Seu porta-voz”. E Deus operou. E no céu Deus julgou as ações deste rei mau sobre o Povo de Deus, pois ele usava o poder da Unção (cinqüenta) para tentar subjugar o mover do Espírito naqueles dias. Contudo, Deus ainda não matou o rei, mas pôs um fim ao período de unção. Assim o rei perdeu seu primeiro cinqüenta. A Unção estava desaparecendo. Mas ele tentou novamente com os mesmos resultados. Mais Unção se esvaindo. Note que Elias não teve que acender uma fogueira. Ele não lutou com os cinqüenta. Ele deixou que Deus o fizesse. O julgamento não veio de Elias. Ele apenas proferiu a palavra. O julgamento veio de Deus, do céu!



Deus está Com Você

O terceiro capitão e os seus cinqüenta vieram. Mas ele não vem no nome do rei nem diz “assim diz o rei”. Ele diz: “Nós sabemos que o rei é mau, e que Deus está com você. Deus provou isso através do fogo. Nós sabemos que esses que se opuseram e rejeitaram o ministério profético pereceram. Nós queremos que você venha conosco, mas nós viemos humildemente pedir por este ministério, e você pode impor suas próprias condições”. E eu declaro a você que o dia é chegado e está ao alcance da mão, quando as pessoas que foram ungidas pelo Espírito Santo virão a Deus para a Revivificação. Mas eles não virão no nome de nenhuma organização ou denominação. Eles dirão: “Nós sabemos que por duas vezes nos afastamos de Deus por causa da nossa rebeldia e da nossa atitude para com o Seu verdadeiro ministério. Agora nós queremos este verdadeiro ministério de Deus, nós queremos este reino superior do Espírito, e o receberemos conforme as “condições” de Deus. E Deus virá até eles e lhes dará este ministério profético. E o rei morrerá. A Babilônia cairá. As filhas da Prostituta perecerão com a Mãe delas. Mas o Povo precioso de Deus e muitos dos seus ministros Ungidos “sairão dela” para caminhar com Deus num reino glorioso. Esta é a história dos CINQÜENTA.







Cinqüenta Filhos dos Profetas

No próximo capítulo deste livro, nós temos outra história do CINQÜENTA Pentecostal. Eliseu alcançará uma dimensão ainda mais alta, pois vai receber uma porção dobrada do ministério profético. Hoje nós vemos alguns pregadores vislumbrando a coisa. Eles estão percebendo que algo vai acontecer. Eles sabem que, de algum modo, vai haver uma “recuperação”, mas eles estão “de fora” do que está acontecendo. Eles ainda não vão entrar nesta coisa. Eles vão ficar com um pé atrás, só observando. Talvez esses dois bobos se afoguem na torrente furiosa do Jordão. Afinal, eles tinham advertido Elias várias vezes! Não era culpa deles se Elias se envolvera com alguma heresia selvagem ou “caiu num abismo” do Jordão. Assim, eles assistiam, mas eles não chegavam perto. Não o bastante para ouvir a palavra do Senhor falada pelo Profeta.



Agora, eu sei que estes representam os pregadores Pentecostais. Porque havia CINQÜENTA deles, o número de Pentecostes. Irmão, Deus tem seu número! Leiamos a história agora em II Reis 2:7, 16, 17…



E foram CINQÜENTA homens dentre os filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão.(Eliseu retorna sem Elias).

E disseram-lhe: Eis que entre os teus servos há CINQÜENTA homens valentes. Deixa-os ir em busca do teu senhor, pedimos-te; pode ser que o Espírito do Senhor o tenha arrebatado e lançado nalgum monte, ou nalgum vale. Ele, porém, disse: Não os envieis.



Mas insistiram com ele, até que se envergonhou; e disse-lhes: Enviai. E enviaram CINQÜENTA homens, que o buscaram por TRÊS dias, porém não o acharam.



Há uma história interessante aqui. Veja como eles quiseram reedificar o velho ministério, a velha ordem. Mas Eliseu lhes disse que esquecessem aquilo. O ministério velho tinha vindo de Deus, e tinha retornado para Deus, e eles não o teriam de volta. Uma Nova Ordem estava presente, um Novo Ministério com a mesma Unção, apenas mais intensa. Mas eles insistiram em que a velha ordem era melhor, e eles quiseram reavivá-la. Eles tinham homens fortes. CINQÜENTA deles. O melhor de Pentecostes. “Nós podemos reativar os velhos caminhos!” Esqueça. Acabou. Caminhe com o que Deus está fazendo hoje. Mas eles insistiram. Assim, eles enviaram os seus cinqüenta homens fortes, e eles procuraram por TRÊS dias. Isto fala da legitimidade dos seus esforços, e também do seu indiscutível fracasso em reativar o velho ministério para reavivar a velha ordem. Aleluia!



Para que você não pense que estou sendo sarcástico ou muito duro, deixe-me assegurá-lo de que estou sendo complacente e pedir clemência ao Senhor por trazer esta palavra através de mim. Porque Deus sente muitíssimo pelo que eles têm feito com sua Unção preciosa e como eles têm usado os mesmos dons do Espírito para enganar e espalhar suas queridas ovelhas. Eu estou aqui para lhe dizer que, quando Deus lidar com estas coisas através de um julgamento sério, ele não será complacente.







A Altura da Forca

Há outros cinqüenta na Bíblia, inclusive em Isaías 3:1-5, onde o profeta diz que Deus os despojará da unção por causa do pecado deles, e em Ageu 2:14-16, onde mostra as pessoas vindo até a Igreja à espera de receber aquela velha e preciosa Unção, porém recebiam apenas a metade da medida, por causa do pecado e da impureza.



Mas agora eu mencionarei apenas mais um cinqüenta negativo antes de lhe contar as boas novas que você jamais ouviu. Vá até o livro de Ester. Aqui vemos Ester vindo até ao trono, por causa do casamento. Também vemos Hamã, o Agagita, que tenta matar Mardoqueu e o seu povo. Ester é, claramente, um símbolo da Noiva do Ungido. Ninguém negaria isto. Mardoqueu é um símbolo representativo dos Filhos de Deus que eram instrumentos de preparação de Ester para o Trono, os quais temporariamente a sustentaram e protegeram de um grande perigo. Hamã representa a carne. Ele era um Agagita. Agague era rei dos Amalequitas. Amaleque sempre foi reconhecido na Bíblia como carne. Saul perdeu o reino quando poupou Agague. Deus tinha decretado guerra eterna contra Amaleque, e Ele não estará satisfeito até que toda a carne seja extirpada da Igreja. Nós não temos tempo para todo a história, mas nós vemos Hamã construindo uma forca para esperar Mardoqueu. Por quê? Porque Mardoqueu não se curvará a Hamã. Louvado seja Deus, há Filhos sendo levantados, os quais não se curvarão à carne! Eles não se submetem às demandas da carne! Eles não estão se submetendo às demandas do homem carnal. Assim Hamã constrói uma forca. Leia sobre isto em Est. 5:14 …



Então lhe disseram Zerés, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de CINQÜENTA côvados de altura, e pela manhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu: e então entra alegre com o rei para o banquete. E este conselho agradou a Hamã, que mandou fazer a forca.

Você sempre quis saber por que ele fez uma forca tão alta, não? Cinqüenta côvados — cerca de 23 metros — é tão alto quanto um edifício de sete andares. Você não precisa ir tão alto para enforcar um homem. Dez côvados seriam o bastante. Mas Deus está nos falando aqui de como a carne vai entrar em Pentecostes e tentar usar a Unção para destruir os Filhos de Deus. Qualquer que esteja se movendo na Congregação dos Filhos, neste momento, lhe dirá que a maior oposição a esta mensagem não vem das Igrejas tradicionais. Muitas das pessoas sectárias estão ouvindo a mensagem da Filiação pela primeira vez e a estão recebendo alegremente, porque eles não foram advertidos contra ela, nem suas mentes foram envenenadas. Mas em qualquer Igreja que está se movendo para um reino mais alto no Espírito através da filiação, você achará pessoas Pentecostais que se afastam das multidões. Porque eles foram tão doutrinados com advertências contra “falsas doutrinas”, “abismos profundos”, “novidades”, “amor livre”, “espíritos maus”, etc., até que eles fiquem mortos de medo e com dúvidas sobre se realmente o que chega até eles vem de Deus. Portanto, a forca era de CINQÜENTA côvados de altura. E Hamã realmente pretendia enforcar Mardoqueu. Mas Deus…



Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que a forca de CINQÜENTA côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o nela.



E assim foi feito. Hamã experimentou a forca que ele mesmo preparou. Agora, permita-me explicar o que Deus está dizendo. A carne pode estar agora tentando usar a Unção. E até mesmo os líderes do movimento Pentecostal admitirão que há hoje muita carne prevalecendo em Pentecostes. Mas vejo um dia que se aproxima quando um grande Reavivamento varrerá o meio Pentecostal, e a Unção se tornará tão forte, e se colocará em mãos certas através de canais adequados, que a carne experimentará a própria forca construída para os Filhos. Glória a Deus! Como foi nos dias de Elias, o Povo de Deus vai ver que seus líderes os colocaram sob a escravidão da uma determinada organização, a qual não os levou ao crescimento no Espírito nem os introduziu numa maior compreensão das coisas de Deus. Em vez disso, BATEU A PORTA na cara de um movimento vanguardista do Espírito e da revelação progressiva da preciosa Palavra de Deus! E eles, aos milhares, “Sairão dela” para se moverem na maior Revivificação que este mundo jamais viu! Aleluia! Glória ao grande Nome de Deus!



O Ano do Jubileu

Assim, nós chegamos ao último CINQÜENTA… E que quadro glorioso ele retrata! Vamos até ao livro de Levítico, capítulo 25. Seria bom se você lesse o capítulo inteiro, mas eu quero citar aqui os versos de 8-11.



Também contarás sete sábados de anos, sete vezes, sete anos; de maneira que os dias dos sete sábados de anos serão quarenta e nove anos.



Então, no décimo dia do sétimo mês, farás soar fortemente a trombeta; NO DIA DA EXPIAÇÃO, fareis soar a trombeta por toda a vossa terra.



E santificareis o ano QÜINQUAGÉSIMO, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus habitantes; ano de jubileu será para vós; pois tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família.



Esse ano QÜINQUAGÉSIMO será para vós jubileu; não semeareis, nem segareis o que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das vides não tratadas.



Isto não é igual à Festa de Pentecostes. Isto acontecia no qüinquagésimo dia depois do agitar dos feixes. Isto se dá no qüinquagésimo ANO. E não acontecia no terceiro mês, o mês de Pentecostes, mas devia começar no sétimo mês, no dia da expiação, NO FIM DO ANO! Isto é algo que o Apóstolo Pedro diz que está reservado para os “últimos tempos”.



Deus tem Dias, Semanas, Meses, e Anos especiais. Os números SETE e CINQÜENTA são proeminentes em demonstrar isto.



1. Dias: Homem trabalha seis dias e, no sétimo dia, ele descansa. Um dia de descanso.



2. Semanas: São sete semanas completas após a Páscoa e o agitar dos feixes (um símbolo da ressurreição de Jesus). Então, no QÜINQUAGÉSIMO dia, há uma festa, um símbolo do Batismo no Espírito Santo, as “primícias do Espírito”. Isto também é conhecido como o “penhor da nossa herança”.



3. Meses: O sétimo mês era a Festa de Tabernáculos. Simbolizando a entrada no descanso de Deus. Isto se dava no fim do ano civil. Um mês de descanso.



4. Anos: Cada sétimo ano (Levítico 25:4) devia ser um período de descanso para a terra. Eles deviam deixar a terra descansar e não semear, nem podar, nem colher. Era um ano de descanso para a terra.



5. Anos Sabáticos: Depois de sete vezes, sete anos, num total de 49 anos completos, devia haver um ano de Jubileu. Não só deveria haver o descanso da terra (pelo segundo ano seguido neste caso), mas todas as dívidas poderiam ser perdoadas, todos os escravos poderiam ser libertados, todas as prisões abertas, e a possessão legítima devolvida ao dono. Isto só acontecia uma vez em cada geração, e era a plenitude daquilo que a festa anual de Pentecostes apenas prometia.



Agora, no caso de você ainda não estar se exultando, deixe-me dar-lhe um pouco mais… No dia da Expiação, o dia que eles iam além do véu adentrando o Santíssimo Lugar, eles deviam soprar a trombeta e proclamar a liberdade para TODOS os habitantes da terra. Sabendo ou não se alguém tinha ido além do véu, todos estavam livres! Isto deveria ser declarado. O que eles tivessem perdido ou deles tivesse sido tirado, devia ser devolvido a eles. Toda porta de prisão seria aberta, e as cadeias removidas de todo escravo, e todo homem devia retornar à sua família e achar o lugar ou reino onde nasceu. Meu irmão, Deus escreveu tudo isso no Livro dele, não é imaginação minha.



Eu espero que você esteja vendo o que eu vejo nisto. Eu vejo o grande ano do Jubileu, quando atravessaremos o véu e adentraremos na Presença da plenitude de Deus, para sermos enchidos desta abundância para irmos adiante e proclamarmos a liberdade para toda a criação. Romanos 8 chama isto de “Manifestação dos Filhos de Deus”, e diz que a criação inteira está gemendo e chorando por este dia. Isto vai além de qualquer coisa antes retratada em outro lugar pelos cinqüenta de Deus. Esta é a última Unção! Esta é a plenitude do Espírito! Este é o Espírito sem medida do qual Jesus falou em João 3:34, reservado até o fim dos tempos para seus Irmãos!







Devolva a Todo Homem a sua Possessão





Que promessa gloriosa! Tudo aquilo que foi perdido com a queda de Adão será restabelecido! E ainda mais, porque a glória da Última Casa será maior que o anterior. A Casa de Deus, que Ele está construindo para si através do Espírito, será maior que qualquer coisa colocada no Jardim do Éden. Esta é a promessa dele para nós. Deixa eu ler sobre esta promessa no Novo Testamento Ampliado: II Cor. 1:21-22



“Mas é Deus que nos confirma, nos torna seguros e nos estabelece em perfeita comunhão no Cristo, que nos consagrou e nos ungiu, e também nos dotou com os dons do Espírito Santo. Ele também nos destinou e nos reconheceu como Seus, pôs o seu selo em nós e nos deu seu Espírito Santo em nossos corações como PENHOR e GARANTIA da realização da sua promessa”.



E em Efésios 1:13, o Novo Testamento Ampliado diz que nós fomos “marcados com o selo do Espírito Santo” prometido. O verso 14 diz:



“Aquele Espírito é a GARANTIA da nossa HERANÇA, as PRIMÍCIAS, o penhor e antegozo, o sinal da NOSSA HERANÇA, em antecipação da sua PLENA redenção e da nossa POSSESSÃO COMPLETA dela, para o louvor da sua glória”.



Aquilo que a Igreja Primitiva teve, o qual eu receio que muitos dos chamados “Pentecostais” dos nossos dias não têm, é chamado em Efésios 1:14 de “ o PENHOR da nossa herança ATÉ a redenção da POSSESSÃO de Deus, para o louvor da sua glória”. Agora, quando é que esta possessão vai ser redimida e dada ao povo de Deus? A Bíblia diz que será no “ano do Jubileu”. Todo homem retornará à sua POSSESSÃO. No N T Ampliado, nós vemos o Apóstolo Pedro dizer:



“Nascido novamente em uma herança, a qual não está sujeita a mudanças e à decadência, imaculada e que não se deteriora, reservada no céu para vocês, que estão sendo PLENAMENTE garantidos pelo poder de Deus através da sua fé, até que vocês alcancem PLENAMENTE a salvação FINAL que está pronta para lhes ser revelada NOS ÚLTIMOS TEMPOS.”



Quer meus irmãos Pentecostais acreditem nisto ou não, toda vez que eles falam em línguas ou manifestam qualquer dom do Espírito, eles estão me dando mais uma garantia de que nós temos como herança a plenitude da nossa possessão. Porque o Espírito Santo que nós recebemos é a “garantia” dessa abundância gloriosa. Agora, se você se recusa tomar posse da HERANÇA, por que então você se agarra à garantia, ao antegozo, ao penhor ou primícias dessa herança? Pare de esperar por um “arrebatamento” que venha tirá-lo deste mundo e resolver todos seus problemas. Ponha sua esperança onde ela deve estar… na manifestação do Senhor para “conduzir à salvação PLENA aqueles que tão constantemente, avidamente e pacientemente esperam por ela (Hebreu 9:28). Sim, a salvação plena, a plenitude do Espírito de Deus, a própria plenitude de Deus está se revelando no vaso que Ele escolheu para sua habitação, a sua CASA!



Lembre-se, a arca de Noé tinha CINQÜENTA côvados de largura. Eu gostaria que você conhecesse “a extensão, a largura, a profundidade e a altura dela”. Este último CINQÜENTA fala da abundância da unção que se revela neste vaso de libertação Divina nestes últimos dias. Louvado seja Deus! Isto, meu irmão, não é só mais uma doutrina a ser espalhada e discutida por aí. Não é apenas uma “coisa nova” à qual você pode aderir ou rejeitar. Isto é a verdade eterna de Deus que cada um de vocês leva consigo quando leva a Palavra de Deus à Igreja. Aceite estas verdades ou então deixe de andar com a Bíblia debaixo do braço, como se fosse um crente piedoso. Ou você confessa que a Palavra de Deus é verdade e que Ele fará o que diz que vai fazer, ou então seja honrado o bastante para fazer o que alguns outros hereges estão fazendo: jogue o livro fora.



Isso pode soar duro, mas amado, é tempo de SIÃO ACORDAR! Desperte e perceba o grande chamado que Ele nos fez. Um livro inteiro poderia ser escrito sobre este Ano do Jubileu, e eu gostaria de ser seu escritor! Porém, eu preciso encerrar agora porque tenho que passar esta mensagem adiante. As dimensões da arca de Noé estão registradas na Palavra eterna de Deus, e ninguém pode mudá-las ou excluí-las. E não é provável que alguém venha a encontrar na Bíblia um significado diferente desses que nós apresentamos aqui.







Capítulo Cinco



Jônatas e Zadoque



Aqui temos uma das mais estranhas e tristes histórias da Bíblia. A história de um homem jovem e bom que viu a chegada de uma nova ordem, que profetizou o Reino por vir, que conheceu e amou afetuosamente o Rei, porém perdeu simplesmente a chance de estar naquele Reino glorioso porque nunca lhe ocorreu que devia sair da velha ordem!



Com esta história, vem uma advertência solene àqueles que estão vendo a chegada de uma nova ordem para a Igreja, que sabem o que é sentir a Unção deste novo Mover do Espírito, que têm todo direito de fazer parte deste Novo Reino glorioso, porém estão simplesmente correndo um grande risco de perder a ascensão ao Trono porque, como Jônatas, eles não se separam da velha ordem e não ouvem ou não aceitam a ordem que diz: “sai dela, povo meu!”. Eles continuam se agarrando nas extremidades daquilo que Deus está fazendo nestes últimos dias. Estão contentes em manter contato com as pessoas ungidas no deserto, mas não suportam a repreensão de quem os identifica como um daqueles da “turma dos desvalidos” em Adulão. Agora, prossiga lendo, se você ousar.







Mais Rápido que a Águia

Jônatas foi um dos melhores e mais admiráveis homens jovens na Bíblia. São registrados muitos atributos maravilhosos dele, e nem um pecado se atribuiu a ele. Ele era um homem de fé, coragem, visão, desinteresse, e profunda espiritualidade. Ele era o filho de um Rei, o próximo na linha de sucessão para o trono do seu pai. Mas ele colocou tudo isso de lado por amor a Davi, o ungido de Deus, porque ele viu que era a vontade de Deus que Davi viesse a ser o próximo Rei.



A primeira referência a Jônatas está no 13º capítulo de I Samuel. Ele está em Gibeá à frente de mil homens do exército do seu pai Saul. Aqui ele se recusou a assumir compromisso ou coexistir com os diabólicos Filisteus, mas destruiu uma guarnição deles, e assim precipitou uma crise em Israel. A coragem dele não conheceu limite. A Bíblia diz que ele era “mais rápido que a águia, mais forte que o leão”, mas seu exército não era assim. Eles tinham poucas armas, e costumavam ser pisoteados pelos Filisteus e, costumeiramente, fugiam para as pedras e cavernas. Jônatas habitou no meio de pessoas medrosas e vacilantes, mas ele era tão corajoso quanto um leão, porque confiava no Deus vivente.







Com Muitos ou com Poucos

Quando chegamos ao 14º capítulo de I Samuel, nós vemos que Jônatas inicia uma grande vitória sobre os Filisteus, com ajuda do Deus do céu. Ele partiu só, apenas com o jovem que carregava sua armadura, e sozinho atacou uma guarnição inteira dos Filisteus. Ele teve que rastejar por uma montanha até chegar a eles. Mas quando chegou, ele causou tamanho impacto que todo o exército Filisteu entrou em total confusão, e seus soldados começaram a atacar uns aos outros. Deus agiu através de um terremoto e um grande tremor, e houve uma grande vitória naquele dia.



Jônatas foi um dos que souberam o que era comer do mel fresco e ter os olhos iluminados e a alma fortalecida. Como consequência, ele também soube o que era enfrentar a ira de Saul, o qual representa um rei de homens governando o Povo de Deus. Mas, mesmo vendo a injustiça deste sistema, ele continua participando dele.







E Ele se despojou

Depois que o Jovem Davi veio naquele dia memorável e matou Golias, nós vemos que Davi e Jônatas se tornaram amigos muito íntimos. De fato, está escrito:



Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo sua espada, seu arco e seu cinto.



O amor entre estes dois jovens valentes, o filho de pastor e o príncipe, era a coisa mais brilhante em Israel naquele momento de trevas da história. Jônatas tinha encontrado alguém que não correu dos Filisteus, alguém cuja coragem assemelhava-se à sua. Ele sentia a Unção divina que estava em Davi. Porque Samuel o tinha Ungido com o chifre de óleo, para ser o rei de Israel no lugar de Saul. E Jônatas veio a saber que Davi era quem ia se sentar no trono, não ele. Porque se ele ascendesse ao trono do seu pai Saul, ele poderia continuar a ordem que seu pai defendia, e ele sabia que ela não era de Deus. Mas havia uma nova ordem, uma nova Unção, um novo Reino que Israel nunca tinha experimentado antes. E Deus o tinha ordenado. Assim Jônatas se despojou dos seus magníficos artigos de vestuário e os deu a Davi. Tudo isto aconteceu enquanto Davi estava na casa de Saul, sob o governo de Saul.







Davi no Deserto

De repente, uma grande repreensão cai sobre Davi. Não era resultante de nada de mal que ele pudesse ter feito. Nenhum pecado lhe podia ser imputado. Mas Saul fica, repentinamente, com ciúmes da unção que está em Davi, e tenta destruir aquela Unção. Então, Davi foge para viver sua vida no deserto. Jônatas não vai junto. Ele fica na casa de Saul. Ele ainda ama Davi. Ele sabe que Davi tem Unção e a verdadeira mensagem de Deus, mas ele não está pronto para deixar a casa de Saul, nem para quebrar todas as ligações familiares e suportar a repreensão que Davi está suportando.



Quantos se acham representados aqui! Eles amam a Unção e a verdadeira mensagem do Reino, e estão dispostos a fazer qualquer sacrifício, orar, jejuar, caminhar e doar… só para ter a Unção; menos deixar a velha ordem. Quando chega a hora, eles dizem não ver a necessidade de se fazer isto. Não é coragem que está faltando. Eles têm coragem e um grande amor para Deus. Como Jônatas, eles estão cheio de muitas e boas qualidades, mas não podem ouvir a trombeta dizendo “Sai dela, povo meu”. Eles mal podem entender por que os “Davis” têm que passar seu tempo no “deserto” com aquela pequena turma de descontentes, quando eles poderiam estar fazendo mais: pregando para grandes multidões, ganhando mais almas para Jesus, e se assentando à mesa de Saul. Eles simplesmente não podem ver uma razão para a separação. Se Davi tivesse seguido em frente com a aprovação do sistema e tivesse feito alguma proeza desesperada contra um inimigo poderoso, então Jônatas não teria vacilado nem um minuto.



Mas o que Davi está fazendo? Nada. Apenas se instalou lá fora, numa caverna localizada em algum lugar, ou se escondeu nos bosques com sua pequena turma de quatrocentos homens. Agora, pensando bem, quatrocentos pode parecer uma grande Igreja para alguns destes pregadores “Movidos por Deus” que mal podem se lembrar quando tiveram mais de cinqüenta para os quais pregar. Mas comparando com as centenas de milhares que Saul podia ajuntar apenas soprando uma trombeta, era uma multidão minúscula.



Depois Davi, retirando-se desse lugar, escapou para a caverna de Adulão. Quando os seus irmãos e toda a casa de seu pai souberam disso, desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os que se achavam em aperto, todos os endividados, e todos os amargurados de espírito; e ele se fez chefe deles; havia com ele cerca de quatrocentos homens.

(1 Samuel 22:1-2)





Onde Jônatas está? Nos fundos da casa de Saul, provavelmente sentado em algum lugar e desejando saber o que está acontecendo com o Ungido de Deus nesta noite, talvez imaginando que ele poderia estar lá ouvindo Davi cantar alguns dos salmos que Deus lhe inspira através do Espírito. Ele assiste aos banquetes de Saul, mas eles são coisas mortas, secas, cheio de reuniões de negócios, reuniões de comitê, programas, farsas promocionais, manobras políticas, muita discussão e espíritos maus pairando ao redor. Mesmo assim, ele ainda não parece querer se apartar. Talvez você pense que ele pode fazer mais por Davi ficando no palácio de Saul. Amigos, acreditem, Deus cuidará de Davi. Mas ele precisa de Jônatas lá fora no deserto com ele. Ele está treinando um exército, formando os líderes e heróis do futuro. E Jônatas precisa desesperadamente estar naquele Exército. E há um lugar para ele, mas ele não consegue deixar a velha ordem, quebrar as ligações familiares e suportar a reprovação dos seus irmãos.



Jônatas sabe que Davi tem razão, e que a nova ordem, eventualmente, tomará lugar. E, quando for necessário, ele diz sim. Saul quer que Jônatas mate Davi, mas em I Samuel, capítulos 19 e 20, nós vemos Jônatas se opondo ao seu pai e recusando levantar sua mão contra este novo mover do Espírito. Isto enfurece Saul de tal forma que ele se levanta contra Jônatas e o ameaça com uma lança:



Então a ira de Saul se acendeu contra Jônatas, e ele lhe disse: Filho de perversa rebeldia! Não sei eu que tens se associado ao filho de Jessé para tua própria confusão, e para a confusão e vergonha de tua mãe?

(1 Samuel 20:30 – Versão de Rotherham)



Saul prossegue e diz a Jônatas que, enquanto esta nova ordem viver, Jônatas nunca poderá assumir a velha ordem para estabelecê-la. Mas Jônatas se recusa a opor-se a Davi, e Saul joga uma lança contra ele. Apesar disso, ele ainda não deixará Saul. Jônatas sabe que há um espírito mau que aborrece a casa do seu pai, e que não há nenhuma vitória no campo de batalha, mas há fortes amarras naturais que o seguram.







Eu Estarei perto de Você

Talvez você pense que Jônatas não está ciente do que vai acontecer ao reino de Saul. Preste atenção nele quando se retira secretamente e visita Davi nos bosques:



E Davi ficou no deserto, em lugares seguros, permanecendo na região montanhosa no deserto de Zife. Saul o procurava todos os dias, porém Deus não o entregou na mão dele. Vendo, pois, Davi que Saul saíra à busca da sua vida, ele ficou no deserto de Zife, em Hores. Então se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi ter com Davi em Hores, e o confortou em Deus; e disse--lhe: Não temas; porque a mão de Saul, meu pai, não te achará; PORÉM TU REINARÁS SOBRE ISRAEL, E EU ESTAREI CONTIGO, PRÓXIMO A TI; o que também Saul, meu pai, bem sabe. E ambos fizeram uma aliança perante o Senhor; Davi ficou em Hores, e Jônatas, voltou para sua casa.



Davi só tinha alguns poucos com ele, e estavam no deserto. Mas as bênçãos de Deus estavam fluindo lá em Zife. Que tragédia refletem aquelas últimas palavras. Jônatas tem todas as boas intenções. Ele tem uma visão verdadeira. Ele tem uma tremenda revelação do Reino por vir, provavelmente mais esclarecido que a maioria dos homens que seguem Davi. Muitos dos homens estavam no deserto com Davi porque eles não tinham nenhum outro lugar para ir, eles estavam descontentes com o antigo sistema. Alguns estavam lá porque não queriam ir para a prisão por não pagarem suas dívidas, outros porque admiravam o ministério dele e o modo como ele tinha matado Golias. Alguns talvez nem tivessem percebido a visão e a mensagem da nova ordem do Reino. Mas nenhum tinha uma percepção tão clara quanto Jônatas. Ele tinha a revelação. Ela amava a Unção. Mas todo o processo de preparação que acontecia no deserto, ele estava perdendo! Por quê? Porque ele não conseguia sair do meio da Velha Ordem. E quando o Reino novo se instalou e Davi assentou-se no trono, Jônatas não estava lá do lado dele como tinha prometido. Por quê? Porque no dia em que Saul tombou na batalha, Jônatas ainda estava com ele, e também sucumbiu sob a espada dos Filisteus.



Houve um tempo quando Jônatas podia pôr um exército inteiro de Filisteus para correr. Mas isso acontecia porque Deus estava com ele. Escutem, meus amigos, o que funcionou ontem pode não funcionar hoje, porque a ordem está mudando, e Deus está operando as mudanças. Ou você acompanha as mudanças, ou se verá privado da coisa mais maravilhosa que o homem jamais viu. Babilônia vai cair, e se você não sair dela, você cairá junto com ela, por “compartilhar dos pecados dela, e receber suas pestilências”.



Há hoje um pequeno Exército no deserto. Pequeno, insignificante, desprezado, injuriado, mas ungido de Deus. Eles parecem não estar fazendo muito coisa, mas não estão inativos. Eles estão em treinamento. Guerreiros poderosos estão sendo levantados, homens que avançarão no poder da Nova Ordem do Reino, fazendo aquilo que Saul e todos os seus exércitos não puderam fazer. Saul começou o reinado dele com uma batalha contra os Filisteus e, durante algum tempo, parecia que ele se daria bem e colheria muitas vitórias contra o inimigo. Mas, após 40 anos no trono, os Filisteus ainda estavam ao seu redor e, de fato, no fim, eles superaram Saul e penduraram o corpo dele nos átrios do falso deus deles. O corpo de Jônatas também foi pendurado lá, uma forma de repreensão para o homem que, de longe, viu a glória, mas nunca recebeu a herança.



E os filisteus lançaram grande ataque contra Saul e seus filhos, e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul.

(1 Samuel 31:2)







Talvez Saul Mude

Por que Jônatas ficou com Saul? Ele sempre teve a esperança de que talvez Saul pudesse rever sua decisão, que aceitasse Davi e o trouxesse de volta. De fato, no capítulo 19, nós vemos Jônatas falando com Davi sobre isto. E pareceu que isto aconteceria. Jônatas convenceu Saul de que Davi era um bom homem para se ter por perto, e Saul cedeu.



E Saul deu ouvidos à voz de Jônatas, e jurou: Como vive o Senhor, Davi não morrerá. Jônatas, pois, chamou Davi, contou-lhe todas estas palavras, e o levou a Saul; e Davi o assistia COMO ANTES O FAZIA.

(1 Samuel 19:6-7)



Amigos, isto não funciona. Vejam que, em três versos adiante, nós encontramos Saul de novo se esforçando desesperadamente para matar Davi. De vez em quando, algum tipo de reavivamento acontece numa Igreja da organização de Saul. Deus opera. O mover da Unção traz novamente sinais e maravilhas, e Saul parece muito satisfeito com isso. “Você vê? Tudo vai ser como era antes, há 40 anos atrás”. É assim mesmo? Espere só um pouquinho até que o antigo espírito da Babilônia comece a agir novamente, eles começam a bajular algum político “bonzinho”, e veremos Saul tentando pendurar Davi na parede da sua casa com uma lança. Sim, ele quer muito Davi, mas ele o quer morto, pendurado na parede da casa dele. Sim, eles o querem ungir, com a condição de que eles o tenham completamente sob seu controle, que ele assuma o nome deles e que o tenham fixado na parede deles. Se Deus permitisse, eles teriam a Unção. Mas ela estaria morta. Não seria aquele poder vivente de Deus. Não por muito tempo. Mas Deus retira Davi para fora da casa de Saul para o bem. Algum pregadores que tiveram um toque de Revivificação e depois voltaram a uma organização me falaram: “Mas Irmão Bill, eles nos dão muita liberdade. Eles nos deixam até impor as mãos sobre as pessoas e profetizar sobre elas, e não reclamam de nada”. Sim, em meu coração, eu gostaria muito de vê-los aceitar plenamente o Mover de Deus em todas as organizações. Mas eu sei que não é o meu desejo que vale; o que conta é a Palavra do Senhor, e pela Palavra eu lhes digo que ISTO NUNCA ACONTECERÁ! O espírito que está em Saul nunca permitirá o operar da UNÇÃO por muito tempo. Escreva isto, e espere para ver!







Davi Chega ao Reino

No livro de 2 de Samuel, nós vemos que Davi assume o Reino. Saul está morto. E nos capítulos 5, 6, e 7, nós vemos Davi ascender ao trono, derrotar os Filisteus, devolver a Arca de Deus para o Tabernáculo onde pertencia, e fazer planos para construir um Templo permanente para Deus. A glória chegou para Israel. “O Rei assentou-se na sua casa, e o Senhor concedeu-lhe descanso afastando todos os seus inimigos” - 2 Samuel 7:1.







Onde está o nosso Jônatas?





No capítulo 8, nós encontramos uma lista dos que estão governando com Davi. Jônatas não está entre eles. Se alguém tinha que estar fora, porque tinha que ser este homem? Ele entreteve um intenso desejo de ver este dia chegar. Ele desejava ver Davi no trono para que ele pudesse estar ao lado dele ajudando-o a governar. Mas ele não estava lá. Veja II Samuel 8:15-18.



E Davi reinou sobre todo o Israel, e administrava para todo o seu povo com justiça e eqüidade. Joabe, filho de Zeruia, comandava o exército; Jeosafá, filho de Ailude, era cronista; Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes; Seraías era escrivão; Benaías, filho de Jeoiada, tinha o cargo dos quereteus e peleteus; e os filhos de Davi eram ministros de estado.



Houve apenas uma grande omissão. Entre os da lista que auxiliam Davi no governo de Israel, o nome de Jônatas estava faltando. Este era um dos jovens mais talentosos de Israel, um dos melhores na Bíblia. Por que Deus não o colocou próximo a Davi, sentado à sua direita? Amigos, por favor, ouçam isto: Deus não vai permitir que alguma coisa pertencente à velha Ordem da Babilônia venha a fazer parte no governo do Reino que ele está estabelecendo. É por isso que Ele está chamando: “Sai dela, Povo Meu!”



Você pode ver que TODO o Israel estava desfrutando das bênçãos deste novo reino, até mesmo os que tinham servido a Saul. De fato, Davi reserva um lugar especial à sua própria mesa para o neto de Saul. Mas ele não governa o Reino com Davi. O Governo é para aqueles que sofreram com ele em Adulão e no deserto. É triste dizer, mas Jônatas não escolheu sofrer com ele no deserto. Por isso, ele não se senta agora no trono com ele. Isto entristece grandemente Davi. Ele lamenta muito por Jônatas, porque ele o amava sinceramente. Mas a vontade de Deus deve ser feita.



Eu sei que a maioria de vocês que lêem este texto, provavelmente, já saíram da velha ordem dos sistemas eclesiásticos do homem, e está se movendo com o Cristo no deserto. Mas esta mensagem destina-se, principalmente, aos que têm uma revelação profunda do Reino; que sabem que Deus está se movendo no Seu Espírito; que percebem que uma nova ordem deve ser estabelecida logo, e que sabem que temos que entrar numa dimensão superior no Espírito para derrotar nossos inimigos “Filisteus”. Porém, eles não conseguiram ver por que teriam que deixar a casa de Saul. Meu coração se entristece por eles, porque eu sei que eles estão em tormento. Eles permanecem ao redor do Reavivamento, perto o bastante para saberem onde achar a Unção, e assim se mantêm em contato com a Mensagem. Alguns dizem que eles podem fazer muito mais permanecendo na sua denominação, encorajando outros a serem mais espirituais. Muito bem, você os encorajará a permanecerem presos às cadeias da denominação, da mesma forma que você está e, eventualmente, não só você, mas todos os filhos de Saul são mortos pelos Filisteus. Saia para fora! Venha para o deserto com Davi e veja a quantos você encorajará a saírem com Deus! Eu gostaria de saber quão rápido o exército de Davi teria crescido se Jônatas tivesse se unido a ele na caverna! Bem, Deus não precisava de Jônatas. Mas Jônatas precisava de Deus e de Davi.





Zadoque, o Fiel





Na lista dos regentes de Davi, em 2 Samuel 8:17, nós encontramos o nome de um Sacerdote jovem, um descendente de Arão. Ele enfrentou a condenação de ser um herege e um traidor, por deixar Saul e se unir ao bando de Davi. E ele se deu bem porque, em 1 Samuel 22, nós vemos Saul ordenando a Doegue o sacrifício dos 85 Sacerdotes do Senhor que tinham permanecido com Saul, juntamente com Nobe, a cidade dos Sacerdotes. Mas Zadoque tinha virado as costas para a velha ordem e para a apostasia de Israel e seu rei, e escolheu ser fiel ao verdadeiro mover do Espírito de Deus. Assim, ele abriu mão da sua posição por este Novo Movimento, largou tudo do bom e do melhor da velha ordem; deixou esposa, filho e propriedades, e agora ajuda Davi a reger o Reino.



Em 2 Samuel 8:17, é a primeira vez que encontramos referência a Zadoque na Bíblia, mas não a última. I Crônicas, capítulo 6, relata que ele é da tribo de Levi, e um descendente direto de Arão (o irmão de Moisés) e de Eleazar, o Sacerdote. Ele tem uma grande herança, mas mais que isto, ele deixa uma herança maior ainda para seus filhos desfrutarem.











A Rebelião de Absalão

Quando Davi assume o trono, Zadoque e Abiatar são qualificados no Reino como Sacerdotes de Deus. Depois de muitos anos, houve uma subversão no governo. Absalão, o popular filho de Davi, levantou-se para usurpar o trono do seu pai. As coisas se tornam tenebrosas para Davi. O povo apoia Absalão. O grande guerreiro Amasa, comandante dos exércitos, está com Absalão. Mas Zadoque e Abiatar não precisam ter medo. Eles estarão sãos e salvos sob o novo regime, pois que estavam com Davi. Não há nenhuma necessidade de eles deixarem a segurança da cidade e voltarem novamente para o deserto. Eles eram “sócios de carteirinha” do reavivamento anterior, e já muito velhos para abandonarem seu presente ministério e começarem tudo de novo.



Mas não foi assim. Estes dois fiéis Sacerdotes deixam tudo e partem em fuga com Davi. Eles reconhecem onde a Unção de Deus está. Eles querem aquela Unção, não importa se do ponto de vista natural, ela pareça estar no fim. Então, em 2 Samuel 15:24-29, nós encontramos a história destes dois Sacerdotes seguindo Davi para fora da Cidade, carregando a Arca da Aliança.







A Espera Fielmente pelo Reavivamento

Mas Davi os interrompe. Ele recorda a Zadoque que ele é um Vidente, e Davi lhe diz que ele esperará no deserto até que a Palavra do Senhor possa, através de Zadoque, garantir-lhe o retorno ao Reino. Mas ele ordena aos Sacerdotes que levem a Arca de volta para a cidade, e sirvam como espiões para ele. Uma emocionante história de espionagem é contada nos capítulos seguintes, quando o filho de Zadoque se esconde num poço, e uma mulher se assenta em cima a moer milho, enquanto os soldados de Absalão procuram por ele. Davi diz a Zadoque que se Deus está com ele, ele tornará novamente para o trono, mas se não, quanto mais cedo ele morrer, melhor. Amado, eu digo a você que se Deus está presente neste último Reavivamento, conhecido como um Novo Mover, Manifestação dos Filhos, Chuva Serôdia, e outros nomes (nenhum deles o identificando plenamente), então Ele o levará ao Trono apesar da oposição. E ninguém, nenhum sistema humano, poderá destruí-lo. Portanto, se eles puderem destruí-lo, então Deus não está nisto. E se Deus não está nisto, então eu digo que quanto mais rapidamente eles o destruírem, melhor será para todos nós. Aleluia! Nós não temos que perder para ganhar!



Dessa forma, Zadoque e Abiatar voltaram com a Arca para a cidade e serviram a Davi no meio dos seus inimigos. Duas vezes este homem se mostrou fiel para com o Ungido de Deus, pondo em risco a sua vida e a vida da sua família. Porém, mais testes virão, e “aquele que permanecer até o fim” ganhará o prêmio do chamado superior de Deus, e Zadoque prova ser merecedor.



A Rebelião de Adonias

Zadoque e Abiatar servem fielmente por muitos anos no sacerdócio. Mas Deus está perscrutando mais profundamente os corações e vidas dos homens como nunca antes. Ele está eliminando toda forma de rebelião. E ele encontra alguma em Abiatar e Joabe. Alguns homens poderosos estão caindo. Deus está reduzindo o número de fieis à medida que perscruta o íntimo das pessoas.



No 1º capítulo de I Reis, nós vemos Adonias, o filho de Davi, exaltando-se e se rebelando contra a palavra do Rei. Nos versos 7 e 8, lemos:



E teve entendimento com Joabe, filho de Zeruia, e com o sacerdote Abiatar, os quais aderiram a ele e o ajudavam. Mas Zadoque, o sacerdote, e Benaías, filho de Jeoiada, e Natã, o profeta, e Simei, e Rei, e os valentes que Davi tinha, não acompanharam Adonias.



Adonias estava determinado a ser rei. Quando alguém se levantava para ser rei naqueles dias, sua escolha e sua estratégia podiam muito bem custar-lhe a vida, seu futuro, e o futuro de sua descendência. Adonias se mostrava um vencedor seguro de si. Ele pediu aos Sacerdotes e aos guerreiros para o ajudarem. Joabe e Abiatar foram com ele. E Joabe era comandante do Exército. As coisas pareciam caminhar bem para Adonias. Mas a Palavra chegara até ao Rei confirmando que outro devia reger em seu lugar, seu filho Salomão. E Zadoque, o Sacerdote, Natã, o profeta, e Benaías, o guerreiro, puseram sua confiança na palavra do Rei, e apoiaram Salomão. Como mostra a história, Salomão assumiu o trono. Adonias e Joabe morreram de mortes violentas, e Abiatar foi banido do seu ofício de Sacerdote. Abiatar quase conseguiu. Ele tinha passado por uma séria crise no passado, fora fiel à Unção e tinha sido recompensado adequadamente no ofício de sacerdote. Mas agora, quando estava para cruzar a linha final, ele abandona a Unção e a verdadeira palavra do Senhor para ir atrás de circunstâncias que parecem boas. Assim, ele é banido do ofício de sacerdote e não entra no reino. Zadoque assume o sacerdócio de Abiatar. E é Zadoque que é chamado para ungir Salomão como Rei de Israel. De novo, ele está dando àqueles um exemplo para seguir.







Os Filhos de Zadoque

À medida que você segue lendo na Bíblia sobre os descendentes de Zadoque, você encontra algumas coisas interessantes nas vidas daqueles que receberam semelhante herança. Uma das suas descendentes, conhecida como Jerusa “filha de Zadoque”, casou-se com o Rei Uzias e foi mãe de Jotão, Rei de Judá. Na Bíblia, nota-se muito zelo para com o nome da mãe desse rei, pois Jotão tinha apenas 25 anos de idade quando começou a reinar, e sem dúvida nenhuma, a mãe dele teve muita influência sobre ele. As mães dos reis muitas vezes os influenciavam a seguir ou a contrariar os caminhos do Senhor. Em II Crônicas 22:1-3, encontramos a história do rei mau Acazias. O nome da mãe dele era Atalia a filha de Onri. Ele também andou segundo orientações da casa de Acabe: porque sua mãe o aconselhou a “proceder impiamente”. Mas com a filha de Zadoque a história foi diferente. O filho dela era um rei bom, e “Ele fez o que era certo aos olhos do Senhor… assim Jotão tornou-se poderoso, porque ele preparou seus caminhos diante do Senhor seu Deus. A herança de Zadoque perdura.



O tataraneto de Zadoque foi o primeiro Sacerdote no Templo de Salomão, onde a glória do Senhor era tão intensa que ele não podia permanecer em pé para ministrar. Outro descendente, Azarias, foi Sacerdote no Templo sob Ezequias, quando eles limparam o Templo e tiveram uma Revivificação que abalou a nação. Ezra, o Sacerdote que voltou do cativeiro babilônico para reconstruir o Templo de Deus, também era um descendente deste fiel Sacerdote do reinado de Davi. O que estou dizendo é que se ele tivesse feito a escolha errada e ficado do lado de Saul, ou Absalão, ou Adonias, ele teria sido eliminado e nunca deixaria aos seus descendentes esta gloriosa herança para seguir.







A Glória da Última Casa





Mas a maior glória para os Filhos de Zadoque chega nos últimos dias, como é mostrado pela visão de Ezequiel. Ezequiel vê a glória daquele grande Templo não feito por mãos humanas, eterno, nos céus! E nesta grande e final ordem de Deus, a mais alta dimensão de ministério está reservada aos Filhos de Zadoque.



Sim, será para os sacerdotes santificados dentre os filhos de Zadoque, que guardaram a minha ordenança, e não se desviaram quando os filhos de Israel se extraviaram, como se extraviaram os outros levitas.

Ezequiel 48:11.



Agora, em meu coração, eu estou confiante que, lá fora, na caverna de Adulão, vagando pelo deserto com aquela pequena tropa de 400 homens, Zadoque não sabia nada do que o esperava adiante. Tudo que ele sabia naquele momento era que aquilo era a vontade de Deus para ele, ali estava o ungido de Deus, ali estava aquele que um dia subiria ao Trono, e vivo ou morto, faça chuva ou faça sol, ele tinha que seguir o caminho. Escute, amado, Deus tem muito mais planos para você do que eu ouso lhe falar neste momento. Mais do que Ele tem revelado a mim ou qualquer um outro. Seria necessário outro livro para contar com detalhe a glória do ministério de Zadoque durante os últimos dias. Neste volume, eu posso apenas dar-lhe algumas Escrituras, e dizer-lhe que há uma glória mais excelente! Apenas confie nEle e seja fiel à herança gloriosa que nos foi deixada pelo Filho de Deus!







Guardiães da Casa

No capítulo 44 de Ezequiel, nós encontramos uma visão da glória de Deus enchendo a Casa do Senhor. Então Deus dá instruções relativas ao ministério naquele novo Templo, um retrato da gloriosa Casa de Deus nos últimos dias. O Senhor é muito complacente com aqueles que se desviaram, e não foram fieis à Unção durante o tempo de prova no deserto e o cativeiro na babilônia. Ele lhes permite ministrar no Reavivamento do fim dos tempos, mas é apenas um ministério “para a casa”. Considerando que eles desviaram as pessoas, agora lhes será permitido ministrar ao povos nas verdadeiras coisas de Deus. Nos versos 13-16, encontramos:



E não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio, nem se chegarão a nenhuma de todas as minhas coisas sagradas, às coisas que são santíssimas; mas levarão sobre si a sua vergonha e as suas abominações que cometeram. Contudo, eu os constituirei guardas da ordenança no tocante ao templo, em todo o serviço dele, e em tudo o que nele se fizer. Mas os sacerdotes levíticos, os filhos de Zadoque, que guardaram a ordenança a respeito do meu santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram de mim, eles se chegarão a mim, para me servirem; e estarão diante de mim, para me oferecerem a gordura e o sangue, diz o Senhor Deus; eles entrarão no meu santuário, e se chegarão à minha mesa, para me servirem, e guardarão a minha ordenança.



Acredite-me, amigos, Deus se lembra. Esses que conduziram o povo para a Babilônia, e ajudaram a mantê-lo sob a escravidão dos sistemas do homem, experimentarão uma grande Revivificação. Eles devem, pela graça de Deus, serem capazes de ministrar às pessoas num ministério milagroso, de trazerem-nas para um ministério que satisfaça suas necessidades. Mas eles NUNCA entrarão no Santíssimo lugar, além do véu. Assim diz o Senhor! O ministério deles está numa dimensão inferior, fora do véu, no reino da Igreja, onde está o candelabro: luz artificial.



Porém, os fiéis Filhos de Zadoque, os que perseveraram em Deus através do deserto, os que permaneceram fiéis à verdadeira Unção, mesmo que isto lhes tivesse custado tudo, a estes Deus reservou “o prêmio do Chamado Superior de Deus”. Paulo viu isto, e o desejou! Eu estou vendo isto, e acho-o MUITO desejável! Ezequiel diz que estes Filhos de Zadoque só usavam linho. Gorros de linho, calções de linho, e nenhuma lã para não transpirarem. Suor é parte da maldição, mas agora a maldição está suspensa! Os trabalhos acabaram; é o descanso de Deus, e a retidão de Deus! O verso 19 diz que eles têm uma relação especial com o Pai que ninguém mais pode conhecer. Eles podem sair do Santíssimo Lugar e habitar entre o povo, mas eles não podem levar as pessoas a ter o mesmo tipo de relação com Deus, nem santificar as pessoas com suas vestes santas. Eles são os Escolhidos do Senhor, seus Eleitos, os Filhos dele.



Em toda a glória desta última casa, eu não consigo encontrar os filhos de Jônatas. Pobre Jônatas! Ele teve a oportunidade, mas não conseguiu suportar a repreensão nem pôde se afastar da velha ordem. Oh, amados, coisas aparentemente pequenas são TÃO importantes nesta hora! Nós estamos definindo nosso destino em Deus. Trilhe todo o caminho com Ele! Não deixe nada atrapalhar. Valerá a pena, no Novo, Glorioso e Eterno Templo de Deus, à medida que permanecemos diante dEle e ministramos para ELE! FILHOS DE ZADOQUE, LEVANTEM-SE! Avancem adiante no poder do Espírito! A Vitória é sua!



Capítulo Seis

Davi e Golias



Os homens ficaram boquiabertos e assombrados ao verem aqueles procedimentos estranhos. Alguns protestaram contra a desigualdade. Porque, correndo pelo lodo da montanha, cabelo voando ao vento e cantando um salmo jovial de vitória, ia um Jovem Israelita. Esperando por ele no vale estava um gigante Filisteu com seis côvados e um palmo de altura, armado com uma armadura flexível e um capacete de metal, e ardendo em ódio pelos Israelitas que estavam em grande inferioridade. Ele tinha amaldiçoado e desafiado os exércitos de Israel, e ninguém ousara opor--se a ele. Pelo menos até Davi aparecer. Ele soltou um grito de ira quando viu o rapaz se aproximando, armado apenas com um cajado de pastor e uma funda. A batalha tinha começado!





A Vergonha de Israel





Para se ter uma idéia de como Israel chegou a tão baixo estado, ao ponto de permitir que um jovem pastor tomasse sobre si a responsabilidade de batalhar por eles contra os Filisteus, você deve voltar e ler todo o primeiro livro de Samuel. Você verá como que, num tempo em que o ministério do sacerdócio da velha ordem ficou cego e pesado por causa da carne, Deus entrou em cena e levantou um rapaz chamado Samuel. Embora ele fosse jovem e imaturo, Deus o ungiu com um ministério profético, e assim conduziu e julgou seu povo pelo Seu Espírito. Era ordem de Deus, não do homem. Era uma ordem divina, não uma organização ou sistema humanos.



Este foi um caso típico e maravilhoso de condução do Espírito, o movimento Pentecostal Cheio do Espírito que Deus levantou no começo do século XX. A velha ordem, sistemas eclesiásticos do homem, tinham se tornado tão carnais e tão cegos, que eles não podiam guiar o Povo de Deus adiante no Espírito. Por isso Deus os pôs de lado, da mesma forma que ele fez com Eli. Oh, grande verdade, o neto de Eli ainda vivia e tentou continuar a religião tradicional do avô, mas teve que ser chamado “ICABODE”, porque a glória do Senhor tinha se apartado dele. A Arca de Deus tinha ido.





Dê-nos um Rei

Mas quando Samuel já estava velho e seus filhos não trilharam os caminhos dele, nós vemos que Israel não podia confiar em Deus o bastante para provocar outro mover do Espírito e levantar outro ministério verdadeiro para conduzi-lo. Eles não eram opositores de Samuel. Eles ainda adoravam falar sobre “velhos e bons tempos”, quando o Espírito se movia de modo maravilhoso em seu ministério profético. Mas aqueles dias tinham ido, e era chegado o tempo de organizar as coisas.



Parecia uma idéia boa realmente. Protejamo-nos de nossos inimigos. Façamo-nos algumas leis para manter as coisas em ordem, de forma que continuemos falando e fazendo as mesmas coisas; porque, considerando que quase todos os homens mais espirituais em Israel estão a favor do que aí está, então esta deve ser a vontade de Deus.







Eles me Rejeitaram

Mas havia alguns, como Samuel, que lamentavam a idéia de se organizar o mover de Deus na terra. E Samuel se opôs e orou contra isto. Porém, Deus viu que as pessoas estavam determinadas, e disse: “Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu não reine sobre eles”. Esta era a palavra de Deus relativa a toda aquela idéia de organizar seu povo. As pessoas não teriam concordado com uma linguagem tão forte. Mas foi Deus quem disse isto, não eu. Ele disse ao seu ministério profético para “protestar solenemente” junto ao povo; e é exatamente isto que eu estou fazendo hoje, e que venho fazendo há anos. (1 Samuel 8:9)







O Jeito do Rei

E Deus, através de Samuel, mostrou ao povo de que maneira o rei deveria reinar sobre deles. No princípio, ele seria muito agradável, teria a Unção de Deus, e faria grandes coisas. Ele perseguiria os Filisteus e os inimigos seriam expulsos. Seriam realizadas grandes façanhas, e as pessoas se agradariam muito dele. Ele seria um homem de grande estatura. Ele cuidaria dos negócios deles. A responsabilidade da Igreja local poderia ser deixada a cargo da organização e dos seus líderes eclesiásticos. Mas Deus via algo mais.



Não tardaria para que Saul subjugasse o povo sob forte escravidão. Ele levaria para si as colheitas deles, e seus esforços seriam apenas para o bem-estar de Saul. Ele usaria seus filhos e filhas para satisfazer os próprios propósitos dele. Já não haveriam mais homens chamados por Deus, nem Ungidos com o Espírito, nem portadores de boas novas operando na sua área escolhida de trabalho. Mas a organização escolheria e treinaria homens de acordo com seus próprios planos e suas próprias necessidades. E eles seriam gerados pela organização dos homens, não gerados de Deus. Mas as pessoas não prestariam muita atenção a isto.



Com efeito, Deus estava dizendo às pessoas: “Vão em frente e organizem o movimento do Espírito se estiverem determinados a isto. Editem regras sobre os Dons do Espírito e, se vocês acham que podem, tentem dominar o poder de Deus restringindo-o a um grande sistema eclesiástico. Mas antes que terminem, vocês ficarão tão doentes em consequência da sua própria criação, que desejarão nunca ter ouvido falar de Saul. Mas eles disseram: “Nós queremos ser como todas as nações: e que nosso rei possa nos julgar, e caminhar a nossa frente, e lutar por nós nas batalhas”. Assim Deus lhes deu o rei desejado, e na Sua Graça, Deus até abençoou Saul e lhe deu vitória sobre os Filisteus, os quais representam o Inimigo e sua horda de demônios. Mas quando Deus enviou Saul contra os Amalequitas, que representam a carne, nós vemos que Saul retém a parte que ele gostou. E Deus rejeitou Saul como rei. E, além disso, Saul não estava mais em contato com o ministério profético de Deus. Porque está escrito (15:35) que Samuel nunca mais viu Saul até o dia da sua morte.



Que belo quadro do movimento Pentecostal! Durante um certo tempo, mesmo depois que eles se organizaram, Deus os abençoou e lhes deu vitória sobre demônios e inimigos. Mas eles tinham seus “Agagues” que eles quiseram preservar. Eles avançariam bastante, mas num determinado ponto estagnariam.



“Mas assim diz o Senhor teu redentor, o poderoso de Israel, mesmo no meio de toda sua organização e no meio de toda a confusão da ordem de Saul, eu ainda tenho meu ministério profético. Porque meus profetas não foram escravizados por vós, e eles ainda falarão minha Palavra, diz o Senhor. Porque eu lhes ordenei que não lamentem mais pela velha ordem, nem pelos velhos sistemas do passado aos quais rejeitei. Mas há um jovem na terra que cuida das ovelhas, protegendo-as do leão e do urso pelo poder de meu Espírito. E meu ministério profético lhe dará uma palavra relativa ao trono, e ele será Ungido por meu Espírito, inclusive com a Unção real, dando-lhe poder e autoridade para governar meu povo. Embora ele seja pequeno, não o menospreze, porque ele subirá a grandes alturas, porque eu perscrutei o seu íntimo e o purifiquei, e ele é meu, diz o Senhor”.



Glória a Deus!





Um Rapazinho Ungido

Samuel é instruído pelo Senhor (capítulo 16) para ir à casa de Jessé e ungir um dos filhos dele como novo rei de Israel. Jessé tinha oito filhos. Todos eles pertenciam à família indicada, nascido do pai indicado. Mas Deus fará uma escolha. Portanto, eles reúnem os rapazes. Exceto um. Um rapaz tão pequeno, tão insignificante, tão fraco segundo sua aparência exterior que eles não se dão ao trabalho de chamá-lo no deserto. Ademais ele não é muito popular, pois tudo que ele parece saber fazer é cantar salmos e adorar a Deus no Espírito. Ao contrário dos irmãos maiores que perseguem os Filisteus lutando na batalha de Saul, batem às portas e constroem Escolas Dominicais, Davi apenas descansa em Deus. O que ele faz, ele o faz pelo poder do Espírito, mas seus irmãos o menosprezam porque não conseguem ver além da aparência exterior.



Então Samuel olha para o primogênito e gosta do que vê, mas Deus está olhando o coração, e a cena não é assim tão bonita. Não pense que você vai enganar a Deus escondendo impurezas no lado de dentro, ou simplesmente se esquecer de caminhar com Deus. As leis antigas: “não toque”, “não prove” e “não olhe” não valem mais. Deus está perscrutando as partes interiores. Deve haver pureza de coração para receber esta Unção.



Finalmente, os sete filhos são examinados e rejeitados. Não há outro? Jessé já é agora um homem velho, sem forças para produzir novamente. Se o prometido não está aqui, não há mais esperança. Sim, há um oitavo filho, mas ele é tão pequeno. Não importa, chame-o depressa! Oito é um número peculiar. É o número da ressurreição, vida surgindo da dimensão de morte, um novo começo. Mesmo tão pequeno, Davi é chamado e Ungido como rei.







De Volta ao Deserto

Agora, Davi, que você foi Ungido, que recebeu a palavra relativa ao trono, QUANDO você vestirá seu manto real e começará a reinar? Cabia a ele tomar a decisão, mas Davi preferiria voltar ao deserto para cantar salmos e adorar a Deus no Espírito. Na hora certa Ele seria chamado.



Porém, o sistema organizado de Saul é perturbado por um espírito vindo do Senhor, e ele precisa de alguém ao redor com a verdadeira unção (16:14). Assim, Davi é chamado e habita a casa de Saul por um tempo. Mas este não é o plano de Deus ou destino de Davi e, finalmente, Davi tem que fugir para tocar sua vida longe da presença de Saul, para que Saul não o matasse. Algumas pessoas podem levá-lo a acreditar que você pode voltar à velha ordem da religião com esta Nova Unção e este Novo Chamado para assumir o trono. Porém, tome cuidado para que não Saul não o traspasse com a lança dele. A Unção em você pode acalmar o espírito perturbado de Saul durante algum tempo, e você pode até mesmo experimentar um reavivamento. Mas se você ficar na casa de Saul, você perderá tudo aquilo Deus lhe deu ou lhe chamou para herdar.



Mas alguém protesta, dizendo: “você não acha que Deus incluirá todos aqueles preciosos Pentecostais e Fundamentalistas famintos neste movimento dos últimos dias? Não, absolutamente não! Não como organizações, não como os atuais sistemas eclesiásticos. O último grande reavivamento despedaçará todos os reinos do homem e suas regras artificiais matariam o reavivamento se eles pudessem. Oh sim, eu vejo milhões e milhões que, eventualmente, saem do velho sistema da prostituta e das suas filhas, e Deus certamente os abençoará e os incluirá no que Ele está fazendo, tanto pregadores quanto leigos e também Igrejas locais. Porque Deus ama seu povo, não apenas os Pentecostais, mas todos os outros, e tudo lhes será dado segundo sua capacidade de receber.







Ao Campo de Batalha

Voltando agora ao capítulo 17 de I Samuel, nós vemos um quadro da condição presente do Povo de Deus. Nós ouvimos o desafio ousado do inimigo, e então vem a resposta de Deus.

A batalha é lançada. Note no verso 1 que os Filisteus se reuniram em Socó que pertencia a Judá. Eles estavam acampados na propriedade de Deus. Ora, os Filisteus simbolizam o Inimigo e seu exército, e Paulo escreveu para a Igreja dos Efésios que nós lutamos contra principados e potestades e espíritos maus nos lugares celestiais. Hoje uma guerra está acontecendo, e o exército do Inimigo está acampado no território de Deus. Toda vez que eu vejo algum dos Filhos de Deus atormentado por doenças, pecados, aflições e sofrimentos de todo tipo, eu tenho vontade de clamar: “Oh Deus, quando tu te manifestarás para aniquilar teus inimigos”? Toda vez que eu passo pela estrada e vejo uma preciosa criança atormentada por algum tipo horrível de aflição ou coxeando pelo caminho por causa de alguma deficiência física, eu tenho o desejo de ter o poder da libertação, para parar um pouco e libertá-la de todos os seus tormentos. Porque não é propósito de Deus que o homem seja escravizado.







A Fronteira de Sangue

Entretanto, seria muito pior não fosse a proteção Divina. Porque a palavra “Shochoh”=Socó significa “uma cerca”, e é exatamente por isso que o inimigo ainda não destruiu a raça humana, Deus tem uma cerca construída ao redor deles. O inimigo pode avançar até um certo ponto, não mais. A palavra “Ephesdammim” quer dizer “fronteira de sangue”. E isso é o que protegia os exércitos de Israel, porque eles estavam impossibilitados de enfrentar o poder de Golias. Muitas vezes o inimigo gostaria de me ter destruído, mas chamando pelo sangue de Jesus e confiando no seu poder, eu pude derrotar os artifícios do Inimigo. Louvem a Deus por esta proteção, e pela fronteira de sangue que retém o inimigo até que ele seja derrotado.



Esta terra pertencia a Judá, e Judá significa “louvor”. Esta terra pertence ao nosso louvor e é para a glória dEle. O Inimigo deve ser lançado fora e posto debaixo do pé. Que louvor deverá subir de toda a criação quando o inimigo da raça humana for amarrado e lançado de volta à cova de onde veio. Glória a Deus, aleluia!











As Duas Montanhas

Na Bíblia, montanhas representam reinos. E no verso 3, nós vemos Israel em uma montanha e os Filisteus em outra. Não há paz entre eles, não pode haver nenhum tipo de paz entre estas forças adversárias. Porque o Inimigo está determinado a destruir o gênero humano, e a Igreja está também determinada a destruir totalmente os poderes do inimigo. De fato, Hebreus 2:14 diz que Jesus participou da carne e do sangue para que, através da morte, Ele pudesse destruir o inimigo.







O Campeão dos Filisteus

Os próximos quatro versos são para descrever o poder e a força de Golias, e se nos deixássemos impressionar pelo poder dele, seguramente acabaríamos cheios de medo, como o povo de Israel. Por causa disto, eles estavam “desalentados e muito amedrontados” (1 Samuel 17:4-11).



Onde estava Saul, o comandante supremo de todos os outros? Oh, amado, ele não podia lutar contra este Golias, porque ele não tem a Unção. Com certeza, ele se reuniu com seus capitães e discutiu os modos e os meios mais eficazes de funcionamento dos instrumentos de guerra. Talvez ele tenha tido discussões à noite quando reunido com todo seu exército ao redor da fogueira do acampamento. Mas era tudo hipotético. Porque a armadura de Saul continuava pendurada na barraca. De nada valia. Ele não tinha a Unção. Dessa forma, ele prometeu grandes recompensas àquele que derrotasse Golias, mas ele não esperava que alguém viesse a conseguir.







Conquistadores ou Escravos

Golias disse uma coisa estranha no verso 8. Ele reconheceu sua própria identidade, e chamou os Israelitas de “servos de Saul”. Isso era o cumprimento da profecia de Samuel! Fossem eles verdadeiramente servos do Deus Altíssimo e Golias teria tido medo deles. Porém, o inimigo não tem medo dos instrumentos do homem. Ajunte todas as Escolas Dominicais, Hospitais, grupos de senhoras, grupos de homens, grupos de mocidade, e outros grupos que você quiser. Você pode selar o cavalo e usar todos os tipos de adereços, mas por causa de tanto arreio, pode ficar impossibilitado de ver o cavalo. Nada disso adianta, se aquela Unção do Espírito Santo para a verdadeira libertação não estiver presente, você não assustará o inimigo nem um pouquinho. Leia os versos de 4 a 7 e você verá que Golias costumava usar um punhado de acessórios e instrumentos, de fato ele tinha mais que todos eles. Aquele que derruba Golias não usa muitos instrumentos, mas ele tem a liderança do Espírito, a fé de Deus e a simplicidade que está no Cristo Jesus. “Servos de Saul”. Que acusação esta que cai sobre as Igrejas do mundo de hoje! Elas vendem o seu direito espiritual inato em troca de uma porção de alimento tirado desse sopão eclesiástico cozido nas panelas carnais das denominações sectárias.



“Escolha um homem”. Mas o mundo dividido dos cristãos não consegue formar aquele Corpo do Cristo, cuja unidade é imprescindível para a libertação do homem. Os seus esforços carnais para unir as pessoas debaixo da liderança de “Saul” é pura loucura. Não funcionará.



Sim, Deus está reunindo seu Corpo. Sob a liderança de Jesus, o qual é verdadeiramente a única Cabeça da Igreja. Deus tem um homem para responder ao desafio do inimigo. E quando eu falo de “o Homem Perfeito de Deus”, ou “o Homem de Deus, de Fé e Poder”, eu não estou falando de algum evangelista fabricado em seminário ou algum indivíduo famoso. Eu estou falando daquele Corpo glorioso do Cristo, composto de muitos membros humildes, com o Cristo Jesus como Cabeça e Capitão. Isaías os viu e disse: “UM forte e poderoso”; Joel disse: “UM povo grande e forte”; Daniel disse: “será forte e fará grandes coisas”. Paulo falou dele como quando todos nós chegarmos a estatura de “Homem Perfeito”.



“Se ele me matar, nós seremos seus escravos”. Sim, se você se rende ao Inimigo e ele o domina, então você é seu criado e fará a vontade dele. Mas se você o supera, como Jesus o fez no deserto, então ele tem que obedecer todo comando seu. É ansiando por isto que o mundo inteiro está gemendo. Para que a Companhia de Davis de Deus marche adiante e ponha o inimigo Golias debaixo dos seus pés. Louvado seja Deus! Não pode haver nenhum acordo nesta guerra. É a vitória ou a escravidão.







Agora Davi…

No verso 12, Davi é mencionado pela primeira vez neste capítulo. Ele tinha acabado de tocar a harpa para Saul, e estava alimentando as ovelhas do seu pai. Louvado seja Deus, esta Companhia de Davis, embora ainda seja minoria, tem algo com que alimentar as ovelhas do Pai.



Golias se aproximou e desafiou Israel durante quarenta dias. Ora, quarenta é o número que denota um tempo de provação e testes. Deus tinha posto Israel à prova e viu que lhes faltava habilidade para responder ao desafio.



Então o pai, na plenitude do tempo, disse a Davi para levar um pouco de pão, milho e queijo e “correr” para o acampamento. Eu gostaria de saber por que Jessé esperou até o último minuto e para ordenar a Davi que corresse. Por que não o mandou uns dois dias antes, nem deixou que ele decidisse por si? Amado, há um trabalho rápido a ser feito nestes últimos dias. Parece-nos que não está havendo nenhum progresso, nós gostaríamos de saber por que está demorando tanto. E então, de repente, nós ouviremos a voz do Pai a nos dizer para “corrermos”.



“Note que ele partiu cedo, de manhã”. Era o amanhecer de um novo dia, um dia muito significante na vida de Davi. As ovelhas ficaram para trás. Nem todos os “desviados” estarão prontos para avançar juntamente com aquela gloriosa Companhia Davi nesta hora, alguns terão que ficar. Alguns desfrutam as bênçãos desta liberdade, mas eles não chegarão à maturidade. Assim, na hora em que o Vencedor se levantar e partir, eles permanecerão no deserto.





Quem é este Filisteu?

Davi tinha recebido a Unção real, e ele não reconhecia nenhum outro poder, nenhuma outra autoridade além de Deus. E quando ele ouviu o gigante desafiando o seu Deus, e viu Israel correndo de medo, ele se revoltou contra tudo aquilo. Ele se recusou a aceitar esta situação de submissão como inevitável. Ele se recusou a viver debaixo do salto do sapato de Golias; ele exigiu liberdade ou morte.



Deixe que outros aceitem um compromisso de medo, esperando se manter um pouco mais nesta pequena montanha protegidos pela cerca, até que Jesus venha e os arrebate para além do céu azul. Deixe que outros sonhem com uma “mansão no céu” enquanto fecham os ouvidos para o clamor tormentoso dos milhões de atormentados na terra. Há aqueles que receberam uma Unção real, e eles não se conformarão com nada menos que a vitória total. Eles não descansarão até que o último inimigo seja posto debaixo de seus pés, e o Inimigo esteja amarrado e enterrado. Eles são os que vencerão e se assentarão finalmente no trono de Davi.



Quando os exércitos de Israel parecem estar se dando bem no campo de batalha, eis que vem Golias. Com que freqüência isto tem acontecido! Justamente quando pensávamos que um reavivamento estava começando a acontecer na Igreja, e Deus estava operando de modo glorioso, eis que o Inimigo mostra sua cabeça horrível, e invalida todo avanço que se tinha conseguido. Às vezes pode vir através de uma irmã, às vezes através de um pregador ou de um diácono. Mas o inimigo normalmente aparece antes que o avivamento se desenvolva muito.



Quantas vezes tenho compartilhado de encontros maravilhosos, pessoas sendo salvas, corpos doentes sendo curados, e bem ali na reunião (normalmente à direita na primeira fila) se senta alguém com uma aflição terrível que por algum motivo não pude detectar. Poderia ser uma menina cega, uma criança aleijada, ou um homem possesso. De alguma maneira sempre havia um Golias para me recordar que nós ainda não alcançamos a medida plena da estatura do Cristo. Oh Deus, levante os seus “Davis”! Eu não posso me conformar com uma vitória parcial. A vitória deve ser completa, indiscutivelmente plena!







A Oposição dos Irmãos

Você provavelmente acha que todo Cristão, todo pregador, se alegraria em ver alguém procurando ficar e lutar por uma vitória completa. Não, não é assim. Você não viu o comportamento de Eliabe, irmão de Davi? Por acaso, no verso 28, ele diz: “Pois não, Davi, meu irmãozinho, eu estou muito feliz que você tenha vindo tomar parte na batalha. Se sua fé fraquejar, ou se precisar de encorajamento, pode contar comigo”. E isto me lembra de guerras anteriores quando fui acusado de ser um inimigo, um “língua-de-trapo” e coisas piores. Portanto, à medida que você recebe novas revelações e passa adiante alcançando novas dimensões no Espírito, você pode contar comigo para conforto e apoio. Oh não! Não foi assim. Não aconteceu dessa forma! Quão agradável seria se nossos irmãos tivessem este espírito. Mas lamento dizer, agora nós começamos a ver o que Deus tinha visto no coração de Eliabe que o manteve distante da unção real. A raiva e o ciúme dele se manifestaram.



Eliabe reprovou Davi tão abertamente e tentou tão enfaticamente desencorajá-lo que, finalmente, Davi se afastou do seu irmão. Eu sei que isso o entristeceu, porque certa vez eu tive que fazer a mesma coisa. Lembre-se, o pai o enviou em primeiro lugar aos seus próprios irmãos. Mas como eles não o receberam, ele teve que se afastar deles ou perderia a glória daquela hora.



Quando raiou em mim a glória do que Deus faria nestes últimos dias na sua Igreja, só me ocorria que eu podia mostrar tudo aos meus irmãos e que eles se alegrariam e regozijariam, aceitando a boa-nova de coração aberto. Que tolo eu fui! Quanto eu ainda tinha que aprender sobre os métodos da religião organizada! Eles não só se recusaram escutar a Palavra de Deus, mas se prontificaram a me expulsar sem nenhuma razão. Eu tive que chorar como Davi chorou (verso 29): “Não há uma razão?”





A Armadura de Saul

Finalmente as palavras de Davi chegaram a Saul. E ele estava desesperado. Algo tinha que ser feito. Então ele falou a Davi. Primeiro ele começou contando a Davi todas as razões pelas quais ele falhara e só olhara o lado natural. Davi era tão imaturo; e o gigante era muito mais guerreiro. Saul não disse uma só palavra sobre fé em Deus, o poder da unção. Saul já não estava mais dependendo do sobrenatural para obter resultados. Oh, quanta semelhança com o movimento de Pentecostal de hoje.



Há vários anos, eu tive um bom emprego numa cidade agradável na costa ocidental da Flórida. Eu estava ganhando um bom dinheiro, estava comprando uma casa maravilhosa, e tinha uma posição de prestígio e autoridade na vida da comunidade da cidade. Mas o chamado de Deus estava em minha vida, e o Espírito disse que eu devia largar meu emprego e sair da Flórida. Assim fiz, mas eu achava isto duro de suportar. Um dia eu parei em Chicago para ver o pastor de uma grande Igreja, um homem de quem eu ouvira falar muito. Eu estava um tanto quanto desencorajado e não encontrava muitas portas abertas onde eu pudesse orar, e não sabia exatamente o que fazer. Quando eu falei àquele irmão sobre a minha situação, ele praticamente me repreendeu por eu ter tomado aquela decisão, e disse que eu deveria ter ficado quieto no meu emprego na Flórida e usado meu dinheiro e influência para a divulgação do evangelho. Minha insistência em afirmar que eu ouvira a voz de Deus para partir não parecia influenciá-lo. Do ponto de vista dele, eu cometera um engano e nunca devia ter empreendido tal ministério. Graças a Deus, eu fui capaz de me afastar dele e ficar sozinho com Deus onde eu pudesse ser conduzido pelo Espírito. A sabedoria carnal daquele homem não supriu minha necessidade.



Tudo o que Davi podia dizer a Saul era seu testemunho sobre as vezes em que Deus viera em seu socorro no deserto protegendo-o do leão e do urso. Tudo isso deve ter soado bastante infantil para Saul, o qual tinha lutado em muitas batalhas. Mas tudo bem Davi! Se você insiste, vá em frente, mas use a minha armadura. Deixe-me mostrar-lhe como se faz, uma vez que você, obviamente, não sabe como dirigir uma Igreja ou ter reavivamentos. Veja, nos versos 38 e 39, que Saul pôs a armadura em Davi, e que Davi a lançou fora. Louva seja Deus!



Desista da sua armadura Saul, ela não funciona. Não funcionou para você e não funcionará para mim. Se organização pudesse levar a Igreja à perfeição, ela já seria perfeita há muito tempo. Se Igrejas denominacionais pudessem cortar a cabeça de Golias, então já teríamos subjugado o poder do inimigo sob nossos pés, e olha que nós tivemos muitas centenas de chances para isto. Foi a Unção em Saul que, em princípio, permitiu-lhe derrotar os Filisteus, mas agora que a unção se foi, nenhuma armadura, por mais aparelhada que seja, compensará tal perda. Foi a Unção que, no princípio, tornou grande o movimento de Pentecostal, mas agora eles estão tentando compensar a falta da unção com a organização de comitês, departamentos, atividades diversas, etc. Mas nada disso funcionará agora, da mesma forma que não funcionou para Saul. Largue mão da sua armadura e clame a Deus para restaurar-lhe a Unção do Espírito. Um escudo invisível, mas poderoso!







Os Cinco Seixos

Quando Davi deixou Saul para ir ao encontro de Golias, ele não tinha sequer uma pedra para sua funda. Ele levava um cajado na mão como marca do seu chamado de pastor, mas sua bolsa de pastor estava vazia. Aparentemente, ele estava totalmente desprevenido para a guerra. Mas ele correu ao encontro do inimigo. Parecia ser suicídio na certa, mas a confiança de Davi estava em Deus.



Quando ele passou por um riacho que, normalmente, corre ao pé das montanhas, ele parou para apanhar munição para sua funda. Pedras. Pedras lisas. Cinco seixos arredondados. Isto, claro que fala dos cinco dons do ministério: Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores, e Mestres. Nem todas as pedras serviriam. Elas tinham que ser lisas, de forma que a sua trajetória não pudesse ser desviada por qualquer ventinho (de doutrina) que soprasse, evitando assim que elas alcançassem seu objetivo. Por um longo tempo, a água corrente do riacho tinha batido estas pedras umas contra as outras até que suas extremidades ásperas foram sendo lapidadas. Elas estiveram por muito tempo no processo de Conscientização Espiritual antes de subirem para a mão de Davi. Processadas, polidas e lavadas na água da Palavra. Oh! quão necessário é para esses que vão ser usados por Deus, se submeterem aos procedimentos de Deus através do irmão. Eu posso não gostar da cacetada recebida do meu irmão, mas é melhor eu saber que se eu quiser ser usado neste último dia de reavivamento, eu tenho que me submeter ao processo de aparação de arestas que opera no vale, no leito do riacho. Isaías 57:6 diz: “Entre as pedras lisas da correnteza, está a tua porção”.



Não importa qual das cinco pedras Davi usou. As extremidades ásperas do ciúme e da inveja já tinham sido aparadas, assim elas não se importavam com isso. Os dons do ministério têm que começar a aprender a trabalhar em conjunto, e não um tentar levar vantagem sobre o outro.



Aprenda a lição das pedras do riacho, querido irmão. Muitos são as pedras alojadas nos lados da montanha, sozinhas, com as extremidades afiadas da individualidade proeminentemente aparecendo. Mas elas não puderam ser usadas naquela hora. Algumas pedras, ou ministros, têm extremidades afiadas e cortantes. Eles parecem se deliciar cortando um outro ministro da sua categoria quando acham oportunidade. Mas eles não foram usados para os altos propósitos de Deus. Eram pedras lisas que Deus buscava, pedras que não cortassem umas as outras.





A Simplicidade do Cristo

Oh, quão simples foi procedimento de Deus em relação a Golias. Nenhum grande guerreiro que tivesse passado por batalhas, se formado em Seminários, avançado para o grau de presbítero, saberia melhor como atacar tal inimigo com apenas cinco pedrinhas. Ele aprendeu que você deve ter muitos equipamentos: espadas, escudos, lanças, capacetes, armaduras, etc. Atualmente, você não pode nem mesmo começar uma Igreja sem uma publicidade formal, sem finanças, sem comitês, sem um pastor assistente, sem o ministério da música, sem um ministério de educação, sem diretor da mocidade, e muitos outros instrumentos.



Mas me deixe lembrar-lhe que, de todas as espadas em Israel, de todas os escudos e capacetes pendurados nas tendas, Deus não usou um sequer. Ele escolheu usar apenas um rapaz cheio de fé, ungido do Espírito e que avança desarmado, com os louvores de Deus na boca. E não se deixe enganar por esses que lhe dizem que com mais e maiores edifícios, bancos mais confortáveis, programas de rádio e TV, e o sacrifício do seu dinheiro levarão a Igreja à perfeição. Agora eu percebo que nós usamos estas “coisas mortas”, e eu não poderia enviar estas mensagens se alguém não se sacrificasse para me ajudar. Mas quando se der a vitória completa sobre o inimigo e todas as suas obras, será Deus ungindo Seu Corpo, o seu Homem Perfeito, com a unção poderosa da abundância do Espírito Santo e do poder. “…para que toda esta assembléia saiba que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; pois do Senhor é a batalha… (verso 47).







No Nome do Senhor

Quando Davi correu ao encontro do Filisteu, ele profetizou: “Certo, inimigo, você entrou nesta batalha com sua espada e sua lança, suas armas de pecado, doença e morte. Você tem seus cânceres, suas pólios, suas artrites, mas eu lhe enfrento no nome do Senhor dos Exércitos!”



Davi nem mesmo fez menção às suas pedras. Nada para glorificar seus ministérios. Eles certamente serão usados, mas a glória pertence a Deus. “Hoje o Senhor te entregará em minha mão; e eu te golpearei, e cortarei a tua cabeça” (verso 46). Isso é que é uma declaração corajosa para um rapaz tão jovem. Deve ter soado presunçoso àqueles que ouviram tal declaração. Mas ele estava disposto apostar sua vida no fato de que ele estava falando a palavra do Senhor. Veja o que eles disseram sobre Jesus: “E eles estavam surpresos com a doutrina dele, porque ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas” (Marcos 1:22).



Cuide-se, pregador. Porque naquela hora você terá que aprender a falar a palavra do Senhor, EM UNIDADE, e com autoridade. Jesus não prefaciava o que dizia com a expressão “assim diz o Senhor”. Porque quando Ele falava, o Pai testemunhava. Ele e o Pai eram UM. O mesmo era com Davi. E assim é com a companhia Davi. Como Elias, que se pôs diante do Rei Acabe e disse: “nestes anos não haverá orvalho nem choverá, senão de acordo com minha palavra” (1 Reis 17:1). Como ele ousava dizer tal uma coisa? Porque ele estava diante no Senhor, e ele conhecia e fazia a vontade de Deus. Então ele falou, e Deus confirmou sua palavra.



Quando você verdadeiramente age no nome do Senhor, e tem a autoridade inerente a tão glorioso Nome, você não precisa declarar isto diante de toda pessoa por quem você ora, nem usar tal declaração como se fosse alguma fórmula mágica. Você simplesmente agirá e curando o doente, ressuscitando o morto, expulsando demônios, matando seus Golias, e todo mundo saberá que você está agindo no Nome e na Autoridade do Senhor.



“Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras”.

(João 14:10).







A Batalha é do Senhor

Que glorioso descanso Davi experimentou, mesmo estando em meio a uma batalha feroz. O resultado desta batalha não depende de mim, depende dEle. Porque não é minha obrigação salvar o gênero humano dos seus apuros, é dEle. Eu não fiz promessa para aperfeiçoar a Igreja, Ele fez. Assim, minha confiança não está em no que eu posso fazer, está no que Ele em mim pode fazer. Louvem a Deus, filhinhos, é tempo de se levantar e proclamar a vitória!







Capítulo Sete

Meu querido Inimigo

(Uma Palavra Para Meus Inimigos)



Vocês não são realmente meus inimigos… na realidade vocês são alguns dos melhores amigos que eu tenho. Vocês que mentiram sobre mim e sobre este ministério, que tentaram destruir a fé e a confiança das pessoas em mim, que esparramaram falsos e prejudiciais rumores sobre minha vida e ensinos… através dos seus esforços para me calar, houve um trabalho de Graça forjado no meu coração, o qual nunca poderia ter acontecido sem você.



Meus amigos são muitos, leais e fiéis para se levantarem comigo em muitas horas de tentação e de necessidade. Eles têm sido a força na minha fraqueza, alegria dobrada para o meu coração em tempos de tristeza, e incentivo para minha fé em meio a dúvidas cruéis. Eles me colocaram diante do trono da graça inúmeras vezes em suas horas de oração. Eu não poderia ter permanecido muito tempo nesta batalha espiritual sem estes amigos maravilhosos.



Mas, acredite, eu falo a verdade com sinceridade. Não pode haver perfeição nas vidas dos eleitos de Deus sem o trabalho fustigante de um inimigo. Porque, quando uma pessoa má e amarga começa a fazer tudo que pode para destruir a mim e ao meu trabalho para Deus, então é feito um trabalho que elimina todas as atitudes erradas e más, espíritos de mentira escondidos e profundamente arraigados em meu coração. Quando um amigo exalta todas as minhas boas virtudes e me louva de todo seu coração, demonstrando verdadeira amizade, eu não sinto nada mais que amor por eles. Mas, quando eu ouço falar de um inimigo que injustamente tenta me envergonhar, eis que se levanta um espírito de defesa, e um espírito de “justa indignação” para refutar o inimigo. É então que o precioso Espírito Santo faz o seu trabalho e me revela a injustiça do meu próprio espírito. Eu vejo então em mim, as coisas que eu não sabia que estavam lá antes. Com arrependimento e tristeza no coração, eu clamo a Deus, e Ele me livra daquilo que eu vi em minha vida. Estava tudo escondido em minha mente, adormecido, até que você, meu querido inimigo, o trouxe para a luz através do seu processo de crucificação. Os profetas da antigüidade nunca teriam tido a glória de serem apedrejados por causa da Palavra de Deus, e nenhuma coroa mártir teria sido ganha pelos primeiros cristãos sem seus reais inimigos.



Como você vê, eu não posso me crucificar, e os meus amigos não o farão. Portanto, é preciso você, meu inimigo, para me levar para a cruz. E à cruz tenho que ir, se quiser alcançar a glória da perfeição. Mas eu tenho ainda que progredir muito antes de chegar à imagem do meu adorável Jesus. Há tanta coisa que eu ainda tenho que aprender. E você, meu inimigo, está me ensinando. Eu aprendi que a estrada para a glória é através da cruz. Sem você eu não teria achado o caminho. Alguém teve que crucificar meu Jesus. Não foram seus amigos, nem seus discípulos; tampouco Ele podia fazer isto por si só. Assim, o inimigo e os príncipes deste mundo incitaram o ódio nos corações dos inimigos de Jesus, e o trabalho foi finalizado. Se soubessem que O estavam trazendo para a Sua Glória e, consequentemente, a salvação para todos os homens, eles não teriam feito aquilo. E eu estou certo de que, se você soubesse o bem que seus esforços para me derrotar estão fazendo para minha vida, você não iria querer me ajudar tanto. Mas o trabalho está sendo feito, e eu aprendi a amá-lo por causa disto. “Ame aos teus inimigos”, Ele disse, e eu quis saber como poderia fazer isto. Mas você me ensinou. Por causa de você eu cresci em Deus, cresci na Sua Graça, e participei da Sua natureza divina.



Também por causa de você muitos me viraram as costas recusando-se a ouvir as verdades reveladas a este vaso. Os ouvidos deles foram enchidos com mentiras e, sem dúvida, foram ensinados que “nenhuma coisa boa poderia vir desse ínfimo pregador”. Mas mesmo aqui eu vi a mão de Deus. Porque aqueles que tiveram ouvidos para ouvir a voz do Espírito não acreditaram nas mentiras que você lhes contou, e eles abriram seus corações para receber a mensagem nestes últimos dias. Assim, Deus arrancou o Joio de meio do Trigo, e está no processo de separar os seus para Si. Todas as coisas estão operam em conjunto.



Assim, meus amigos — porque na verdade eu não tenho nenhum inimigo em carne e sangue — seu trabalho tem sido afiado e cortante, e muitas vezes eu fiquei magoado e profundamente ferido. Mas destas experiências difíceis, eu surgi como um Cristão mais experiente, e mais maduro no meu caminho para ser um vencedor. Eu duvido que você venha a receber qualquer recompensa por suas mentiras e esforços para me destruir, porque “Ai daqueles dos quais tais ofensas vêm”. Mas eu quero que você saiba que, embora sua perda possa ser grande no dia do julgamento, eu o amo e aprecio o seu ministério, através do qual você tem aperfeiçoado minha

vida.



AGORA, UMA PALAVRA PARA TODOS OS QUE LERAM ESTE LIVRO… eu confio que você entendeu que esta palavra não se aplica somente a mim, mas deve se aplicar a todos os queridos Filhos de Deus. Que o Espírito possa falar ao seu coração e abrir seus olhos para esta grande verdade… sem a oposição e a ação dos inimigos nós nunca poderemos alcançar a filiação plena. E quando nós vemos o quanto significam as perseguições e aflições para o amadurecimento dos nossos espíritos e para nos elevar à imagem dele, então nós podemos Amar nossos inimigos “verdadeiramente”, e “abençoar os que nos amaldiçoam”. Louve a Deus pelo seu plano maravilhoso! E lembre-se… tudo que o inimigo pode destruir no fogo da perseguição é “palha, madeira e restolho”, e tudo que eles derreterem e trouxerem à Sua imagem é “ouro, prata e pedras preciosas”. Assim, disponhamo-nos a queimar aquilo que é queimável, para que as coisas que não se queimam se manifestem para sempre!







F I M







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